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4 PROPOSTA DE PROJETO

4.1.2 Castelo de Cumbres Mayoures

A recuperação do Castelo de Mayoures, localizado em Portugal, com uma área de 3.362m², foi proposto para uma série de usos que contribuirão para a sua conservação, entendimento e a difusão cultural, tanto do castelo como do conjunto de recintos murados de Banda Gallega.

Estes usos estão concentrados em pequenas construções leves e efêmeras que se erguem com proporções, materiais e impacto visual minimizado de forma fragmentada, segundo recomendam os estudos arqueológicos realizados (Fonte: Arch Daily, 2013).

A proposta do projeto trouxe a diferença de materiais, destoando dos originais utilizados na construção do castelo (Figura 21). A utilização de materiais leves e a forma volumétrica da edificação deram o tom moderno ao local, salientando as diferentes técnicas construtivas e épocas em que foram construídos.

Figura 21 – Diferença de estilos das edificações antiga e nova

Fonte: Arch Daily (2014)

Foi utilizada estrutura metálica e fechamento leve, assim com painéis de chapa metálica perfurada em alguns pontos das fachadas (Figura 22), permitindo que haja iluminação natural controlada no interior do ambiente. As esquadrias formam grandes panos envidraçadas, e sua proteção contra a incidência de sol na fachada é feita por

brises horizontais, como pode ser constatado na figura 23.

Figura 22 – Chapas metálicas perfuradas

Figura 23 – Esquadrias com proteção do brise horizontal

Fonte: Arch Daily (2014)

A materialidade aplicada neste projeto, com a estrutura metálica, fechamento com grandes esquadrias de vidro nos locais onde se quer mostrar algum ponto do castelo, e nos locais onde a visibilidade não é a principal estratégia, usou-se painéis com chapas metálicas perfuradas, permitindo a entrada de luz natural, porem controlada, trazendo pontos de privacidade dentro da edificação.

Estas características, bastante distintas da técnica construtiva do Salão Holler, são pretendidas para o projeto da nova edificação, destinada a confeitaria, trazendo para a área de alimentação a transparência dos grandes panos de vidro, demonstrando e atraindo o público externo a conhecer a gastronomia da região e a privacidade da área da confeitaria.

4.2 Projetos Formais

As referências apresentadas neste item tem como finalidade auxiliar a proposta do projeto pretendido nesta pesquisa do trabalho final de graduação.

4.2.1 Museu do Pão

O projeto destinado ao Museu do Pão, está localizado no Centro da cidade de Ilópolis, Rio Grande do Sul, Brasil. Possui uma área total de 530m² e a conclusão de sua revitalização se deu em 2007, promovida pelos alunos do curso de Restauração e Artesanato de Madeira, do IILA (Instituto Ítalo Latino Americano). O projeto tem patrocínio da Nestlé Brasil, apoio da Prefeitura de Ilópolis, IPHAN e Universidade de Caxias do Sul e autoria do Escritório Brasil Arquitetura (Prefeitura de Ilópolis, 2016).

Sua principal função é transmitir aos visitantes do local, a história do pão nas mais diferentes etnias, demonstrando desde os grãos até o prato, tendo como meio de transmissão as oficinais e o espaço destinado a exposição de objetos utilizados pelos imigrantes Italianos do Valo do Taquari, oferecidas pelo complexo do museu. É um novo ponto de encontro, lazer e convivência para moradores e visitantes da pequena cidade de Ilópolis (Prefeitura de Ilópolis, 2016).

O complexo conta com dois novos prédio que dialogam com o antigo moinho (Figura 24), abrigando o museu do pão e a escola de confeiteiros, que proporcionam ao moinho um caráter atual e o afirmam como excelente material arquitetônico, técnico e cultural do passado (Brasil Arquitetura, 2016).

Figura 24 – Planta Baixa – Museu do Pão

Fonte: Brasil Arquitetura, adaptado pela autora (2011)

O prédio do Moinho é construído todo em araucária angustifólia, mantendo suas características originais, assim como seus mecanismos, as novas varandas e os novos passadiços que lembram as casas dos imigrantes, os painéis corrediços “brise

soleil”, os capitéis dos pilares a lembrar as fantásticas estruturas internas dos

moinhos, e até o concreto da nova edificação, trazida para compor o programa de necessidades do local, apresenta texturas, marcado pelas formas de tábuas (Figuras 25 e 26) (ArchDaily, 2011).

Figura 25 – Imagem externa do antigo moinho – Museu do Pão

Fonte: ArchDaily (2011)

Figura 26 – Imagem externa das novas edificações – Museu do Pão

Fonte: ArchDaily (2011)

Nesta obra, a arquitetura cumpre seu papel de renovação cultural, protagonizando o reencontro da comunidade local com sua história (ArchDaily, 2011).

Figura 27 – F achada – Museu do Pão

Fonte: Brasil Arquitetura, adaptado pela autora (2011) Figura 28 – Fachada – Museu do Pão

Fonte: Brasil Arquitetura, adaptado pela autora (2011)

Conforme a figura 29, apresentada abaixo, onde mostra a área destinada a Bodega, podemos observar que foram mantidas características originais do moinho, trazendo para a área de lazer, uma atmosfera que remete a história do local (ArchDaily, 2011).

Figura 29 – Imagem Interna da Bodega – Museu do Pão

Fonte: ArchDaily (2011)

As novas edificações abrigam as áreas de estudos, aprendizados, como o auditórios, museu (Figura 30), confeitaria e sala de aula. Os sanitários também foram instalados nestas novas edificações, podendo atender as necessidades desta demanda sem grandes inerências no antigo moinho.

Figura 30 – Imagem Interna da exposição – Museu do Pão

Fonte: ArchDaily (2011)

Todas estas características conceituais trazidas pelo projeto e concepção do Museu do Pão, traduzem as propostas pretendidas para o Memorial do Salão Holler,

será mantida a pré-existência e a inserção de edificação nova, respeitando os valores, escalas e estilos pertinentes, assim como foi proposto neste referencial.

O prédio existente do Salão Holler, irá manter as características arquitetônicas originais da edificação, levando em consideração das alterações que ocorreram ao longo dos anos, oferecendo a população da cidade de Ivoti, um local para apreciação e aprendizado das memorias da cidade, local para lazer, encontros e reuniões.

Acrescentando duas novas edificações destinadas aos novos usos propostos, como a confeitaria e estacionamento, trazendo no projeto o caráter arquitetônico moderno, em sua forma e materialidade.

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