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Certificado de Adição de Invenção (C) Aperfeiçoamento ou desenvolvimento introduzido no objeto da invenção, mesmo que destituído de atividade inventiva, porém,

Indústria

3. Certificado de Adição de Invenção (C) Aperfeiçoamento ou desenvolvimento introduzido no objeto da invenção, mesmo que destituído de atividade inventiva, porém,

ainda dentro do mesmo conceito inventivo. O certificado será acessório à patente e com mesma data final de vigência desta.

Não é passível de proteção: Técnicas cirúrgicas ou terapêuticas aplicadas sobre o corpo humano ou animal; Planos, esquemas ou técnicas comerciais de cálculos, de financiamento, de crédito; sorteio, de especulação e propaganda; Planos de assistência médica, de seguros, esquema de descontos em lojas e também os métodos de ensino, regras de jogo, plantas de arquitetura; Obras de arte, músicas, livros e filmes, assim como apresentações de informações, tais como cartazes e etiquetas com o retrato do dono; Ideias abstratas, descobertas científicas, métodos matemáticos ou inventos que não possam ser industrializados; Todo ou parte de seres vivos naturais e materiais biológicos encontrados na natureza, ou ainda que dela isolados, inclusive o genoma ou germoplasma de qualquer ser vivo natural e os processos biológicos naturais (INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL, 2017).

Já o modelo de utilidade poderá ser protegido quando o objeto for de uso pratico, suscetível de aplicação industrial e apresente uma nova forma ou disposição. Utiliza-se quando se aperfeiçoa um equipamento já existente, dando-lhe praticidade e melhoria funcional; quando não for compreendido no estado da técnica; quando não decorra de maneira comum ou vulgar do estado da técnica; e que possa ser utilizado e produzido em qualquer tipo de indústria.

Não será passível de proteção como modelo de utilidade, segundo Artigo 10 da Lei no 9.279/96: Descobertas, teorias científicas e métodos matemáticos; Concepções puramente abstratas; Esquemas, planos, princípios ou métodos comerciais, contábeis, financeiros, educativos, publicitários, de sorteio e de fiscalização; As obras literárias, arquitetônicas, artísticas e científicas ou qualquer criação estética; Programas de computador em si; Apresentação de informações; Regras de jogo; Técnicas e métodos operatórios ou cirúrgicos, bem como métodos terapêuticos ou de diagnóstico, para aplicação no corpo humano ou animal; e o todo ou parte de seres vivos naturais e materiais biológicos encontrados na natureza, ou ainda que dela isolados, inclusive o genoma ou germoplasma de qualquer ser vivo natural e os processos biológicos naturais.

Considerando o mapa das patentes no país é inevitável buscar ações que façam com que toda essa tecnologia chegue ao setor produtivo e se transforme em bens de consumo, objetivando a melhoria da qualidade de vida da população e o desenvolvimento industrial. Nesse contexto a Transferência de Tecnologia-TT é vista como um dos principais meios para a inovação, onde o caminho é a internalização P&D nas empresas. O INPI (2017) define

Transferência de Tecnologia como o meio através do qual, um conjunto de conhecimentos, habilidades e procedimentos aplicáveis aos problemas da produção são transferidos, por transação de caráter econômico ou não, de uma organização a outra, ampliando a capacidade de inovação da organização receptora.

Dentre os diversos mecanismos que envolvem a transferência de tecnologia destacam- se o licenciamento de patentes e a criação de novas empresas (spin-off) e os contratos. Infelizmente, o Brasil convive com um atraso de mais de duas décadas com relação a estas questões, de maneira que o debate sobre os mecanismos que envolvem transferência de tecnologia no âmbito organizacional e legal ainda necessita avançar substancialmente.

No setor acadêmico, o processo de comercialização - ou de trazer tecnologias para o mercado - é conhecido como "transferência de tecnologia". De um modo geral ela é realizada através do licenciamento de propriedade intelectual para empresas que possuem os recursos e o desejo de desenvolver e produzir a tecnologia para aplicações específicas. Em contrapartida, as universidades recebem pagamentos (sob a forma de taxas de caixa e/ou patrimônio líquido e/ou royalties sobre ganhos) para os produtos ou serviços licenciados. O rendimento para a universidade é distribuído de acordo com a política de cada universidade, mas inclui compensação para inventores e um mecanismo para canalizar renda nos programas de pesquisa das universidades.

Na UFC, por exemplo, de acordo com a Resolução n0 09-CONSUNI – 30/04/2010 (anexo I), Artigo 31, a destinação dos ganhos económicos auferidos da exploração económica de inventos e criações e da transferência de tecnologia, sob a forma de cessão de direitos,

royalties, lucros de exploração, direta ou indireta, participação regulada por contratos,

convénios, ajustes e instrumentos congéneres, a qualquer titulo, serão divididos em parcelas iguais entre:

I. O Núcleo de Apoio a Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia-NAPITT da UFC (atualmente denominado de Coordenadoria de Inovação Tecnológica-CIT da UFC);

II. As Unidades Academias ou órgãos onde foram realizadas as atividades das quais resultou a criação intelectual protegida, respeitadas as proporções de participação, inclusive no que se refere a percentual a ser pargo a servidores técnico-administrativos

que tenham tido atuação destacada na consecução das metas de criação e transferência de tecnologia;

III. Ao autor ou autores da criação intelectual protegida, indicados nos incisos no artigo 4o.

O licenciamento de patentes de universidades brasileiras para o setor produtivo, os aspectos de gestão tecnológica e os escritórios de transferência de tecnologia ainda são incipientes no tocante a enfoques mais específicos sobre proteção e licenciamento de inovação tecnológica, necessitando de atitudes mais efetivas para sua total compreensão e efetivação. Essas dificuldades, atreladas aos entraves legais e burocráticos associados a essas políticas e a própria ausência de uma política de proteção as tecnologias, as universidades brasileiras, com raras exceções, não se dedicaram em proteger suas tecnologias para depois transferi-las de maneira sistemática.

Esse cenário vem sofrendo modificações benéficas, após a criação da Lei da Inovação - 10.973/04 e, especialmente com a Lei 13.243/16, denominada de Marco Legal da Ciência,

Tecnologia e Inovação, que estabelece medidas de incentivo a inovação, a pesquisa científica

e tecnológica no ambiente produtivo, preconizando uma crescente interação entre os setores cientifico e produtivo, buscando incluir de forma mais direta as atividades de ciência e tecnologia públicas, na agenda do desenvolvimento econômico e tecnológico do país.

Um outro instrumento, outrora exclusivo no meio empresarial, que vem ganhando força na academia são os contratos, neles ocorrem a transferência de conhecimento de processo sobre um determinado bem, que tem valor reconhecido no mercado. O contrato de transferência de tecnologia envolve questões como as questões de propriedade industrial e direito do autor, sendo matéria muito ampla e que abarca uma questão importante, qual seja, a confidencialidade do processo que é objeto de avença entre as partes.

Além da proteção é possível que se queira licenciar para uma empresa ou obter uma licença, ou ainda adquirir conhecimentos não amparados por direitos da propriedade industrial. Para que estas transações sejam seguras, existem contratos que devem ser averbados e/ou registrados no INPI. Segundo o INPI (2017), os tipos de contratos existentes são as cessões e os licenciamentos de patentes, desenhos industriais e marcas, além de assistência técnica e do fornecimento de tecnologia (know-how):

1. Licença e cessão para exploração de patente e desenho industrial: contratos para