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CAPÍTULO VI CONSIDERAÇÕES FINAIS

2.2 CONCEITOS DE MANUTENÇÃO

2.2.4 Ciclo de Vida e Curva da Banheira

A FIG. 2.5 demonstra um trecho do ciclo de vida de um equipamento intercalado por períodos de operação e manutenção, onde ti representa o tempo de operação, t0i

representa o tempo de reparo, e o Ti representa o tempo de parada. Desde que

ocorra Nf falhas durante a operação e que os equipamentos possam continuar a

serem utilizados após o primeiro reparo.

Figura 2.5 - Ciclo de operação e manutenção para os equipamentos

Início da parada Identificação da falha Início da manutenção Conclusão da manutenção Fim da parada Início da parada Início da falha Detecção da falha Fim da falha P-F Ti ti t0i

Fonte: QINGFENG et alii, 2011.

Já a curva da banheira é uma tradicional representação do comportamento de falha ao longo do ciclo de vida de vários itens como componentes mecânicos, eletrônicos,

RCM CBM RBM RBI

Objetivo

. A sseg urar q ue um it em o u sist ema co nt inue a p reencher as suas f unçõ es d esejad as . Ot imiz ar as est rat ég ias d e manut enção

. A co mp anhar e med ir a co nd ição d o s at ivo s p ara avaliar a p o ssib ilid ad e d e f alha . T o mar as med id as ad eq uad as p ara evit ar as co nseq üências d essa f alha

. R ed uz ir o risco g lo b al d as inst alaçõ es o p eracio nais

. R ed uz ir o risco g lo b al d as inst alaçõ es o p eracio nais

Etapas (passos)

Levant ar req uisit o s o p eracio nais F az er análise f uncio nal Elab o rar F M EA A p licar d iag rama d e d ecisõ es A d eq uar Pro g rama d e M anut enção

F az er análise d e cust o - b enef í cio R ealiz ar aud it o rias no s eq uip ament o s V erif icar a crit icid ad e e a

co nf iab ilid ad e Selecio nar as t aref as d e manut enção Selecio nar o mét o d o d e

mo nit o rament o A d q uirir e analisar o s d ad o s co let ad o s D et erminar as açõ es d e manut enção

Id ent if icar o esco p o A valiar o risco D ef inir o crit ério d e risco Planejar a manut enção

Id ent if icar o esco p o A valiar o risco D ef inir o crit ério d e risco Planejar a insp eção

Vantagens

. V iável p ara manut enção d e inst alaçõ es id ênt icas . Id eal p ara emp reg o na ind úst ria aero náut ica ( maio r rig o r na manut enção e seg urança o p eracio nal) . A ument o d a d isp o nib ilid ad e d o s sist emas . A ument o d a vid a út il d o s eq uip ament o s

. A co nd ição d o s at ivo s é mo nit o rad a ut iliz and o uma varied ad e d e t ecno lo g ias co m f o co em manut enção p red it iva . U t iliz ação d e t écnicas d e co nt ro le d e p ro cesso s est at í st ico s . A co mp anhament o d e d esemp enho d o eq uip ament o

. O valo r q uant it at ivo d e risco é a b ase p ara a d ef inição d e p rio rid ad es d e at ivid ad es d e insp eção e manut enção . A o avaliar o ní vel d e risco causad o p ela f alha d e cad a it em, p ermit e p rio riz ar as t aref as d e manut enção p ara o s co mp o nent es d o sist ema

. Gerenciar um p lano d e insp eção ad eq uad o ao risco ap resent ad o . M et o d o lo g ia no rmaliz ad a p ela A PI 58 0 ( 2 0 0 9 ) e A PI 58 1 ( 2 0 0 8 )

Desvantagens

. M anut enção d et alhad a e cara . N ecessid ad e d e mão d e o b ra q ualif icad a . B uro crat iz a a manut enção

. M anut enção d e cust o elevad o . N ecessid ad e d e mão d e o b ra q ualif icad a . Eq uip ament o s so f ist icad o s p ara med ição e co nt ro le . M anut enção não ap ro p riad a p ara at ivo s sem d esg ast e ap arent e

. M anut enção d e cust o elevad o . N ecessid ad e d e eq uip e alt ament e q ualif icad a . Inf raest rut ura elab o rad a

. Os p ro g ramas p o d em ser d isp end io so s, d evid o ao vo lume e co mp lexid ad e d o s d ad o s exig id o s

materiais de vários tipos de formação e até mesmo seres humanos. Esta representação gráfica ocorre em virtude da vida útil se alterar ao longo do tempo.

Segundo a FIG. 2.6 é possível observar três comportamentos distintos:

- Quebra prematura ou mortalidade infantil, durante o período de partida do equipamento;

- Quebra durante a vida útil;

- Quebra durante o envelhecimento, que precede o descomissionamento do equipamento.

Figura 2.6 - Curva da banheira

Fonte: SOUZA, 2013.

A quebra prematura geralmente ocorre em elementos com baixo padrão de qualidade no projeto, instalação ou aplicação. Desta maneira, o item deixa de desempenhar seu papel de uma maneira precoce. Um ponto que pode diminuir a taxa de quebra prematura é a aplicação de uma análise FMEA, na etapa de projeto ou desenvolvimento de um produto. Com esta análise, muitos dos pontos falhos durante a implantação podem ser mitigados eliminando-se a causa raiz.

Porém, a quebra durante a vida útil pode ocorrer em qualquer momento e nesta etapa as características da curva da banheira se tornam parecidas com uma distribuição exponencial, a qual possui um caráter aleatório na ocorrência de falha.

Componentes eletrônicos geralmente são regidos por distribuições exponenciais, sendo considerado que as falhas ocorrem aleatoriamente.

Já a quebra no envelhecimento ocorre devido ao desgaste de longo tempo de utilização de um componente e se relaciona com equipamentos de características mecânicas como rolamentos e mancais. O ideal é que se alcance uma maior utilização do componente alongando-se ao máximo a etapa de fim da vida útil.

Assim, quando se realiza uma manutenção, a vida útil é alongada e a etapa de envelhecimento é deslocada no tempo, conforme estratégias de manutenção comentadas no item 2.2.2. Apenas para acrescentar, que quanto mais cedo descobre e corrige-se um erro, menor será seu custo nas etapas subsequentes de um projeto.

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