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Capítulo 4 – A empregabilidade no município da Guarda

4.6 Caraterização do tecido empresarial

Observando os números relativos às empresas e ao pessoal ao serviço das mesmas o que se verifica é que esses números em termos de densidade da empresa fica-se por metade da registada a nível nacional conforme se observa no gráfico 11 que se segue.

Gráfico 11:Caracterização do tecido empresarial no concelho da Guarda em 2014 Caraterização das empresas no concelho

Densidade de empresas N.º/km2 2015 2011 Portugal 12,2 12,1 Guarda 6,2 6,2 Densidade de estabelecimentos N.º/km2 2015 2011 Portugal 12,8 12,6 Guarda 6,5 6,5

Pessoal ao serviço por empresa N.º 2015 2011 Portugal 3,1 3,4

Guarda 2,5 2,8

Pessoal ao serviço por estabelecimento

N.º 2015 2011 Portugal 2,9 3,2

Guarda 2,5 2,9

Fonte: Elaboração própria

Fonte de dados: Instituto Nacional de Estatística – Anuário Estatístico da Região Centro (2016)

Em termos comparativos, a tendência para os números do Pessoal ao serviço por empresa e por estabelecomento é ligeiramente descendente acompanhando o sentido descendente dos principais motores de desenvolvimento local, mas aqui nada de exuberante.

Em 2016 os trabalhadores por conta de outrem e por settor de atividde são os constantes do quadro 2 que se segue.

Quadro 2. Trabalhadores por conta de outrem por setor de atividade no concelho da Guarda em 2014

Primário Secundário Terciário

127 2 102 5 263

Fonte: Elaboração própria

Quando se observa o nível de escolaridade dos trabalhadores por conta de outrem, verifica- se que a maioria (31,2%) possui o terceiro ciclo do ensino básico e 25,5% possui o ensino secundário. Aqui há uma contradição, o elevado número de diplomados observado nos níveis de escolaridade não se refletem na escolaridade dos trabalhadores, já que só 14,9% são licenciados, conforme ilustra o gráfico 12 a seguir.

Gráfico 12. Trabalhadores por conta de outrem segundo o grau habilitacional

Fonte: Elaboração própria

Fonte de dados: Instituto Nacional de Estatística – Anuário Estatístico da Região Centro (2016)

Entretanto se conjugarmos estes números com os relativos à profissão principal, gráfico 13, corroboram-se os setores terciário e secundário como os maiores empregadores, refletindo quer os serviços da administração pública central e local, quer o comércio, quer as duas ou três empresas empregadoras do concelho, COFICAB, SODECIA e OLANO. Cerca de 38,7% são trabalhadores de serviços pessoais, de proteção e segurança, vendedores, pessoal administrativo e representantes do poder legislativo, dirigentes. Para o contingente trabalhadores qualificados da indústria, construção e operadores de instalações ficam

Gráfico 13. Trabalhadores por conta de outrem segundo a profissão principal

Fonte: Elaboração própria

Fonte de dados: Instituto Nacional de Estatística – Anuário Estatístico da Região Centro (2016)

4.7. O desemprego

Da análise dos dados divulgados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional, no final do mês de Outubro de 2016 o número toral de desempregados era de 1729, menos 904 do que em 2011, repartidos entre 765 homens e 964 mulheres.

Este flagelo é caracterizado por atingir em maior número as mulheres do que os homens, facto que se verifica desde há muitos anos e que teima em manter-se apesar de uma das práticas mais comuns em termos de Responsabilidade Social em Portugal se no domínio da Igualdade do Género.

Gráficos 14. Desemprego registado no concelho da Guarda segundo o género

Fonte: Elaboração própria

Fonte de dados: Instituto de Emprego e Formação Profissional (2016, Outubro) – Estatísticas mensais

Reflexo de que o desemprego neste concelho, para além dos fatores sócio económicos que o caracterizam, se deve também à conjuntura económica do país é o facto de o maior número de deempregados se encontrar nesta situação à mais de um ano, o que traduz a falta de alternativas mesmo para além dos limites geográficos do concelho da Guarda.

Do total de 1729 desempregados, encontram-se inscritos no centro de emprego e formação profissional à mais de 1 ano, 951, conforme visualizado no gráfico 15. Número que sugere a enorme dificuldade para encontrar emprego ou seja na capacidade de o conseguir.

Gráficos 15. Desemprego registado no concelho da Guarda segundo o tempo de inscrição

Tal como se pode observar nos gráficos seguintes, gráficos 16, 17 e 18, a grande maioria dos desempregados do concelho da Guarda corresponde a indivíduos à procura de um novo emprego, o que pressupõe uma análise às suas competências e a uma enorme capacidade de ajustamento a novas realidades profissionais, consubstanciada na problemática da empregabilidade, que vai ao encontro do cumprimento de alguns dos objetivos que fundamentam as ações desenvolvidas no âmbito deste projeto.

No entanto, da análise efetuada aos níveis de conclusão do ensino secundário e também ao número de diplomados em cada mil habitantes, em ambas as situações superior aos números referentes ao território nacional, leva a crer que, após a finalização dos estudos, os jovens não sentem qualquer tipo de atração pela fixação neste concelho.

Gráficos 16. Desemprego registado no concelho da Guarda face à procura de emprego

Fonte de dados: Instituto de Emprego e Formação Profissional (2016, Outubro) – Estatísticas mensais

indiciar dificuldade de uma readaptação a novas realidades profissionais e como tal um fator a ser trabalhado.

Gráficos 17. Desemprego registado no concelho da Guarda segundo o grupo etário

Fonte de dados: Instituto de Emprego e Formação Profissional (2016, Outubro) – Estatísticas mensais

No gráfico seguinte, gráfico 18, que traduz os vários motivos das situações de desemprego, verifica-se que num total de 210, 40,5% correspondem ao fim de contratos não permanentes, reflexo da precariedade laboral inerente a épocas de crise económica.

Gráficos 18. Desempregados inscritos por motivo

Fonte de dados: Instituto de Emprego e Formação Profissional (2016, Outubro) – Estatísticas mensais

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