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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS

5.4 Categoria 4: Construindo conceitos e definições para protocolos

Subcategoria 4.1: Definindo o conceito de protocolo - Conceituando/Definindo protocolos

Nesta categoria, construindo conceitos e definições para protocolos, revela-se o que os enfermeiros entendem por protocolos. Eles possuem alguns conceitos e definições importantes, que permitem o entendimento do significado do trabalho quando conduzido por

estes instrumentos. Portanto, destaca-se aqui alguns conceitos trazidos por estudiosos nesta área de conhecimento.

Segundo Werneck, Faria, Campos (2009), os protocolos são instrumentos que permitem aos profissionais padronização das ações e do processo de trabalho e também planejar, implementar e avaliar as ações, logo servem para avaliar a qualidade dos serviços. Para o Conselho Regional de Enfermagem/SP (2014), protocolo é a descrição de uma situação específica de assistência/cuidado, constituída por especificações sobre o que se faz, quem faz e como se faz, possibilitando, aos profissionais, tomada de decisões na assistência para a prevenção, recuperação ou reabilitação da saúde.

Para o Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais (2006), os protocolos são recomendações sistematicamente desenvolvidas com o objetivo de prestar a atenção à saúde apropriada em relação a partes do processo da condição ou patologia e em pontos de atenção à saúde específicos. São recomendações que se fazem a processos específicos, precisamente definidos e com baixa variabilidade.

A partir destas definições, confirma-se nas falas dos enfermeiros qual o conceito/definição atribuído por eles aos protocolos:

“Ajuda a organizar de certa forma o serviço porque o protocolo define os passos de como deve ser, acho que é isso”. (E10)

“É uma rotina, padronização que foi estudada e colocada”. (E11)

“É um manual de instruções, que eu vou seguindo para fazer aquela avaliação e depois proceder para o curativo”. (E19)

“Compreender o que os enfermeiros entendem por protocolo no gerenciamento do cuidado a partir da apropriação destas ferramentas, foi um processo de reflexão muito intenso. A partir da coleta e analise dos dados foi possível constatar que os enfermeiros tem muito claro, o que é um protocolo, para que serve, o quanto facilita a gerencia do cuidado. Mas porque alguns ainda não incorporaram está ferramenta gerencial na sua pratica? Como em suas definições fica evidente a clareza do sentido dos protocolos, acredito que a carência refere-se a necessidade de sensibilização dos enfermeiro ao ponto de entenderem e incorporarem o protocolo em seu processo de trabalho”. (Nota de Reflexão da pesquisadora)

Subcategoria 4.2: Percebendo características distintas nos protocolos - Diferenciando protocolos

- Propondo ações para melhoria do protocolo

Constata-se que existem muitas definições para protocolos de um modo geral, neste momento de analise das entrevistas, percebe-se que os enfermeiros apontam diferenças nos protocolos, o que é corroborado na literatura.

Os autores Werneck, Faria e Campos (2009), reconhecem várias denominações para protocolos são elas: protocolos assistenciais, protocolos de cuidados, protocolos de acompanhamento e avaliação, protocolos de organização da atenção e protocolos clínicos. Eles consideram, então, que, de um modo geral, pelas características se agrupam em protocolos clínicos e protocolos de organização dos serviços.

De acordo com estes mesmos autores, os protocolos clínicos são instrumentos da atenção à saúde dos usuários, possuem características direcionadas para clínica, ações de prevenção e promoção e de educação. Os protocolos de organização dos serviços são instrumentos de gestão dos serviços.

“A gente tem o protocolo de recebimento da cirurgia cardíaca, e ali a gente segue todos os passos, a gente tem protocolo para insulina, e para estas questões clinicas parece ser mais fácil tu seguir protocolos.” (E8)

As falas dos enfermeiros evidenciam a percepção sobre as diferenças dos protocolos. Mas o vivido pelos enfermeiros, na prática, confirma o entendimento de que os protocolos, mesmo com algumas diferenças conceituais, servem para guiar as condutas dos profissionais, desta maneira reduzindo a variabilidade de ações, qualificando e tornando mais seguro o cuidado, sejam os protocolos clínicos ou de estruturação do cuidado.

Os protocolos assistenciais também são outra denominação utilizada na enfermagem e que guiaram a elaboração do protocolo de UP da instituição onde se realizou esta pesquisa. Segundo Silva e Vieira (2012, p.1), os protocolos assistenciais são instrumentos que definem o processo de trabalho da enfermagem, são “intervenções técnica e social que orientam os profissionais de enfermagem na realização de suas funções, e tem como base conhecimentos científicos e práticos do cotidiano em saúde, de acordo com cada realidade local”.

Esta subcategoria também possui o componente: propondo ações ao protocolo, o que reflete a importância da elaboração destes instrumentos com todos os profissionais envolvidos na sua utilização para que, atenda as reais necessidades dos pacientes e profissionais. Esta

construção deve permear o que é realmente importante, contribuindo para que o protocolo seja incorporado no cotidiano de trabalho dos profissionais. Embora o protocolo sirva para conduzir ações, deve-se levar em consideração as especificidades de determinadas situações.

“quando tu percebe que o paciente tem potencial risco para gerar uma UP pega o protocolo e preenche e dai tu estas trabalhando na prevenção, se chegou ao ponto de ter uma UP, tu chamas o especialista do grupo e pede orientação para o grupo de como agir, após tu ve no resto do protocolo, o pessoal do grupo preenche junto com o enfermeiro que esta aqui na unidade, a parte do protocolo que tem a ver com diagnóstico e tratamento da lesão e a partir dali o enfermeiro da unidade assume o cuidado.”(E4)

“fazer de novo o treinamento mas que fosse feito assim, não digo assim que conseguisse pegar todo ao mesmo tempo, que ninguém vai ter braço e pernas para isso, mas que conseguisse pegar todos de um grupo, de repente tentar pactuar com as chefias assim de as chefias escalarem as pessoas naquele dia, para obrigarem elas a estarem aquele dia ali para fazer o treinamento.”(E10)

O Diagrama 4 representa a categoria Construindo conceitos e definições para

protocolos com as subcategorias e componentes que permitiram a sua construção.

Diagrama categoria 4: Construindo conceitos e definições para protocolos