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Caraterização do serviço de Neurologia

111 A Neurologia do HEM é um serviço que existe há mais de 20 anos, tendo, no entanto, sido alvo de uma profunda remodelação estrutural em 2007. Tal restruturação permitiu organizar a equipa e o serviço de forma mais adequada e funcional com consequentes melhorias nas condições oferecidas aos clientes e profissionais de saúde. No manual de integração/apresentação do serviço é definida a sua finalidade: assegurar cuidados aos clientes com alterações neurológicas no sentido da sua reabilitação. A proveniência dos clientes internados neste serviço tem diversas origens: as consultas externas, o domicílio, as urgências do Hospital São Francisco Xavier e outros serviços do CHLO. Os diagnósticos médicos mais frequentes que motivam o internamento são os acidentes vasculares cerebrais (AVC’s), as demências, a esclerose múltipla e a epilepsia.

A equipa multidisciplinar do serviço é constituída por enfermeiros, médicos, assistentes operacionais, neuropsicólogos, secretarias de unidade, técnicos de eletrofisiologia, fisioterapeutas, assistente social, dietista e capelão.

A equipa de enfermagem é constituída por 15 elementos. Nestes estão incluídas a enfermeira chefe e a coordenadora (segundo elemento). Esta última é também a enfermeira especialista de reabilitação do serviço.

Ao longo das 24 horas os enfermeiros são distribuídos por três turnos: manhã, tarde e noite. Cada turno é constituído, respetivamente e habitualmente, por três enfermeiros na manhã (não inclui a enfermeira chefe nem a enfermeira coordenadora) e dois enfermeiros na tarde e noite.

Este serviço localiza-se no segundo piso do HEM do CHLO16, e tem a

capacidade para um total de 16 clientes distribuídos por 8 enfermarias. Existem 5 enfermarias com 2 camas cada, 1 enfermaria com 4 camas e 2 enfermarias com 1 cama cada, sendo que uma destas está equipada com videovigilância (vídeo Eletroencefalograma) e é destinada apenas a clientes com epilepsias não controladas com terapêutica. Nesta enfermaria toda a atividade elétrica cerebral do cliente é monitorizada interruptamente, 24 horas por dia, e registada sob a forma de

16 O CHLO criado em 2005 pelo Dec. - Lei n.º 233/2005 de 29 de Dezembro é constituído

112 vídeo e de eletroencefalograma. O objetivo desta monitorização é perceber e localizar o foco epilético do cliente e trata-lo de forma adequada.

São definidos um número máximo de duas visitas por cliente, no período entre as 16 horas e trinta e as 19 horas e trinta. É, também, limitado o acesso a crianças com idade inferior a 12 anos.

A equipa multidisciplinar do serviço é constituída por enfermeiros, médicos, assistentes operacionais, neuropsicólogos, secretarias de unidade, técnicos de eletrofisiologia, fisioterapeutas, assistente social, dietista e capelão.

A equipa de enfermagem é constituída por 15 elementos. Nestes estão incluídas a enfermeira chefe e a coordenadora (segundo elemento). Esta última é também a enfermeira especialista de reabilitação do serviço.

Ao longo das 24 horas os enfermeiros são distribuídos por três turnos: manhã, tarde e noite. Cada turno é constituído, respetivamente e habitualmente, por três enfermeiros na manhã (não inclui a enfermeira chefe nem a enfermeira coordenadora) e dois enfermeiros na tarde e noite.

Os diagnósticos médicos mais frequentes que motivam o internamento são os acidentes vasculares cerebrais (AVC’s), as demências, a esclerose múltipla e a epilepsia.

A prestação dos cuidados de enfermagem é realizada de acordo com o método de trabalho por enfermeiro de referência. De segunda a quinta-feira a enfermeira chefe ou colaboradora elaboram, para as próximas 24 horas, o plano de distribuição de enfermeiros pelos respetivos clientes. À sexta-feira esse plano é elaborado para as 48 horas seguintes. Como instrumento de orientação e ajuda à distribuição de clientes é utilizado o sistema de classificação de clientes. Este sistema é constituído por oito pontos (higiene, alimentação, movimentação, eliminação, terapêutica, tratamentos, sinais vitais e atividades de apoio educativo) que pretendem traduzir de forma quantitativa o número de horas que cada cliente necessita em termos de cuidados de enfermagem. Assim, o resultado obtido pelo preenchimento do sistema de classificação de clientes permite que cada enfermeiro do turno fique com idêntico número de horas de cuidados totais necessários à prestação de cuidados. Importa ainda referir que no respetivo plano os enfermeiros de referência ficam sempre com os seus clientes.

113 O processo clinico do cliente é praticamente todo informatizado. Os principais programas informáticos utilizados pelos enfermeiros são o sistema de apoio à prática de enfermagem (SAPE) e o GLINTT – Health Solutions17, ambos programas

de gestão clinica. O primeiro programa corresponde a um suporte informático desenvolvido especificamente para os enfermeiros pelo enfermeiro Abel Paiva (2001), no contexto da sua tese de doutoramento. Este programa permite a gestão de uma série de atividades relacionadas com os cuidados de enfermagem aos clientes. A linguagem base do SAPE é a da Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE). O segundo programa é mais abrangente e é utilizado por diversos elementos da equipa disciplinar no sentido de possibilitar uma gestão clinica a vários níveis: gestão de clientes, gestão de agendas e marcações, prescrição eletrónica, cardéx terapêutico, processo clínico, entre outros.

O HEM tem uma elevada política direcionada para a qualidade dos cuidados. Tal tendência é visível pelas enumeras atividades realizadas no sentido de avaliação dos cuidados prestados e da sua congruência com o esperado. Segundo a enfermeira chefe do serviço existem diversas auditorias anuais internas e externas ao hospital que visão controlar a qualidade dos cuidados. A título de exemplo foram referidas as auditorias realizadas ao método de trabalho por enfermeiro de referência e as efetuadas aos cuidados de enfermagem em unidades de internamento pela aplicação do instrumento de avaliação conhecido por Método de Avaliação da Qualidade dos Cuidados de Enfermagem Hospitalares (MAQCEH)18.

Para que tais auditorias e instrumentos de qualidade o serviço tem implementado um manual de qualidade que orienta toda a politica nessa área. Nesse manual o serviço define claramente a sua missão, os seus valores e objetivos/metas. Como missão propõem a prestar cuidados de enfermagem a todos os clientes, adequando para isso os recursos disponíveis e criando estruturas que facilitem um exercício profissional de qualidade, favoreçam a formação continua e a investigação em enfermagem. Como valores dos cuidados de enfermagem enumera a segurança, a humanização, a autonomia e atualização. Os objetivos/metas que o serviço pretende

17 Engloba a antiga Companhia Portuguesa dos Computadores

– Health Solutions (CPC – HS)

18 Instrumento de avaliação para avaliar a qualidade de cuidados de enfermagem a nível

hospitalar a clientes dependentes, crianças com alterações do padrão respiratório, mulher em trabalho de parto e o adulto num Serviço de Urgência

114 atingir no sentido de cuidados de qualidades são a personalização do acolhimento ao cliente/ família, registo de enfermagem comtemplando as quatro fases do processo de enfermagem, a ausências de úlceras de pressão adquiridas no serviço e redução ou inexistência de infeções nosocomiais.

O processo clinico do cliente é praticamente todo informatizado. Os principais programas informáticos utilizados pelos enfermeiros são o SAPE e o GLINTT – Health Solutions19, ambos programas de gestão clinica. O primeiro programa

corresponde a um suporte informático desenvolvido especificamente para os enfermeiros pelo enfermeiro Abel Silva (2001), no contexto da sua tese de doutoramento. Este programa permite a gestão de uma série de atividades relacionadas com os cuidados de enfermagem aos clientes. A linguagem base do SAPE é a CIPE. O segundo programa é mais abrangente e é utilizado por diversos elementos da equipa disciplinar no sentido de possibilitar uma gestão clinica a vários níveis: gestão de clientes, gestão de agendas e marcações, prescrição eletrónica, cardéx terapêutico, processo clínico, entre outros.

O HEM tem uma elevada política direcionada para a qualidade dos cuidados. Tal tendência é visível pelas enumeras atividades realizadas no sentido de avaliação dos cuidados prestados e da sua congruência com o esperado. Segundo a enfermeira chefe do serviço existem diversas auditorias anuais internas e externas ao hospital que visão controlar a qualidade dos cuidados. A título de exemplo foram referidas as auditorias realizadas ao método de trabalho por enfermeiro de referência e as efetuadas aos cuidados de enfermagem em unidades de internamento pela aplicação do instrumento de avaliação conhecido por Método de Avaliação da Qualidade dos Cuidados de Enfermagem Hospitalares (MAQCEH)20.

Para que tais auditorias e instrumentos de qualidade o serviço tem implementado um manual de qualidade que orienta toda a politica nessa área. Nesse manual o serviço define claramente a sua missão, os seus valores e objetivos/metas. Como missão propõem a prestar cuidados de enfermagem a todos os clientes, adequando para isso os recursos disponíveis e criando estruturas que facilitem um exercício

19 Engloba a antiga Companhia Portuguesa dos Computadores – Health Solutions

20 Instrumento de avaliação para avaliar a qualidade de cuidados de enfermagem a nível

hospitalar a clientes dependentes, crianças com alterações do padrão respiratório, mulher em trabalho de parto e o adulto num Serviço de Urgência

115 profissional de qualidade, favoreçam a formação continua e a investigação em enfermagem. Como valores dos cuidados de enfermagem enumera a segurança, a humanização, a autonomia e atualização. Os objetivos/metas que o serviço pretende atingir no sentido de cuidados de qualidades são a personalização do acolhimento ao cliente/ família, registo de enfermagem comtemplando as quatro fases do processo de enfermagem, a ausências de úlceras de pressão adquiridas no serviço e redução ou inexistência de infeções nosocomiais.

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