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20. Custo para produção de massa asfáltica usando agregado reciclado

4.2 Caracterização socioeconômica dos entrevistados

Os referidos questionários, inicialmente, identificam o perfil dos entrevistados através das variáveis sexo, idade, grau de escolaridade, renda mensal, naturalidade, situação em relação ao bairro e profissão, conforme ilustram as figuras 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25 e 26. Posteriormente são apresentados os dados colhidos acerca dos impactos socioambientais causados por deposição clandestina de resíduos de construção e demolição nos bairros pesquisados.

Sexo (% )

26,0

74,0

Masculino Feminino

Figura 19- Percentual dos entrevistados por sexo

Idade (% ) 11,0 18,0 40,0 22,0 9,0 0 10 20 30 40 50 15 a 17 18 a 25 26 a 40 41 a 50 Apartir de 51

Figura 20 – Percentual dos entrevistados por idade

Grau de instrução (%) 31,0 30,0 12,0 22,0 1,0 4,0 0 10 20 30 40 Ensino fundament al incomplet o Ensino fundament al complet o Ensino médio incompleto Ensino médio complet o Ensino superior complet o NR

Figura 21- Percentual dos entrevistados por grau de instrução Renda Mensal (%) 54,0 21,0 0,0 1,0 1,0 23,0 0 10 20 30 40 50 60 Até um salário mínimo De 2 a 3 salários mínimos De 4 a 5 salários mínimos 6 ou mais salários mínimos Outro NR

Figura 22 – Percentual dos entrevistados por renda mensal

Naturalidade (% )

46,0

54,0

Fortaleza Outra cidade

Figura 23- Percentual dos entrevistados naturais de Fortaleza e outras cidades

Outra Naturalidade (% ) 3,7 1,9 74,1 3,7 3,7 11,1 1,9 100 0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 120,0

Bahia Brasília Ceará Maranhão Pernambuco Piauí São Paulo T otal

Figura 24 - Percentual de entrevistados que não são naturais de Fortaleza

Situação em relação ao bairro (% )

98,0 2,0

Residente Outra

Figura 25 - Percentual de entrevistados que residem no bairro pesquisado Profissões 1,0 24,0 12,0 14,0 45,0 4,0 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

Aposentado Dona de casa Estudante Comércio Prestador de serviços

Não informaram

Figura 26 - Percentual dos entrevistados por profissão

De acordo com a Figura 18, mais da metade (74 %) dos entrevistados foram mulheres e apenas 26% se compunham de homens. Como foram aplicados cem (100) questionários, as quantidades apresentadas sempre irão equivaler ao percentual. Assim, foram entrevistados setenta e quatro (74) mulheres e vinte e seis (26) homens. Essa grande disparidade em relação ao sexo dos entrevistados provavelmente ocorreu porque a entrevista ocorreu em domicílio e, em muitos casos, o homem trabalha fora e a mulher é dona-de-casa.

Em relação à variável idade, conforme apresentado na Figura 19, percebe-se que 62% dos entrevistados têm entre 26 e 50 anos de idade.

Quanto ao grau de instrução ilustrado na Figura 20, depreende-se que 61% dos entrevistados concluíram, no máximo, o ensino fundamental. Os dados mostram que a realidade ainda é precária em relação à educação e que nas áreas carentes essa condição apresenta maior representatividade. É justamente nessas áreas que se observa com maior nitidez os impactos decorrentes da falta de acesso à educação como violência, desemprego, baixos salários, miséria e tantas outras mazelas que colocam essas comunidades à margem da sociedade e potencializam o desequilíbrio social.

Outro aspecto levantado pelos questionários foi quanto à renda mensal dos entrevistados representado pela Figura 21. Os dados mostram que mais da metade dos entrevistados (54%) ganham até um salário mínimo. Esse dado confirma uma informação que poderia ser deduzida a partir do gráfico que retrata o grau de escolaridade, uma vez que, segundo pesquisas já realizadas, quanto menos anos se têm de estudo, menores serão os salários. Cada ano de estudo que o brasileiro acumula gera um salto médio em seu salário de 15,07 %. O mesmo movimento é observado nas chances de ocupação que, seguindo o mesmo critério, aumentam em média 3,38%. Os dados fazem parte da pesquisa Você no Mercado de Trabalho, divulgada pela FGV (Fundação Getulio Vargas). (PESQUISA, 2008).

Outro aspecto interessante em relação à variável renda é o fato de que 23% das pessoas não quiseram responder quanto ganham. Isso pode ter ocorrido devido a vários fatores e um deles pode ser em virtude da incerteza em relação aos ganhos obtidos, já que muitos não possuem uma renda e nem um trabalho fixo. Isso faz com que essas pessoas sobrevivam por meio de empregos subsidiários que lhe garantem rendas variáveis. Também pode-se supor que algumas pessoas não responderam à pergunta por que ganham muito pouco e isso, na maioria das vezes, causa constrangimento.

Também foi perguntado aos entrevistados sobre a sua cidade de origem, como mostra a Figura 22. O resultado obtido é que menos da metade dos entrevistados são naturais de Fortaleza (46%) e os demais (54%) são naturais de outras cidades. Isso reforça uma realidade muito comum nas grandes cidades, que é o fato das pessoas da zona rural se deslocarem para os centros urbanos em busca de melhores condições econômicas e terminarem morando em áreas muito pobres, sem infra-estrutura adequada e sem acesso a trabalho.

Como curiosidade e informação, apresenta-se na Figura 23 o percentual de entrevistados que são naturais de Fortaleza e de outras cidades. A maioria dos entrevistados (74,1%) é cearense; em seguida, foi citado o Estado do Piauí, apresentando um total de 11,1%, o que corresponde a 6 pessoas. Foram citados ainda cidades como Brasília e Recife num total de 1,9%, correspondendo a 1 pessoa de cada cidade e estados como Pernambuco com 1,9% e Bahia e Maranhão com 3,7% cada um representando 2 pessoas por Estado.

Para que fosse possível apresentar um diagnóstico da real situação vivenciada pelos moradores das áreas pesquisadas foi perguntado sobre a situação do entrevistado em relação ao bairro, conforme a Figura 24 apresentada. Os dados mostram que dos cem entrevistados, apenas dois não moravam no bairro, sendo um deles morador do Eusébio e o outro, ex-morador do bairro. Portanto, a situação descrita nas entrevistas foi o reflexo da percepção dos moradores das áreas pesquisadas.

Finalmente, para compor o perfil dos entrevistados perguntou-se qual a profissão das pessoas, como se vê na Figura 25. Foram citadas 30 ocupações diferentes e 4 pessoas não quiseram responder a profissão que exerciam. Para melhor compreensão, optou-se por condensar a apresentação dos dados em cinco classes: comércio, prestador de serviços, estudante, aposentado e dona-de-casa. Dentre as 100 pessoas entrevistadas, 45% são prestadores de serviço, 24% são donas de casa, 14% trabalham no comércio, 12% são estudantes, 1% é aposentado e 4% não quiseram responder. É interessante perceber que, com exceção das 4 pessoas que não responderam, nenhum dos entrevistados declarou não possuir profissão; entretanto percebe-se que 45% dos entrevistados são prestadores de serviço (pedreiros, domésticas, diaristas, serventes, cozinheiros, carpinteiros, vigia e eletricistas). Sabe-se que muitas dessas profissões não garantem um emprego fixo e seguro.

As questões ambientais têm sido um tema amplamente discutido e divulgado pela mídia, e a partir daí, tornou-se um assunto que tem despertado o

interesse de pessoas de todas as idades e diferentes níveis sociais. Isso também é o que nos foi revelado a partir dos testes realizados com as respostas dos entrevistados desta pesquisa.