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5.1 GRUPO DOS IRMÃOS MARISTAS

5.1.3 Categoria 3: Aspectos relevantes no desempenho educativo e

Esta categoria é composta por duas subcategorias: Vivências, valores e qualificações do gestor/educador leigo e A escolha adequada de gestores e educadores leigos.

5.1.3.1 Subcategoria: Vivências, valores e qualificações do gestor/educador leigo

Analisando manifestações de Irmãos entrevistados, ficou evidente que a expectativa sobre os gestores e educadores leigos é a de eduquem pela presença e exemplo de vida. Ao mesmo tempo, tem-se que os educadores e gestores leigos devem ter espírito cristão, espírito de família e precisam ter claro qual é a missão da instituição, especialmente a de evangelizar através da educação.

“O gestor e o educador leigo educam pela presença e pelo exemplo de vida”. (S7)

“A simplicidade é importante para um educador, porque o leigo e o Irmão, educadores, são aqueles que aprendem”. (S9)

“As pessoas precisam ter muito clara a missão da instituição, que é evangelizar pela educação. E aqui, evangelizar não no sentido de catequizar, mas no sentido de propor os valores que o Evangelho traz”. (S4)

“Na página 76 do Projeto Educativo Marista consta que os gestores, independente de irmãos ou leigos, são desafiados a serem pessoas de visão, a viver o núcleo dos valores maristas e a guiar outros a viver”. (S8)

A instituição espera do gestor leigo a capacidade gerencial, a presença, profunda espiritualidade, que saiba valorizar a pessoa humana e que tenha qualificações para o mundo do trabalho e saber conduzir pessoas. Precisa ser pessoa de valores e princípios que se coadunam com a proposta e o jeito marista de

ser e educar, animado pela espiritualidade apostólica marista. Deve ser pessoa que saiba ouvir, escutar e que vista e assuma a proposta, com o jeito próprio marista de ser.

“Financeiro, na dimensão da sustentabilidade que vai dar suporte para outros. O acadêmico, que na dimensão da aprendizagem que isso traz e que é necessário e é o papel da escola. E, o resultado pastoral”. [...] (S4)

“Às vezes, não adianta ter só resultado acadêmico, se dentro da unidade educativa as relações, o clima, o relacional não é não é bom”. (S4)

“E, salientaria também, a capacidade de nosso gestor. O gestor quando tem capacidade para isso, colocar a serviço de sua capacidade, a sua presença, o seu trabalho e sua compreensão”. (S5)

“Procurar fazer o bem através dessa autoridade de gestor e de educador. Então, testemunhando com a sua vida, com a sua profissão, com o seu jeito”. (S6)

“O educador leigo, seja ele o administrador, o gestor, conta primeiro a capacitação. [...] E há uma segunda característica importante, é que ele realmente acredite na vida, acredite na pessoa, que tenha uma espiritualidade profunda”. (S7)

“Primeira coisa, que ele seja uma pessoa humana, consigo mesmo e com seus educandos, com seus pares, dentro dos valores, de respeito, amabilidade, de ajuda, solidário”. (S9)

“[...] E ele precisa se encantar com essa proposta marista. E se ele tem realmente a vocação para ser educador, se ele é apaixonado por aquilo que ele realiza e se ele se encanta por essa proposta, o casamento torna-se perfeito”. (S10)

Os respondentes também referiram-se aos gestores e educadores leigos como pessoas que necessitam saber trabalhar com espírito de equipe, ao mesmo tempo em que sejam pessoas relacionais e com capacidade de interlocução, sempre disposta ao diálogo e a trabalhar em grupo. Assim, a aposta é nas pessoas e ajudá- las a serem melhores.

“Uma coisa que é hoje, mais do que necessária, é imprescindível, o sentido de equipe. Ele tem que ter sentido de equipe, o colaborador. Ele tem que saber, saber ser colaborador e saber colaborar, pelo sentido de equipe”. (S2)

“Primeiro, ele deve ser uma pessoa relacionada. Se ela é uma pessoa que não sabe trabalhar em grupo, não sabe trabalhar em equipe, fica muito difícil de ele trabalhar dentro de uma proposta marista”. (S7)

“Uma boa capacidade de interlocução. O diálogo é fundamental numa instituição de ensino [...]”. (S2)

5.1.3.2 Subcategoria: A escolha adequada de gestores e educadores leigos

Os pesquisados inferem sobre a importância da adequada e correta escolha de pessoas, tanto da dos gestores quanto dos educadores para atuarem nas obras educacionais maristas. Devem ter vocação de educadores e serem apaixonados por aquilo que fazem, aderindo à missão, de modo a viverem profundamente os valores e princípios maristas.

Aproximando-se do que está afirmado na página 35 da obra “Em Torno da Mesma Mesa – A Vocação dos Leigos Maristas de Champagnat”, já citada no referencial teórico, “Missão, espiritualidade e comunhão são como três cores que formam um único raio de luz: o carisma marista59”.

A instituição espera do gestor leigo a capacidade gerencial, a presença, profunda espiritualidade, que saiba valorizar a pessoa humana e que tenha qualificações para o mundo do trabalho e saber conduzir pessoas. Precisa ser pessoa de valores e princípios que se coadunam com a proposta e o jeito marista de ser e educar, animado pela espiritualidade apostólica marista. Deve ser pessoa que saiba ouvir, escutar e que vista e assuma a proposta, com o jeito próprio marista de ser.

“Finalizando, isso necessariamente implica em fazerem-se boas escolhas de educadores e de gestores”. (S7)

“[...] E é um papel necessário se cercar de pessoas boas, de pessoas que queiram ter adesão e que vivam profundamente os valores e princípios maristas”. (S8)

59 TESCAROLO, Ricardo

– Em torno da mesma mesa – A vocação dos leigos Maristas de Champagnat (tradução) – C.S.C Gráfica – Roma – Itália, 2009.

“Ele precisa realmente vibrar com aquilo que faz, e precisa se realizar com aquilo que faz. Se ele não tem brilho no olhar com aquilo que faz, em como conduz sua proposta, ele não vai conseguir transmitir a proposta marista.” (S10)

“O cuidado que nós devemos ter, é de não sairmos de um extremo para o outro, não saindo de uma gestão que era familiar, tinha um espírito de família, que era só em prol da estratégia que ficava avaliando as pessoas só pelo resultado”. (S8)

Considerando as manifestações constantes nesta categoria, verificou-se presente a preocupação de não perder-se o essencial da educação marista, especialmente com a formação integral da pessoa. Para tal, a questão da sustentabilidade, da gestão e governança, apesar de serem muito importantes, não devem se sobrepor aos valores maiores da instituição, especialmente sobre a questão acadêmica e pastoral. Observou-se também que há clareza quanto as principais características que devem ser observadas no processo de escolha dos gestores e educadores leigos.