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4 CULTURA AVALIATIVA E REPRESENTAÇÃO SOCIAL NA UFC

4.3 Representações sobre o SINAES e o processo de Auto-Avaliação da UFC

4.3.7 Centro de Tecnologia – CT

• Gestor

Ao iniciarmos o questionário, perguntamos se o gestor conhecia a proposta de avaliação institucional do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior - SINAES. Ele respondeu que conhecia, em parte, os critérios do sistema avaliativo.

Em seguida, perguntamos como ele concebia a Avaliação Institucional. Oferecemos cinco itens e acrescentamos a opção outros para comentários ou críticas. O gestor escolheu a seguinte opção:

1. Um instrumento que dispõe de referenciais para priorizar áreas de intervenção visando à melhoria da qualidade do ensino

Comentamos sobre os índices de participação dos três segmentos que compõem a UFC no processo de auto-avaliação institucional: alunos (15%), docentes (24%), técnico- administrativos (9%). Indagamos a que fatores se podem atribuir os baixos índices de participação no âmbito de sua unidade acadêmica. Oferecemos quatro opções e acrescentamos o item outros para algum comentário a mais. O gestor escolheu a seguinte opção.

1. Ausência de uma cultura de avaliação com visão construtiva e participativa. A opção escolhida é a questão origina este trabalho, ou seja, a necessidade de fazer uma análise dessa cultura de falta de participação na avaliação institucional e compreender, por meio das representações sociais, os porquês dos baixos índices de participação da comunidade interna.

Refletimos sobre a cultura avaliativa no Brasil, onde, mesmo com o processo de abertura política caracterizada pela redemocratização, há certo desgaste em relação à credibilidade dos processos avaliativos. Perguntamos a que fatores se pode atribuir essa

resistência. Entre quatro opções, o gestor assinalou uma e não acrescentou comentário na opção outros. Eis o resultado.

1. O sistema de avaliação não distingue adequadamente supervisão e avaliação, com nítida ênfase na primeira.

Na questão seguinte, lançamos um enunciado de Chauí (2000), em que a autora afirma que a gênese da cultura brasileira tem raízes fincadas no autoritarismo e no poder centralizador. Determinadas conjunturas históricas, que em si foram superadas, se atualizam e ganham novas roupagens nos diversos aspectos da nossa vida social, econômica e política. Com base no pensamento de Chauí, indagamos se conceitos negativos e experiências antidemocráticas de avaliação podem influenciar nos níveis de participação social. O gestor respondeu sim e comentou sua resposta.

As pessoas têm qualquer processo avaliativo como um processo punitivo, no entanto, qualquer processo avaliativo sério deve ter como ênfase a melhoria da instituição. Portanto, um processo avaliativo deve ter uma visão gerencial.

Comentando o enunciado, compreendemos que, quando o gestor afirma que um processo avaliativo deve ter uma visão gerencial, se refere a gerar consequências práticas na melhoria da instituição, e não uma perspectiva tecnicista e pragmática de avaliação.

Finalmente, perguntamos o que poderia ser feito para melhorar os níveis de participação da comunidade interna na Auto-Avaliação da UFC. Oferecemos seis opções, entre as quais ele escolheu 02 (duas).

1. Realizar intenso marketing interno no decorrer dos semestres letivos, no âmbito de cada unidade acadêmica da UFC.

2. Aprimorar a comunicação interna entre a CPA setorial e os docentes, os técnico-administrativos e os representantes estudantis (CA’s e PET’s), por e- mail, reuniões departamentais, de cursos de graduação e pós-graduação. Na opção outros, o gestor acrescentou:

Fazer uma ampla discussão a respeito das últimas avaliações com a proposição de melhorias em pontos falhos observados.

• Técnico-administrativos

Perguntamos aos técnico-administrativos se eles conheciam a proposta de avaliação institucional do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior - SINAES. A análise das respostas nos permitiu a construção do seguinte gráfico.

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% Sim Não

Gráfico 13 – Conhecimento dos técnico-administrativos sobre o SINAES – Centro de Tecnologia

A maior parte dos técnico-administrativos (75%) relatam não conhecer a sistemática de avaliação do SINAES. Vinte e cinco por cento (25%) revelaram conhecer o processo avaliativo do SINAES.

A seguir, indagamos como concebiam a avaliação institucional. Entre cinco fatores explicativos, solicitamos que escolhessem um e deixamos um item em aberto para que pudessem acrescentar outros. O resultado foi o seguinte:

1. Uma ferramenta capaz de ampliar o conhecimento das instituições e sedimentar compromissos.

2. Um instrumento que dispõe de referenciais para priorizar áreas de intervenção visando à melhoria da qualidade do ensino.

3. Um recurso que constitui critério de apoio financeiro ou de outra natureza. Outro ponto em que procuramos interagir com os técnico-administrativos está relacionado à participação no processo de Auto-Avaliação Institucional 2005/2006. Perguntamos se eles responderam o questionário eletrônico disponibilizado na página da UFC. Obtivemos o resultado abaixo.

0% 20% 40% 60% 80% 100% Não

Gráfico 14 – Participação dos técnico-administrativos no processo de Auto-Avaliação Institucional 2005/2006 – Centro de Tecnologia

Analisando o gráfico, vemos que 100% dos técnico-administrativos que participaram da pesquisa revelaram não ter respondido o questionário eletrônico no período da auto-avaliação.

Informamos os índices de participação de cada segmento que respondeu ao questionário eletrônico (alunos - 15%, professores - 24%, técnico-administrativos 9%), que, de acordo com Relatório Final de Auto-Avaliação Institucional, foram considerados baixos. Indagamos a que fatores se poderiam atribuir os baixos índices de participação no processo de Auto-Avaliação Institucional da UFC. Oferecemos quatro opções e acrescentamos outros, caso alguém quisesse comentar algo a esse respeito. Vejamos o resultado em ordem de escolha.

1. Falta de informação sobre os objetivos e a importância da auto-avaliação. 2. Ausência de uma cultura de avaliação com visão construtiva e participativa. Comentamos o fato de, no Brasil, mesmo com a abertura política caracterizada pela redemocratização, haver certo desgaste em relação à credibilidade dos processos avaliativos. Perguntamos a quais fatores se pode atribuir a gênese desse descrédito. Oferecemos quatro opções e obtivemos os seguintes resultados.

1. São programas gerencialistas que praticamente não consideram as instituições e cursos como sujeitos.

2. As experiências de avaliação institucional no país, quase sempre, parecem ter sido marcadas por certa verticalidade.

Para finalizar, perguntamos o que poderia ser feito para melhorar os níveis de participação dos alunos, professores e técnico-administrativos na Auto-Avaliação da UFC.

Oferecemos seis fatores explicativos e deixamos um item em aberto para que pudessem acrescentar outros. O resultado foi o seguinte:

1. Estabelecer incentivos à participação dos docentes, discentes e técnico- administrativos, como incluir a atividade de membro da CPA como participação que pode contar créditos ou incentivo na ascensão funcional. 2. Realizar intenso marketing interno no decorrer dos semestres letivos, no âmbito

de cada unidade acadêmica da UFC.

3. Buscar maior comprometimento da Administração Superior à sistemática da auto-avaliação institucional.