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O Núcleo de Pesquisas da Bahia - NEP foi criado no ano 1957 através de um convênio entre o Instituto Oswaldo Cruz - IOC, o Instituto Nacional de Endemias Rurais - INERU e a Fundação Gonçalo Moniz, com a finalidade de estudar endemias parasitárias no Estado da Bahia.

Em 22 de maio de 1970, através do Decreto 66.624, o NEP foi incorporado à FIOCRUZ e passou a ser denominado de Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz - CPqGM. Dez anos após, em 27 de outubro de 1980 o CPqGM se tornou uma Unidade Técnico- científica da Fundação Oswaldo Cruz.

O Decreto Nº 4.725, de 09 de junho de 2003, aprovou o Estatuto e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das Funções Gratificadas da Fundação Oswaldo Cruz - FIOCRUZ, que em seu Art. 20 define:

“Ao Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz compete planejar, coordenar, supervisionar e executar atividades no campo da epidemiologia molecular, imunopatologia, protozoários, retro-vírus, doenças bacterianas e virais, anemia falciforme, câncer de colo do útero, mama e próstata, entre outras, relativas a:

I - realização de pesquisas científicas nas áreas biológica, biomédica, de doenças infecciosas e parasitárias, de medicina tropical e de saúde pública, bem como em outras áreas correlatas;

II - desenvolvimento do ensino e formação de recursos humanos em suas áreas de competência para o sistema de saúde e de ciência e tecnologia do País;

III - desenvolvimento de atividades para a melhoria da situação sócio- sanitária regional;

IV - apoio técnico de referência aos laboratórios de saúde pública; e V - assessoria técnico-científica ao Sistema Único de Saúde e colaboração com organizações nacionais e internacionais em sua área de atuação.”

Através dos seus programas institucionais, o CPqGM atua principalmente no estudo de doenças infecciosas e parasitárias, na realização de exames anatomopatológicos, além de abrigar dois cursos de pós-graduação stricto sensu em níveis de mestrado e doutorado.

Na área de pesquisa biomédica o CPqGM tem uma infraestrutura composta por 10 laboratórios de pesquisa que vêm atuando principalmente em doenças infecciosas e parasitárias de importância regional e nacional. Novas linhas de pesquisa têm sido instituídas abordando áreas mais gerais, como imunoregulação, terapia por engenharia tecidual e envelhecimento masculino. Além destas, são realizadas também pesquisas voltadas tanto para a elucidação de mecanismos patológicos, relação agente infeccioso-hospedeiro mecanismos de imunidade, aspectos epidemiológicos clínicos e moleculares, quanto para o desenvolvimento de novas vacinas, métodos diagnósticos, fármacos e terapias celulares.

O ensino representa uma das mais importantes metas institucionais da FIOCRUZ, que se destaca como a principal instituição não universitária de formação de recursos humanos em saúde no país, contribuindo para o fortalecimento, a qualificação e o aperfeiçoamento na área de ciência, tecnologia e inovação em saúde no Brasil.

A Vice-Diretoria de Ensino e Informação (VDEI) da FIOCRUZ-Bahia é a instância administrativa que tem como principal objetivo a formação de recursos humanos, através da realização de cursos de Pós-graduação stricto sensu em Patologia Humana e Experimental (PGPAT) e em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PGBSMI), cursos de capacitação e aperfeiçoamento e do Programa Institucional de Iniciação Científica, voltado para graduandos ligados a Instituições de Ensino Superior na Bahia, que visa promover uma maior integração entre a graduação e a pós-

graduação, principalmente no que tange ao despertar da vocação para a pesquisa científica em seus bolsistas e assim formar recursos humanos altamente qualificados para o Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde e para o Sistema Único de Saúde.

O PIBIC/FIOCRUZ-Bahia vem contribuindo com a formação científica de estudantes de graduação no Estado da Bahia desde 1992, quando foi identificado por este estudo a concessão de duas bolsas PIBIC ao CPqGM pela cota institucional PIBIC/FIOCRUZ-CNPq. Desde então o programa vem ampliando o número de bolsas oriundas inicialmente do CNPq e a partir de 2004 da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia - FAPESB.

Além das bolsas concedidas pelas agências de fomento nacional e estadual, a FIOCRUZ assume o compromisso de financiar uma parcela das bolsas que compõem a cota PIBIC/FIOCRUZ-CNPq.

Outra ação importante na formação inicial de recursos humanos, desenvolvida pela Vice-Diretoria de Ensino, Informação e Comunicação da FIOCRUZ-Bahia, refere- se à Iniciação Científica Júnior – IC-Júnior, que está voltada para estudantes do ensino médio matriculados em escolas públicas do Estado da Bahia. Este programa teve sua origem no Programa de Vocação Científica da Escola Politécnica Joaquin Venâncio da FIOCRUZ no Rio de Janeiro-RJ e vem passando por períodos de descontinuidade motivados, entre outros processos, por incertezas na origem do financiamento das bolsas IC-Júnior.

No que diz respeito aos marcos regulatórios institucionais, a partir de uma demanda da Direção da FIOCRUZ-Bahia, a Coordenação do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica elaborou uma minuta de documento que, seguindo as diretrizes da Resolução Normativa no 17/2006 do CNPq, delineou as normas regulamentadoras do PIBIC/FIOCRUZ-Bahia. Este documento foi apreciado pela

Diretoria e aprovado pelo Conselho Deliberativo do CPqGM/FIOCRUZ em 12 de setembro de 2008. Desde então, a Resolução no005/2008 constituiu-se em instrumento regulatório do PIBIC/FIOCRUZ-Bahia2.

Para uma melhor compreensão sobre o Programa de Bolsas de Iniciação Científica – PIBIC e o seu papel estratégico para a formação de recursos humanos altamente qualificados no Brasil, na próxima seção o PIBIC será abordado de forma ampliada, destacando o seu histórico, os objetivos do programa, documentos regulatórios e experiências similares em âmbito internacional.

2.7- INICIAÇÃO CIENTÍFICA: UM PROGRAMA ESTRATÉGICO