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Subchefia para Assuntos Jurídicos

DECRETO Nº 6.096, DE 24 DE ABRIL DE 2007.

Institui o Programa de Apoio a Planos de

Reestruturação e Expansão das Universidades Federais - REUNI.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VI, alínea “a”, da

Constituição, e considerando a meta de expansão da oferta de educação superior constante do item 4.3.1 do

Plano Nacional de Educação, instituído pela Lei no 10.172, de 9 de janeiro de 2001, DECRETA:

Art. 1o Fica instituído o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades

Federais - REUNI, com o objetivo de criar condições para a ampliação do acesso e permanência na educação

superior, no nível de graduação, pelo melhor aproveitamento da estrutura física e de recursos humanos existentes

nas universidades federais.

§ 1o O Programa tem como meta global a elevação gradual da taxa de conclusão média dos cursos de

graduação presenciais para noventa por cento e da relação de alunos de graduação em cursos presenciais por

professor para dezoito, ao final de cinco anos, a contar do início de cada plano.

§ 2o O Ministério da Educação estabelecerá os parâmetros de cálculo dos indicadores que compõem a

meta referida no § 1o.

Art. 2o O Programa terá as seguintes diretrizes:

I - redução das taxas de evasão, ocupação de vagas ociosas e aumento de vagas de ingresso, especialmente no período noturno;

II - ampliação da mobilidade estudantil, com a implantação de regimes curriculares e sistemas de títulos

que possibilitem a construção de itinerários formativos, mediante o aproveitamento de créditos e a circulação de

estudantes entre instituições, cursos e programas de educação superior;

III - revisão da estrutura acadêmica, com reorganização dos cursos de graduação e atualização de

metodologias de ensino-aprendizagem, buscando a constante elevação da qualidade; IV - diversificação das modalidades de graduação, preferencialmente não voltadas à profissionalização

precoce e especializada;

V - ampliação de políticas de inclusão e assistência estudantil; e

VI - articulação da graduação com a pós-graduação e da educação superior com a educação básica.

Art. 3o O Ministério da Educação destinará ao Programa recursos financeiros, que serão reservados a cada

universidade federal, na medida da elaboração e apresentação dos respectivos planos de reestruturação, a fim de

suportar as despesas decorrentes das iniciativas propostas, especialmente no que respeita a: I - construção e readequação de infra-estrutura e equipamentos necessárias à realização dos objetivos do

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II - compra de bens e serviços necessários ao funcionamento dos novos regimes acadêmicos; e III - despesas de custeio e pessoal associadas à expansão das atividades decorrentes do plano de

reestruturação.

§ 1o O acréscimo de recursos referido no inciso III será limitado a vinte por cento das despesas de custeio e pessoal da universidade, no período de cinco anos de que trata o art. 1o, § 1o. § 2o O acréscimo referido no § 1o tomará por base o orçamento do ano inicial da execução do plano de

cada universidade, incluindo a expansão já programada e excluindo os inativos.

§ 3o O atendimento dos planos é condicionado à capacidade orçamentária e operacional do Ministério da

Educação.

Art. 4o O plano de reestruturação da universidade que postule seu ingresso no Programa, respeitados a

vocação de cada instituição e o princípio da autonomia universitária, deverá indicar a estratégia e as etapas para

a realização dos objetivos referidos no art. 1o.

Parágrafo único. O plano de reestruturação deverá ser aprovado pelo órgão superior da instituição.

Art. 5o O ingresso no Programa poderá ser solicitado pela universidade federal, a qualquer tempo, mediante

proposta instruída com:

I - o plano de reestruturação, observado o art. 4o;

II - estimativa de recursos adicionais necessários ao cumprimento das metas fixadas pela instituição, em

atendimento aos objetivos do Programa, na forma do art. 3o, vinculando o progressivo incremento orçamentário

às etapas previstas no plano.

Art. 6o A proposta, se aprovada pelo Ministério da Educação, dará origem a instrumentos próprios, que

fixarão os recursos financeiros adicionais destinados à universidade, vinculando os repasses ao cumprimento das

etapas.

Art. 7o As despesas decorrentes deste decreto correrão à conta das dotações orçamentárias anualmente

consignadas ao Ministério da Educação.

Art. 8o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 24 de abril de 2007; 186o da Independência e 119o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Fernando Haddad Paulo Bernardo Silva

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ANEXO II

Presidência da República

Casa Civil

Subchefia para Assuntos Jurídicos

DECRETO Nº 7.234, DE 19 DE JULHO DE 2010.

Dispõe sobre o Programa Nacional de Assistência Estudantil - PNAES.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VI, alínea “a”, da

Constituição: DECRETA:

Art. 1o O Programa Nacional de Assistência Estudantil – PNAES, executado no âmbito do Ministério da

Educação, tem como finalidade ampliar as condições de permanência dos jovens na educação superior pública

federal.

Art. 2o São objetivos do PNAES:

I – democratizar as condições de permanência dos jovens na educação superior pública federal; II - minimizar os efeitos das desigualdades sociais e regionais na permanência e conclusão da educação

superior;

III - reduzir as taxas de retenção e evasão; e

IV - contribuir para a promoção da inclusão social pela educação.

Art. 3o O PNAES deverá ser implementado de forma articulada com as atividades de ensino, pesquisa e

extensão, visando o atendimento de estudantes regularmente matriculados em cursos de graduação presencial

das instituições federais de ensino superior.

§ 1o As ações de assistência estudantil do PNAES deverão ser desenvolvidas nas seguintes áreas: I - moradia estudantil; II - alimentação; III - transporte; IV - atenção à saúde; V - inclusão digital; VI - cultura; VII - esporte; VIII - creche; IX - apoio pedagógico; e

X - acesso, participação e aprendizagem de estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades e superdotação.

§ 2o Caberá à instituição federal de ensino superior definir os critérios e a metodologia de seleção dos

alunos de graduação a serem beneficiados.

Art. 4o As ações de assistência estudantil serão executadas por instituições federais de ensino superior,

abrangendo os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, considerando suas especificidades, as

04/07/13 Decreto nº 7234

https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/decreto/d7234.htm 2/3

áreas estratégicas de ensino, pesquisa e extensão e aquelas que atendam às necessidades identificadas por

seu corpo discente.

Parágrafo único. As ações de assistência estudantil devem considerar a necessidade de viabilizar a

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igualdade de oportunidades, contribuir para a melhoria do desempenho acadêmico e agir, preventivamente, nas

situações de retenção e evasão decorrentes da insuficiência de condições financeiras. Art. 5o Serão atendidos no âmbito do PNAES prioritariamente estudantes oriundos da rede pública de

educação básica ou com renda familiar per capita de até um salário mínimo e meio, sem prejuízo de demais

requisitos fixados pelas instituições federais de ensino superior.

Parágrafo único. Além dos requisitos previstos no caput, as instituições federais de ensino superior

deverão fixar:

I - requisitos para a percepção de assistência estudantil, observado o disposto no caput do art. 2o; e

II - mecanismos de acompanhamento e avaliação do PNAES.

Art. 6o As instituições federais de ensino superior prestarão todas as informações referentes à implementação do PNAES solicitadas pelo Ministério da Educação.

Art. 7o Os recursos para o PNAES serão repassados às instituições federais de ensino superior, que

deverão implementar as ações de assistência estudantil, na forma dos arts. 3o e 4o. Art. 8o As despesas do PNAES correrão à conta das dotações orçamentárias anualmente consignadas ao

Ministério da Educação ou às instituições federais de ensino superior, devendo o Poder Executivo compatibilizar

a quantidade de beneficiários com as dotações orçamentárias existentes, observados os limites estipulados na

forma da legislação orçamentária e financeira vigente.

Art. 9o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 19 de julho de 2010; 189o da Independência e 122o da República. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Fernando Haddad

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