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A categoria de Gestão informa como a organização conduz o assunto de sustentabilidade. O entrevistado IND5 indicou:

“Possui um comitê formalmente instituído, que faz parte do MEG (Modelo de Eficiência de Gestão) e do SGP que é o sistema de gestão próprio, onde nós temos, somos responsáveis pelo critério 4 da sustentabilidade de acordo com o PGQP e o sistema de gestão da empresa, então temos o comitê que trabalha isso e reportamos isso mensalmente em uma reunião, cada comitê tem um líder, são 8 comitês e lá na reunião se elabora um plano de ação”.

Mesma situação ocorre na organização IND1:

“A empresa tem um comitê formado geralmente de, tem um comitê paralelo que tem um membro físico e específico na empresa, em cada uma das filiais onde você tem o que seria a responsabilidade da mantenedora no caso, que executa e mantém a política viva. É como se fosse o capital intelectual, e de tempos em tempos nós elegemos um colegiado que vai trabalhando as políticas de renovação. Então toda a parte de sustentabilidade que a gente considera, lógico que para cada um dos tópicos que você mencionou estão dentro da política de sustentabilidade vista pela empresa, na área de compliance tem um membro neste sentido, na área ambiental, que é onde me encaixo, tem uma outra pessoa, que sou eu”.

A organização IND2 informa também possuir um comitê específico para tratar do assunto:

”A gestão dela hoje é por mim, então eu sou o gerente de saúde, segurança e meio ambiente da organização, tem uma advogada também que cuida da parte de compliance, toda a parte de compliance é com ela, a parte de qualidade também é comigo, e a gente discute isso nos comitês de diretoria. Então tem o comitê de alta direção que é onde a gente leva pelo menos duas vezes por ano, em reuniões específicas pra tratar sobre isso, sob gestão como um todo, a gente é certificado na 14001 na parte ambiental, 9001 na parte de qualidade, a gente tá

buscando a certificação no Instituto Ethos na parte de compliance, na parte de integridade como um todo, enfim, tem uma estrutura por trás pra cuidar disso aí”.

No caso da organização COM1, o entrevistado concordou, “condiz (o nível estratégico), hoje segmentando as áreas, dizendo que tenho uma área de saúde, segurança e meio ambiente, se eu só pegar a área de meio ambiente ela já trata destes assuntos.” Todas estas organizações estão no nível Estratégico de acordo com a descrição dos níveis propostos no framework gerado a partir dos modelos encontrados na literatura, pois há a existência de estruturas formais de gestão estabelecidas (BAUMGARTNER; EBNER, 2010).

Outro aspecto observado é através do entrevistado IND5, quando o mesmo informa que “isto é reportado para a alta direção e são criados planos de ações”, novamente estando de acordo com o nível Estratégico, que prevê que a alta gestão tem função essencial a respeito das questões de sustentabilidade (BAUMGARTNER; EBNER, 2010).

No caso da organização IND1 ele informa:

“A gente monta colegiado de pessoas de vários níveis hierárquicos da empresa, inclusive em alguns casos até os presidentes da empresa acabam participando, os presidentes das divisões. Algumas ocasiões nas quais a gente faz uma reavaliação das políticas aplicadas e define os novos procedimentos, daí a gente implementa e começa as facilitações. Isto tem como prática acontecer a cada 24 meses por que tem como vista que a gente faz um período, faz uma aprovação, avalia os impactos que a gente está tendo e executa a melhoria contínua. Então de tempos em tempos a gente faz este encontro do colegiado que nem sempre são as mesmas pessoas para que você tenha opiniões diferentes formadas, não fique sempre batendo na mesma tecla, na ideia das mesmas pessoas dizendo sempre as mesmas coisas. Então a gente tem como parâmetros isso. Sim, concordo (sistêmico)”.

De acordo com a descrição do framework, no nível sistêmico os objetivos quantitativos de melhoria são estabelecidos, continuamente avaliados e utilizados como critérios para gerenciar a melhoria dos processos e a alta gestão apresenta função exemplar a respeito das questões de sustentabilidade (BAUMGARTNER; EBNER, 2010), estando esta organização de acordo com o nível identificado pela ferramenta e com a teoria encontrado na literatura.

No caso da organização SER3, o entrevistado informou que “no passado havia um departamento que estava ligada à presidência que estava tratando as questões de educação ambiental, tanto organizacional, como externa, mas depois foi cortado. Agora não existe nada”. Neste caso, há a consciência sobre o assunto sustentabilidade, mas não há nada estabelecido, o que remete ao nível Básico do framework.

A organização IND4 informou: “Todas as unidades têm uma célula responsável por saúde do trabalho, meio ambiente e segurança que cuida da sustentabilidade. Nestas equipes

as pessoas possuem cargos específicos para isso”. Concordou que estava no nível Gerenciado, pois não havia uma estrutura formal de gestão estabelecida com participação da alta gestão, o que seria o nível estratégico, mas sim, pessoas designadas para estas atividades. Informou também que “a empresa não vê se o fornecedor tem isso (controle sobre as questões de sustentabilidade), não é exigido”. Este fato também excluiu a organização do nível Sistêmico. A organização SER4 também estava no nível Gerenciado, pois tem pessoas responsáveis pelas questões de sustentabilidade, mas não um setor específico. O entrevistado informou:

“Temos equipes hoje que se dedicam a avaliação dos impactos ambientais, mas esta equipe, por exemplo, é um cara que trabalha nas finanças, trabalha na gestão de pessoas, que dedicam um tempo na rotina de trabalho dele para se reunirem, semanalmente ou quinzenalmente, para fazerem estas atividades. Então tem pessoas, não remuneradas especificamente para fazer isso. Tem pessoas encarregadas, é montado uma equipe indicando um cara do laboratório, um cara da gestão de pessoas, mas eles têm outras atividades, eles não são dedicados exclusivamente para isso”.

Neste caso, há a gerência das questões de sustentabilidade sem um comitê específico para estas questões.

4.13 VALIDAÇÃO DO FRAMEWORK DE MATURIDADE E DO INSTRUMENTO DE