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4.3 Comparação de tipo de Lâmpadas

4.3.2 Classes de Eficiência

Atendendo à crescente preocupação com o ambiente e, consequentemente com a eficiência energética associada a aparelhos elétricos e eletrónicos, uma das medidas da União Europeia foi a classificação de aparelhos de acordo com eficiência energética. A escala definida tem 7 classes de eficiência, de A (mais eficiente) a G (menos eficiente).

Prevê-se que as classes energéticas sejam revistas periodicamente. Num segundo momento de avaliação, após estar em vigor algum tempo (tipicamente dois anos), são introduzidas novas classes, A+++, A++ e A+. Trata-se de uma forma de promover o desenvolvimento de soluções mais eficientes por parte dos fabricantes, eliminando as duas classes mais baixas.

Figura 4.20: Etiqueta de Eficiência Energética

A etiqueta energética, representada na figura 4.20, consiste num rótulo que apresenta as in- formações acerca da eficiência energética, o consumo e características associadas a equipamentos domésticos. Esta etiqueta simplifica e normaliza a informação disponibilizada ao consumidor, fa- cilitando o processo de seleção de um equipamento [51].

As lâmpadas previamente analisadas têm os seguintes níveis de eficiência energética: • Incandescentes de Filamento: E;

• Incandescentes de Halogéno: C ou D; • Vapor de mercúrio a alta pressão: B;

• Vapor de sódio a alta pressão: A; • Vapor de mercúrio de iodetos: A; • Vapor de sódio de baixa pressão: A+; • Fluorescentes tubulares: A++, A+ ou A; • Fluorescentes compactas: A++, A+ ou A; • LEDs: A++, A+ ou A.

4.4

Balastros

Os balastros fazem parte do equipamento auxiliar necessário para o funcionamento de algumas lâmpadas. São necessários para o acendimento de lâmpadas de descarga, sendo o seu principal ob- jetivo a produção da tensão de arranque, a limitação da corrente de funcionamento, a adaptação das tensões existentes, bem como a conversão de frequências para valores mais elevadas (melhorando o rendimento e diminuindo o consumo).

Podem ser eletromagnéticos e eletrónicos, no entanto a utilização do primeiro tipo foi proibida na União Europeia. Este tipo era constituído por bobinas de cobre e núcleo de aço silício. Devido às suas bobinas e consequente baixo fator potência, exigiam aparelhos de compensação de fator potência em grandes instalações.

No caso dos balastros eletrónicos, a sua utilização tem bastantes vantagens, sendo a mais im- portante um rendimento das lâmpadas mais elevado. Apresentam circuitos integrados, resistências, bobinas e condensadores para altas frequências [48].

4.4.1 Balastros Eletrónicos

Em relação a balastros eletromagnéticos, os balastros eletrónicos revelam-se vantajosos devido ao elevado fator potência, à possibilidade de se reduzir o consumo energético e ao aumento da esperança média de vida das lâmpadas. Para além disso, impedem o ruído audível e a cintilação das lâmpadas (devido ao seu funcionamento a altas frequências) e permitem que o equipamento seja desligado aquando de uma anomalia.

Têm também outros pontos positivos tais como a eliminação do efeito flicker (extinção da luz duas vezes por ciclo sempre que a corrente é 0, para 50 Hz de frequência), a regulação do fluxo luminoso (nomeadamente em espaços desocupados durante certos períodos de tempo), o seu fun- cionamento apresenta menores temperaturas que a alternativa e, por fim, os seus componentes são mais leves e de menor tamanho.

Existem três tipos de balastros eletrónicos, referidos em baixo, do mais eficiente ao menos. • A1: balastros eletrónicos com regulação;

4.5 Luminárias 57

• A2: balastros eletrónicos com perdas reduzidas; • A3: balastros eletrónicos standard.

4.5

Luminárias

A luminária é composta pelo suporte da lâmpada e pelo corpo da luminária e pelo sistema ótico, servindo para garantir o melhor aproveitamento possível da unidade de iluminação, prote- gendo e fixando a lâmpada. É também responsável por controlar, filtrar e distribuir a luz emitida para que seja promovido o conforto do utilizador.

O sistema ótico pode apresentar difusores e refletores existentes para que sejam possíveis as modificações de luz necessárias. O difusor tem como objetivo evitar o encandeamento e permitir a suavização dos contrastes zonais. O refletor (localizado acima da lâmpada) tem como função refletir a luz que seria inutilizada, por exemplo luz que iria para o teto ou uma parede.

4.6

Gestão da Iluminação

De forma a maximizar a potencialidade do sistema de iluminação, é feita uma gestão ponde- rada na utilização dos recursos conjugada com a existência de luz natural. Aproveitando a luz natural em certos locais da instalação em causa, é possível diminuir a utilização de luz artificial, o que traz diversas vantagens, tanto em questões de poupança energética e financeira, como na sustentabilidade ambiental.

A gestão da iluminação pode derivar de uma série de práticas como: i) Gestão horária;

ii) Zonagem;

iii) Deteção de presença ou movimento; iv) Gestão de acordo com a luz natural; v) Centralização da gestão.

Para que seja atingida a maior poupança associada à gestão de iluminação, devem ser conju- gadas as várias técnicas para que se complementem da melhor forma.

4.6.1 Gestão Horária

Quando a instalação em análise se encontra em edifícios que apresentam horários de utilização fixos a nível diário ou mensal, é possível e recomendado que seja feita uma gestão horária dos equipamentos de iluminação.

A sua forma mais básica é através de interruptores automáticos, que são pressionados pelo utilizador e que estão programados para desligar a iluminação ao fim de um certo período de tempo, permitindo uma circulação iluminada nesse espaço.

Este processo pode ainda ser concretizado através da instalação de interruptores horários (ana- lógicos e digitais) que permitem que a iluminação tenha um horário que esteja previamente defi- nido e programado (por exemplo desligar aos fins de semana ou feriados).

Podem ser também utilizados interruptores astronómicos que regulam o fluxo luminoso medi- ante a longitude e latitude do local evitando gastos desnecessários.

4.6.2 Zonagem

Divisão dos circuitos de iluminação mediante a existência de luz natural e o local de instalação dos equipamentos. Ou seja, consiste, por exemplo, na separação da iluminação de uma sala, entre as armaduras mais próximas do exterior e as mais interiores. A sua aplicabilidade exige alguma sensibilidade dos utilizadores, visto que após efetuada uma instalação, requer alterações ao nível dos circuitos, não esquecendo que o seu controlo é manual.

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