• Nenhum resultado encontrado

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.6 RMB E A CICLAGEM ELASTOPLÁSTICA

5.6.2 Ciclagem Continua

As características de esta ciclagem4 estão representadas no esquema da Figura

4.11. Nota-se que a amostra sofre um alongamento constante em cada ciclagem com um valor de quase duas vezes maior ao máximo alongamento imposto no ensaio anterior. No entanto, repetiram-se padrões da ciclagem discreta como a queda no valor de RMBrms na primeira parte da ciclagem inicial e valores RMBrms

muito próximos um do outro na parte inicial de cada ciclagem e valores um pouco mais afastados na parte final devido a ação superposta da tensão de tração aplicada e da deformação plástica [94], como se observa na Figura 5.50.

Figura 5.50 - Evolução do RMBrms nas ciclagens continuas do 1006.

Nota-se, também que os valores de RMBrms aumentaram a uma taxa menos regular

para as regiões com baixos valores de deformação e aproximadamente constante para as regiões de valores altos.

Na Figura 5.51 se repete a região de escoamento da Figura 5.49 onde se vê que

Figura 5.51 - Evolução do RMBrms na primeira ciclagem continua do 1006.

Como padrões gerais se pode observar nas Figura 5.51,Figura 5.52 e Figura 5.53 que a mudança na inclinação da curva de RMB aconteceu para valores de deformação menores do que para a curva de tração-deformação, devido à grande sensibilidade às mudanças na microestrutura que o Barkhausen apresenta.A tensão máxima caiu do primeiro ciclo para o segundo e aumentou do segundo para o terceiro, fato que pode estar relacionado com os pequenos valores de deformação plástica de cada ciclo fazendo que a região de escoamento não tenha sido completada no primeiro ciclo e sim no segundo, como se observa na leve indefinição da tensão de escoamento da curva tração-deformação do terceiro ciclo. Este efeito

não ficou muito claro na evolução do RMBrms.a não ser pela grande semelhança

entre as partes lineares da curva do segundo ciclo com a do terceiro ciclo como se pode ver na Figura 5.55.

Figura 5.53 - Evolução do RMBrms na terceira ciclagem continua do 1006.

Finalmente se observa que os valores de RMBrms seguem com maior aproximação a

equivalência entre os mecanismos de movimentação e ancoragem das paredes dos domínios com os mecanismos de movimentação e ancoragem das discordâncias.

Nas figuras seguintes são mostradas comparações das curvas de RMBrms do

primeiro ciclo com o terceiro Figura 5.54 e do segundo com o terceiro Figura 5.55. Observa-se que para o primeiro caso ambas as curvas se diferenciam para todas as faixas de valores de deformação, em quanto que para o segundo caso a evolução

dos valores de RMBrms começa a se diferenciar para valores na faixa de

deformações plásticas.

Figura 5.54 - Evolução do RMBrms na primeira e terceira ciclagens continua do 1006.

Note-se também, que há um aumento no valor final do RMBrms que acontece a uma

taxa aproximadamente constante pois e

, mas para os valores iniciais e

não se passa o mesmo devido à superposição do efeito

da tensão nos valores finais. Realizado em amostras diferentes, estes comportamentos poderiam correlacionar-se com mudanças nos valores de dureza e de densidade de discordâncias que acontecem em este tipo de ensaio [92].

Figura 5.55 - Evolução do RMBrms na segunda e terceira ciclagens continua do 1006.

5.6.3 Quantidade de Carbono.

Um segundo ensaio de ciclagem contínua foi realizado na amostra de 1070 cujos resultados são mostrados na Figura 5.56. Destaca-se o fato de que os sinais iniciais a partir da segunda ciclagem são de amplitude quase cinco vezes menor do que o sinal de RMB inicial do primeiro ciclo, ademais ao contrario do que acontece com o

1006, para cada ciclo de carga os valores de RMBrms são menores em toda a faixa

de deformações, que os valores do anterior ciclo.

Estes resultados se correspondem com os resultados obtidos no aço 1070 do primeiro conjunto de amostras e com o relatado na literatura [56, 90].

Também se pode observar que como no caso do 1006 a tensão aplicada influenciou

grandemente o valor de RMBrms pois quando as variações nos valores finais foram

aproximadamente constantes com e

, as nos valores iniciais foram de e

Figura 5.56 - Evolução do RMBrms nas ciclagens continuas do 1070.

Na figura anterior como nas Figura 5.57, Figura 5.58 e Figura 5.59 se observa que a

cada ciclagem de carga o valor máximo do RMBrms cai a cada ciclo e que, em

quanto sua posição com o eixo da deformação avança para cada ciclo.

Observa-se também, que a diferença do 1006 no 1070 a tensão aumentou com os ciclos devido ao encruamento por deformação plástica que dito material foi recebendo em cada um deles já que somado aos efeitos de ancoragem de discordâncias dos contornos de grão a perlita atua também como ancoragem para a movimentação das discordâncias [92].

Figura 5.57 - Evolução do RMBrms na primeira ciclagem continua do 1070.

Figura 5.59 - Evolução do RMBrms na terceira ciclagem continua do 1070.

Finalmente, na comparação das curvas de RMBrms para cada ciclo se pode observar

que de forma similar ao 1006 a parte linear de ditas curvas cresceu do ciclo 1 para o

ciclo 2 e 3, também se repete o grande parecido da curva de RMBrms do ciclo 2 com

a do ciclo 3. Embora para este caso exista um corrimento mais nítido da parte linear

Figura 5.60 - Evolução do RMBrms na primeira e terceira ciclagens continua do 1070.

Documentos relacionados