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1 INTRODUÇÃO

2.2 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE

2.2.3 Selo Casa Azul

2.2.3.2 Categoria, critérios e classificação:

Para concessão do Selo a CEF utiliza um método que consiste em verificar o atendimento aos critérios estabelecidos. No total são 53 critérios de avaliação, divididos em seis categorias (CAIXA, 2010): Categoria 1 - Qualidade urbana:

Avalia se o empreendimento proporciona aos moradores qualidade de vida, bem-estar e segurança considerando a infraestrutura do local e ainda incentiva melhorias no entorno.

Categoria 2 - Projeto e conforto:

Aborda o planejamento e à concepção do projeto avaliando principalmente a adaptação do mesmo às características climáticas, físicas e geográficas do local e a existência de espaços específicos dentro do empreendimento como espaço para esporte, lazer e coleta de lixo.

Categoria 3 - Eficiência energética:

Avalia e incentiva o uso de tecnologias alternativas e equipamentos que contribuam para reduzir o consumo de energia elétrica e gás além da presença de fontes alternativas de energia.

Categoria 4 - Conservação de recursos materiais:

Busca garantir a utilização de materiais de boa qualidade e que possam ser reutilizados, como formas e escoramentos, além de incentivar a utilização da gestão de resíduos da construção.

Categoria 5 - Gestão da água:

Abrange desde dispositivos economizadores de água até medição individualizada das unidades para incentivar o baixo consumo. Também incentiva o uso do reaproveitamento de água e áreas permeáveis no empreendimento.

Categoria 6 - Práticas sociais:

Promove a conscientização dos agentes envolvidos na elaboração do projeto, construção e ocupação das edificações quanto às questões sustentáveis.

Além de divididos nas seis categorias conforme exposto acima, os critérios são classificados em Obrigatórios e Livre escolha, distribuídos conforme o Erro! Fonte de referência não encontrada.. Quadro 3. Categorias, Critérios e Classificação so Selo Casa Azul.

CATEGORIAS/CRITÉRIOS CLASSIFICAÇÃO

1. QUALIDADE URBANA

1.1 Qualidade do Entorno - Infraestrutura Obrigatório 1.2 Qualidade do Entorno - Impactos Obrigatório

1.3 Melhorias no Entorno Live escolha

1.4 Recuperaão de Áreas Degradadas Live escolha

1.5 Reabilitação de Imóveis Live escolha

2. PROJETO E CONFORTO

2.1 Paisagismo Obrigatório

2.2 Flexibilidade de Projeto Live escolha

2.3 Relação com a Vizinhança Live escolha

2.4 Solução Alternativa de Transporte Live escolha 2.5 Local para coleta Seletiva Obrigatório 2.6 Equipamentos de Lazer, Sociais e Esportivos Obrigatório 2.7 Desempenho Térmico - Vedações Obrigatório 2.8 Desempenho Térmico - Orientação ao Sol e Ventos Obrigatório 2.9 Iluminação Natural de Áreas Comuns Live escolha 2.10 Ventilação e Iluminação Natural de Banheiros Live escolha 2.11 Adequação às Condições Físicas de Térreno Live escolha Fonte: Adaptado de Caixa (2010).

Quadro 3. Categorias, Critérios e Classificação so Selo Casa Azul (Continuação).

3. EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

3.1 Lâmpadas de Baixo Consumo - Áreas Privativas Obrigatório p/ HIS - até 3 s.m 3.2 Dispositivos Economizadores - Áreas Comuns Obrigatório 3.3 Sistemas de Aquecimento Solar Live escolha 3.4 Sistemas de Aquecimento à Gás Live escolha 3.5 Medição Individualizada - Gás Obrigatório

3.6 Elevadores Eficientes Live escolha

3.7 Eletrodomésticos Eficientes Live escolha 3.8 Fontes Alternativas de Energia Live escolha

4. CONSERVAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS

4.1 Coordenação Modular Live escolha

4.2 Qualidade de Materiais e Componentes Obrigatório 4.3 Componentes Industrializados ou Pré-fabricados Live escolha 4.4 Formas e Escoras Reutilizáveis Obrigatório 4.5 Gestão de Resíduos de Construção e Demolição

(RCD) Obrigatório

4.6 Concreto com Dosagem Otimizada Live escolha 4.7 Cimento de Alto Forno (CPIII) e Pozolânico (CP

IV) Live escolha

4.8 Pavimentação com RCD Live escolha

4.9 Facilidade de Manutenção da Fachada Live escolha 4.10 Madeira Plantada ou Certificada Live escolha

5. GESTÃO DA ÁGUA

5.1 Medição Individualizada - Água Obrigatório 5.2 Dispositivos Economizadores - Sistemas de

Descarga Obrigatório

5.3 Dispositivos Economizadores - Arejadores Live escolha 5.4 Dispositivos Economizadores - Registro Regulador

de Vazão Live escolha

5.5 Aproveitamento de Águas Pluviais Live escolha 5.6 Retenção de Águas Pluviais Live escolha 5.7 Infiltração de Águas Pluviais Live escolha

5.8 Áreas Permeáveis Obrigatório

Quadro 3. Categorias, Critérios e Classificação so Selo Casa Azul (Continuação).

6. PRÁTICAS SOCIAIS

6.1 Educação para a Gestão de RCD Obrigatório 6.2 Educação Ambiental dos Empregados Obrigatório 6.3 Desenvolvimento Pessoal dos Empregados Live escolha 6.4 Capacitação Profissional dos Empregados Live escolha 6.5 Inclusão de Trabalhadores locais Live escolha 6.6 Participação da Comunidade na Elaboração do

Projeto Live escolha

6.7 Orientação aos Moradores Obrigatório

6.8 Educação ambiental dos Moradores Live escolha 6.9 Capacitação para Gestão do Empreendimento Live escolha 6.10 Ações para Mitigação de Riscos Sociais Live escolha 6.11 Ações para a Geração de Emprego e Renda Live escolha Fonte: Adaptado de Caixa (2010).

Conforme a Figura 7, os níveis de gradação do Selo são dados em três categorias: Bronze, Prata e Ouro, concedidas conforme a quantidade de critérios atendidos pelo empreendimento.

Figura 7. Níveis de certificação Selo Casa Azul: (a) Ouro, (b) Prata e (c) Bronze.

(a) Ouro. (b) Prata. (c) Bronze.

Fonte: Adapatado de Caixa (2010).

Para obtenção do nível Bronze é necessário que o solicitante atenda ao menos todos os critérios obrigatórios. À categoria Prata são exigidos os critérios obrigatórios e mais seis (6) critérios de livre escolha. A categoria Ouro, por sua vez, necessitados critérios obrigatórios acrescidos de pelo menos doze (12) critérios de livre escolha (Quadro 4).

Quadro 4. Níveis de gradação do Selo Casa Azul.

GRADAÇÃO ATENDIMENTO MÍNIMO

BRONZE Critérios obrigatórios PRATA Critérios obrigatórios e mais 6 critérios de livre escolha

OURO Critérios obrigatórios e mais 12 critérios de livre escolha Fonte: Adapatado de Caixa (2010).

Alguns autores já trabalharam com a temática do Selo Casa Azul, entre eles Magnani (2011), Fasfatofski (2014), Dinamarco (2016) e Santos (2017).

Magnani (2011) apresentou uma análise de todas as categorias abordadas pelo Selo Casa Azul e pelo LEED for Homes, e constatou que o Selo Casa Azul é adequado à realidade brasileira apesar de ser menos detalhado do que o LEED for Homes.

Já Fasfatofski (2014) examinou a aplicabilidade do Selo Casa Azul em edifícios verticais, através do estudo de edifícios já certificados, e concluiu que o Selo é uma ferramenta viável com aplicação relativamente fácil. Destaca ainda que uma certificação tende a ser um diferencial no momento da comercialização do empreendimento, incluindo uma pequena redução nas taxas de juros para financiamento com recursos do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo).

Dinamarco (2016) em sua dissertação avaliou a possibilidade de um empreendimento já executado adquirir a certificação Selo Casa Azul. Destaca que o a CEF através da redução nas taxas de juros para financiamento do imóvel, cria um atrativo para a certificação. Encontrou que o empreendimento não se adequou aos critérios, sendo necessárias reformas e alterações para tal.

Santos (2017) buscou conhecer as certificações no Brasil o no mundo, e comparou detalhadamente o Selo Casa Azul da CEF e o GBC Brasil Casa, que são os mais utilizados no Brasil. Destacou que os dois métodos apresentam guias extensos e detalhados, que são métodos de avaliação validos e buscam alcançar construções mais sustentáveis.

Ainda Santos (2017), entrevistou a CEF, e conta que atualmente a maior procura pelo Selo é devido a redução nas taxas de juros para financiamentos com os recursos do SBPE, mas que a procura ainda é baixa, uma vez que o setor da construção civil no Brasil não está maduro para buscar edificações mais sustentáveis.

3 MÉTODO DE PESQUISA

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