• Nenhum resultado encontrado

Caracterização socioeconômica da comunidade

No documento JANETE BARROS DA SILVA (páginas 76-80)

DIVERSIDADE DE OOMICETOS

3. Resultados e discussão

3.1 Caracterização socioeconômica da comunidade

A pesquisa foi realizada com 30 moradores que vivem no entorno do Parque natural Municipal Lagoa do Sambico. Os mesmos foram questionados a respeito do ambiente, correlações com a comunidade e dados sociais. A avaliação do formulário socioeconômico mostrou que dos 30 entrevistados, a maioria 17 (56,6%) foi do gênero masculino, e 13(43,3%) do gênero feminino, com faixa etária variando entre 18 e 75 anos (Figura 2). As mulheres, em sua maioria, eram do lar ou autônomas em serviço, além de vendedoras no centro de artesanato existente na comunidade. Já para os homens, as ocupações eram diversas, alguns possuindo um pequeno negócio como comercio, loja ou oficina.

Figura 2: Distribuição do percentual quanto ao gênero dos entrevistados do Parque Natural Municipal Lagoa do Sambico, em Timon, Maranhão, Brasil.

0 1 2 3 4 5 Masculino Feminino Sexo Frequênci a (% ) 17 13

.

Foi observado que existe mais entrevistado na faixa etária entre 49 a 58 anos 11(3,6%). Apenas dois (6,6%) jovens estudantes, com faixa etária entre 18 a 28 anos foram entrevistados (Figura 3).

Figura 3: Distribuição do percentual dos entrevistados do Parque Natural Municipal Lagoa do Sambico quanto à idade.

.

Dentre os participantes da pesquisa, nove (30%) não possuem escolaridade ou nunca frequentaram a escola (Tabela 1). Apenas um (3,3%), possui ensino fundamental completo. Dezesseis (53,3%) dos entrevistados, que corresponde à maioria, declararam terem cursado o ensino médio incompleto. Já para a modalidade ensino superior completo, foi entrevistado quatro (13,3%) dos participantes da pesquisa.

Para Teixeira (2007), a Educação Ambiental leva as populações ao despertar da percepção do indivíduo sobre a importância de ações e atitudes para a preservação e conservação do meio ambiente, beneficiando assim a saúde e o bem-estar de todos os participantes.

Observou-se que é uma comunidade simples, humilde, mesmo estando localizada no centro urbano, tendo em vista a renda familiar da maioria estar distribuída entre um a menos de dois salários, o que corresponde a 15 (50%), ou metade dos entrevistados (Tabela 1). Aqueles que declararam viver com menos de um salário correspondem a 11 (3,6%). Apenas quatro declararam possuir uma renda familiar acima de dois e menos que três salários mínimos.

Estas informações são confirmadas, quando se avalia que a grande parte das famílias não recebe auxílio do governo ou outros programas. Destas, 24 (80%) pessoas declaram não

0 5 10 15 18 - 28 29 - 38 39 - 48 49 - 58 59 - 68 69 - 78 Frequência (%) Idade (Anos) 05 06 11 03 03 02

receber ajudas dos órgãos superiores (Tabela 1). Apenas cinco (16,6%) delas recebem bolsa família e uma declarou receber o auxílio doença.

Tabela 1: Distribuição da frequência quanto à escolaridade, renda e auxilio aos entrevistados do entorno do Parque Natural Municipal Lagoa do Sambico, em Timon, Maranhão, Brasil. .

Escolaridade dos Participantes Renda

Auxílio do Governo Sem escolaridade

09

Ensino Fundamental Incompleto 12

Ensino Médio 01 Ensino Superior completo

04

Menos que um salário 11

Um a menos de dois salários 15

Dois a menos que três salários 04

Sim: 06

Não: 24

Quando foram questionados sobre o tempo em que moravam no local (Figura 4), a grande maioria 18 (60%) relatou viver ali por mais de 40 anos. Outro grupo, 12 (40%) declarava viver ali por mais de 20 anos. Dos entrevistados, apenas um vive no local por 58 anos. Duas pessoas declararam viver por menos tempo, uma (3,3%) com um ano e outra com quatro anos.

Figura 4: Tempo de moradia dos entrevistados do entorno versus número de pessoas do Parque Natural Municipal Lagoa do Sambico, em Timon, Maranhão, Brasil.

.

0 5 10 15 20

01 - 30 Anos 30 - 60 Anos

Tempo que reside no local

A educação e percepção ambiental despontam como iniciativas eficazes para a defesa do ambiente natural, além de ajudar a reaproximar o homem da natureza, garantindo um futuro com qualidade de vida para todos, uma vez que, acabam por despertarem um maior compromisso e respeito do cidadão com o ambiente a sua volta (Shwarz et al 2007.,Villar et al 2008., Pedrini et al., 2010).

A maioria dos moradores reside em casa própria, 20 (66,6%) e 10 (33,4%) em casa alugada. Quase todos os entrevistados 29 (96,6%) possuem água encanada em casa, apenas um não possui o serviço. Sobre a energia elétrica, todos os moradores são beneficiados com os serviços da empresa CEMAR (Companhia Energética do Maranhão).

Com relação às fossas sanitárias existentes nas residências (Figura 5), a grande maioria declarou possuir o serviço, o que corresponde a 26 (86,6%). A minoria 4 (13,3%) declarou não possuir fossa em casa, assim as necessidades são feitas em sacolas e jogadas na área do Parque, contaminando assim a água da lagoa, os animais que vivem no habitat, o que acaba gerando odor desagradável, relatado pelos residentes mais próximos.

Um estudo realizado em um bairro de Natal no Rio Grande do Norte questionou a respeito da percepção ambiental dos moradores e a problemática do esgotamento sanitário, obtendo como resultados que o destino do esgoto para 90% dos moradores era realizado em fossas sépticas, enquanto que 10% dos entrevistados afirmaram não possuir fossas em suas casas, destinando seus dejetos na rede de esgoto ou enterrando nos quintais de suas residências (Bay., Silva, 2011).

Figura 5: Distribuição da frequência segundo a presença ou ausência de fossas sanitárias nas residências dos entrevistados do Parque Natural Municipal Lagoa do Sambico, em Timon, Maranhão, Brasil. . Sim Não 86,6% 13,3%

Em todo caso, os serviços que propiciam o acesso ao esgotamento sanitário e a coleta regular de lixo resultam em melhoria das condições de vida e em benefícios como controle e prevenção de doenças infecciosas, prática de hábitos higiênicos, conforto, bem-estar, aumento da expectativa de vida e da produtividade econômica (Costa et al 2005., Fewtrell et al 2005., Villar et al., 2008). Logo, as diferentes formas de intervenção ambiental que tem como objetivo reduzir os efeitos sobre a pobreza, também acarretam benefícios para o meio ambiente. Um ar mais puro e melhor saneamento não somente reduzirão a carga de doenças sobre os moradores do entorno, como também produzirão um ambiente mais limpo de modo geral.

No documento JANETE BARROS DA SILVA (páginas 76-80)

Documentos relacionados