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Santo Antônio

SOLO DA REGIÃO

5.7 CARTA DE UNIDADES GEOTÉCNICAS

Na definição das unidades foram analisadas condições litológicas, texturas dos materiais, granulometria, bem como todas informações adquiridas em todo processo de geração dos documentos cartográficos (documentação, geológico, materiais inconsolidados, nível d’água, carta de declividades). Segundo Zuquette (1987), este documento tem por finalidade orientar, principalmente o planejador, em relação as diversas formas de ocupação do meio físico. Trata-se de um zoneamento com finalidades gerais, baseado em atributos naturais do meio físico.

Foi utilizado o recurso de fotointerpretação, no caso em questão, para confirmar alguns cruzamentos de informações da documentação cartográfica. Assim pôde-se obter um mapa com mostrando características geotécnicas da região em estudo.

A realização da montagem deste documento, é importantíssimo principalmente para o planejador em relação as diversas formas de ocupação do meio físico, pois determina características(geotécnicas, colapsibilidade,etc) que devem ser consideradas em cada forma de ocupação.

A seguir a definição das unidades geotécnicas (Anexo 5.7).

5.7.1 Unidade I - Solo Led - Latossolo Vermelho-Escuro

Esta unidade é encontrada na maior parte na região oeste, com algumas áreas na região noroeste e próximo da região central em estudo. Em grande parte o relevo é plano, e cobre uma área aproximada de 102,65 Km2.

Solo com origem granulítica, pertencente ao grupo Anápolis/Itauçu, encontrando materiais originados do dois grupos definidos dentro do mapa substrato rochoso.

A declividade do terreno em sua grande parte está entre os intervalos 0 a 2% e 2 a 5%, apresentando às vezes terrenos suavemente ondulados.

A profundidade do NA prevalece no intervalo de 5 a 10m de profundidade, com uma área de abrangência maior. Porém ocorrem todos intervalos de profundidade do NA nesta unidade, onde também sobressai a profundidade >10m. Ou seja, tende a ser mais profundo.

A sua é origem laterítica, tendo classificação Argilosa Laterítica (LG’), segundo a metodologia MCT. Solo residual não colapsível para a pressão 40 KPa, de acordo com os ensaios realizados.

Pela classificação HRB pertence ao grupo A-7-5, tendo IP em torno de 13 e ISC (Índice de Suporte Califórnia) variando de 11 a 15 %.

Possui uma cor avermelhada escura, e as profundidades são acima de 5m, textura em geral uma argila arenosa, com fragmentos de quartzo de veio com diâmetro de 12,5mm2 com bastante fragmentos micáceos.

5.7.2 Unidade II - Solo Gd - Gleissolo Distrófico

Esta unidade é encontrada com maior abrangência ao longo do Rio Meia Ponte, numa faixa de 1,7Km de largura em média, correspondendo a um solo com origem de depósitos aluvionares.Em grande parte o relevo é plano, e cobre uma área aproximada de 28,34 Km2. A declividade do terreno em sua grande parte está entre os intervalos 0 a 2% e 2 a 5%, prevalecendo numa área maior a declividade <2%.

A profundidade do NA prevalece o intervalo de <2m de profundidade (Região Sudeste da Área em Estudo), com uma área de abrangência maior. Porém encontra-se ainda os intervalos de 2 a 5m e 5 a 10m de profundidade do NA.

A sua origem laterítica, tendo classificação Argilosa Laterítica (LG’), segundo a metodologia MCT para solos tropicais e solo coluvial colapsível, de acordo com os ensaios realizados.

Pela classificação HRB pertence ao grupo A-7-6, tendo IP em torno de 13 e ISC(Índice de Suporte Califórnia) próximo de 11%.

Possui uma cor vermelha clara, mole, onde tem-se profundidades acima de 5m, textura em geral uma argila arenosa, micácea, com pedregulhos.

5.7.3 Unidade III - Solo LRd - Latossolo Roxo Distrófico

Esta unidade é encontrada na maior parte na região oeste, com algumas áreas na região NE e central da região em estudo.Tem grande parte um relevo plano, e cobre uma área aproximada de 57,73 Km2.

Sua origem granulítica, pertencente ao grupo Anápolis/Itauçu, encontrando material originados do dois grupos definidos dentro do mapa substrato rochoso.

A declividade do terreno em sua grande parte está entre os intervalos 0 a 2% e 2 a 5%, alternando às vezes em terrenos suavemente ondulados e planos.

A profundidade do NA prevalece o intervalo de >10m de profundidade, com uma área de abrangência maior em relação aos outros intervalos de profundidades. Porém encontram-se todos intervalos de profundidade do NA nesta unidade, onde também sobressai a profundidade de 5 a 10m.

Sua origem é laterítica, tendo classificação Argilosa Laterítica (LG’), segundo a metodologia MCT. É um solo residual não colapsível, de acordo com os ensaios realizados.

Pertence ao grupo A-7-6 pela classificação HRB, tendo IP em torno de 14 e ISC em torno de 12%.

De uma cor cinza clara, onde se tem profundidades acima de 5m, textura do material encontrado é em geral uma argila arenosa, com fragmentos de quartzo de veio (Ø até 12mm2 ) com bastantes fragmentos micáceos.

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6.1 INTRODUÇÃO

A aplicação da metodologia, segundo Zuquette(1987), orienta a reunião e análise dos atributos mais importantes para definição um uso específico no meio-físico viabilizando a elaboração do mapeamento geotécnico, que mostra características importantes do meio físico e faz com que o planejamento do uso do solo, de uma forma geral, seja mais adequado, diminuindo assim o fator risco.

Este trabalho, apesar de ser um dos pioneiros na região do município de Goiânia, é muito importante porque possibilitou que fosse elaborados seis documentos cartográficos (Mapa de Documentação, Mapa de Substrato Rochoso, Mapa de Materiais Inconsolidados, Mapa de Profundidade do Nível D’água, Carta de Declividades e Carta de Unidades Geotécnicas), sendo alguns deles compilados de alguns existentes, porém agora digitalizados em relação a área em estudo e que são essenciais para elaboração de outros mais específicos, como cartas derivadas.

Essa importância se eleva se for considerado que o município atualmente discute seu plano diretor visando a ampliação do limite de expansão urbana na região em estudo.

Todos os documentos elaborados servirão como base na geração de cartas derivadas, como a carta de erodibilidade, uso do solo, depósito de rejeitos sépticos, obras viárias, etc. Assim abre a possibilidade da criação destes novos documentos importantes no planejamento urbano, principalmente para esta região que está sendo discutido o novo limite de expansão

urbana da cidade, dentro dos estudos do novo plano diretor, em que a área em estudo estará bastante alterada em função disso.