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A cria¸c˜ao de um cen´ario real de testes se tornou algo imposs´ıvel devido ao fato de ser invi´avel implantar o sistema em um ber¸co juntamente com um bebˆe humano, pois para que cada fun¸c˜ao da ferramenta fosse testada, seria necess´ario submeter o rec´em- nascido a situa¸c˜oes de extremo risco. Diante desse fato, o simulador desenvolvido foi utilizado para controlar parˆametros de oxigena¸c˜ao e frequˆencia card´ıaca a fim de induzir valores capazes de disparar alertas (definidos na Se¸c˜ao 3.1). Por padr˜ao, o simulador inicia com um valor predeterminado para cada parˆametro (frequˆencia card´ıaca inicia com 120 e satura¸c˜ao de oxigˆenio inicia com 97%) e uma probabilidade de mudan¸ca para cada um deles dentro de um intervalo definido. Como n˜ao seria uma boa ideia esperar que qualquer um dos parˆametros aumentasse ou diminu´ısse de acordo com as probabilidades estabelecidas, foi implementado algumas fun¸c˜oes que alterassem os valores dos parˆametros instantaneamente para um valor de risco que possa disparar algum dos alertas. A interface do simulador ´e representada na Figura 9. O bot˜ao Start permite iniciar o simulador, o bot˜ao alert SpO2 reduz o n´ıvel de satura¸c˜ao do oxigˆenio para um valor entre 91% e 94% se pressionado uma vez e reduz esse n´ıvel para menos que 90% se pressionado duas vezes. J´a o bot˜ao alert hRate permite que o n´ıvel de frequˆencia card´ıaca caia para abaixo de 80bpm. O bot˜ao Reset retorna aos valores iniciais.

Figura 9: Interface do simulador

Foram realizados 4 testes, alterando os parˆametros do simulador com o objetivo de atingir cada um dos alertas representados na Tabela 3, al´em de mais um teste simulando o peso de um bebˆe sob o sensor FSR. O objetivo desses experimentos foi de observar a altera¸c˜ao dos parˆametros respons´aveis por informar o alerta relacionado a cada teste e alertar os pais por meio de um alerta para o aplicativo m´ovel. Para isso s˜ao apresentados os logs referentes a cada teste nas figuras 10, 11, 12, 13, 14. O quadrado vermelho marca exatamente o ponto em que o aplicativo recebe o alerta. Podemos tamb´em visualizar quais

s˜ao os valores dos parˆametros em cada tempo e o momento em que eles s˜ao alterados. Como primeiro teste, foi colocado um peso de 5kg em cima do sensor (reproduzindo o peso de um rec´em-nascido) com o objetivo de simular uma eventual situa¸c˜ao em que o bebˆe possa ter mudado a sua posi¸c˜ao e no momento se encontre com a barriga para baixo. Para o segundo teste, o simulador passou a ser usado como fornecedor dos sinais vitais a serem analisados. A taxa de satura¸c˜ao de oxigˆenio no sangue foi reduzida a 93%, valor considerado abaixo dos 95% especificados como limite para gera¸c˜ao de um sinal de alerta e que representa um poss´ıvel indicativo de asfixia. Para o terceiro teste, a taxa de satura¸c˜ao de oxigˆenio no sangue foi reduzida mais um pouco, chegando a 88%, uma situa¸c˜ao apontada como cr´ıtica e considerada um sinal claro de asfixia.

Figura 10: Log para o teste da posi¸c˜ao do bebˆe

Figura 11: Log para o teste da satura¸c˜ao de oxigˆenio do bebˆe abaixo de 95% 37

Figura 12: Log para o teste da satura¸c˜ao de oxigˆenio do bebˆe abaixo de 90%

Terminado os testes com as altera¸c˜oes na varia¸c˜ao da taxa de satura¸c˜ao, foram realizados os testes referentes `a frequˆencia card´ıaca. Para o quarto teste, esse sinal vital foi reduzido para 80bpm e mantido esse valor por cerca de 30 segundos. Por fim, o quinto e ´ultimo teste, o valor da frequˆencia card´ıaca foi reduzido para o mesmos 80bpm do teste anterior. Por´em, esse valor foi mantido por mais tempo, aproximadamente 60 segundos.

Na Figura 13, o log foi adaptado para imprimir os dados com o tempo de 5 em 5 segundos, enquanto que na Figura 14 o log foi adaptado para imprimir os dados com o tempo de 10 em 10 segundos. Tudo se deve ao fato que em ambos os testes foi necessario esperar o tempo estabelicido antes da gera¸c˜ao do alerta e se tornaria invi´avel demostra-lo sem adapta¸c˜ao devido ao seu extenso tamanho.

Figura 13: Log para o teste da frequˆencia card´ıaca com 80bpm por 30 segundos

Figura 14: Log para o teste da frequˆencia card´ıaca com 80bpm por 60 segundos

Um outro teste foi realizado com o objetivo de calcular o tempo gasto entre a gera¸c˜ao do alerta na placa e o tempo que a resposta chega ao seu destino. Esse teste utilizou o mesmo padr˜ao do teste anterior, foram feitos 5 testes com os mesmos par˜ametros e restri¸c˜oes. Na Tabela 4 est˜ao demostrados os tempos de resposta para alerta.

Tabela 4: Comparativo entre os tempos de resposta para cada teste Testes Aplicativo Autoridade de sa´ude Alerta sonoro

1 1,29s - -

2 1,01s - -

3 0,86s 2,15s 1,50s

4 31,44s - -

5 61.73s 63,23s 62,01s

Como podemos ver, o tempo entre a altera¸c˜ao para algum parˆametro de risco e a resposta foi na m´edia de 1 segundo para alertas enviados ao aplicativo e m´edia de 2 segundos para alertas destinados a autoridade de sa´ude. Isso pode ser explicado pelo tipo diferente de comunica¸c˜ao escolhida, enquanto os alertas enviados para o aplicativo eram enviados pela mesma rede via socket os alertas enviados para a autoridade de sa´ude levaram um caminho mais “longo”, pois o web service passa por um servidor antes de chegar ao local. O elevado tempo de resposta nos testes 4 e 5 s˜ao explicados pelo fato que est˜ao somados os tempo de espera previsto para os alertas (30 segundos para o teste 4 e 60 segundos para o teste 5). Com isso, ´e poss´ıvel verificar que o sistema atende aos requisitos de alertar com eficiˆencia e rapidez os diversos riscos associados a S´ındrome da Morte S´ubita do Lactente..

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CONCLUS ˜OES E TRABALHOS FUTUROS

Embora existam diversas medidas que possam impedir a ocorrˆencia da SMSL, a proposta de mais uma solu¸c˜ao n˜ao pode ser rejeitada. Levando isso em conta, uma extensa pesquisa de literatura m´edica, junto com a ajuda de um pediatra, possibilitou o desenvolvimento de um sistema computacional para lidar com uma quest˜ao t˜ao delicada. Os testes realizados mostraram a efic´acia do sistema no monitoramento dos sinais vitais do bebˆe em tempo real e no envio de alertas que tanto podem ser visualizados em aplicativos quanto em sistemas de autoridades de sa´ude.

Algumas das limita¸c˜oes do trabalho recaem nas tecnologias de comunica¸c˜ao, como por exemplo o uso via socket para a transmiss˜ao de dados entre o aplicativo e o sistema, uma vez que se torna necess´ario que o dispositivo m´ovel e a ferramenta estejam conecta- dos em uma mesma rede. Outra dificuldade ´e a necessidade que a autoridade de sa´ude disponibilize um web service para que o sistema possa se comunicar diretamente com eles. Como trabalhos futuros pretende-se adicionar novas funcionalidades ao sistema, como por exemplo, sensores capazes de medir a temperatura corporal da crian¸ca. Melhorar sua comunica¸c˜ao com dispositivos que possam se conectar a ela, bem como expandir o uso, tornando-o capaz de detectar problemas que v˜ao al´em das causas ligados a SMSL.

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