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SUMÁRIO

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1 Classificação do Estudo

Para montar a estrutura metodológica deste trabalho, foi tomado como modelo o criado por Saunders, Lewis e Thornhill, the research process “onion”, a técnica de pesquisa da cebola. Esta técnica de pesquisa subdivide o estudo em camadas, sendo elas as seguintes: 1 - Filosofia de Pesquisa, 2 - Lógica de Pesquisa, 3 – Abordagem de Pesquisa, 4 – Estratégias de Pesquisa, 5 - Horizonte Temporal e 6 – Métodos de coleta de dados. A figura 5 ilustra o modelo desenvolvido pelos autores supracitados.

Figura 5 - Técnica da cebola

Fonte: Mark Saunders, Philip Lewis and Adrian Thornhill, 2012.

Ao “descascar” as camadas da cebola, de fora para dentro, vai-se classificando o estudo. A primeira etapa então é a Filosofia da Pesquisa.

3.1.1 Filosofia da Pesquisa

Na classificação da Filosofia da Pesquisa, o estudo pode ser classificado como tendo caráter positivista. Para Saunders et al (2012), por se tratar de uma realidade social observável, onde o produto da pesquisa pode ser uma generalização, onde o pesquisador é um analista objetivo, ou seja, interpreta os dados de maneira isolada sem explicitar seu juízo de valor. O pesquisador é independente, ou seja, não afeta e nem é afetado pela sua pesquisa.

Costa e Costa (2009) definem o positivismo como sendo uma doutrina filosófica que valoriza o método experimental e quantitativo.

3.1.2 Lógica de Pesquisa

Na classificação da lógica de pesquisa, este estudo pode ser classificado como sendo indutivo. Segundo Saunders et al (2012), a indução realiza a coleta de dados e desenvolve uma teoria como resultado da análise destes dados. Preocupa-se com o contexto no qual os acontecimentos se dão.

Para Cervo e Bervian (2002), argumento indutivo baseia-se na generalização de propriedades comuns a certos números de casos e todas as ocorrências de fatos similares que poderão ser verificadas no futuro.

Mattar (2008) diz que é com a indução que a ciência arrisca e salta. A indução afina-se, nesse sentido, com o espírito experimental da ciência. Já para Markoni e Lakatos (2007), o método indutivo é cuja aproximação dos fenômenos caminha geralmente para planos cada vez mais abrangentes, indo das constatações mais particulares às leis e teorias (conexão ascendente).

3.1.3 Abordagem de Pesquisa

Quanto a abordagem da pesquisa, este estudo possuí abordagem predominantemente quantitativa, que segundo Richardson (1989), envolve coletar e analisar dados numérico e aplicar testes estatísticos, tanto na coleta quanto no tratamento dos dados.

Para Markoni e Lakatos (2007), a pesquisa quantitativa é mais indicada quando o objetivo pretende analisar medidas quantificáveis se fundamentando em amostras da população, utilizando-se de medidas numéricas para se testar hipóteses ou buscar-se padrões numéricos.

E Saunders et al. (2012), dizem que nas ciências sociais, a pesquisa quantitativa refere-se à investigação sistemática e empírica dos fenômenos sociais através de técnicas estatísticas, matemáticas ou computacionais.

Na análise dos resultados, conforme o objetivo específico V, terá uma parte separada, onde serão feitas as sugestões para a gestão financeiras das organizações. Com isso, o trabalho também se caracteriza como sendo qualitativo. Para Minayo (2001), a pesquisa qualitativa é aquela que trabalha com o universo de significados, razões, valores, crenças e atitudes, o que busca significados dos processos e dos fenômenos que não podem ser explicados com o uso de variáveis.

3.1.4 Estratégias de Pesquisa

A estratégia de pesquisa adotada por este estudo será através do estudo de caso. Para Gil (2010), o estudo de caso consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento.

Por se tratar de vários estudos de caso, então classifica-se com sendo um estudo de multicaso. Esta estratégia, segundo Saunders et al (2012) envolve uma investigação empírica de um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto de vida real, utilizando múltiplas fontes de evidência.

Outro aspecto que aqui deve ser definido é em relação ao objetivo de pesquisa. Esta pesquisa caracteriza-se como sendo descritiva, pois descreve as informações obtidas por meio da pesquisa documental. Segundo Gil (1999), a pesquisa descritiva tem como principal objetivo descrever características de determinada população ou fenômeno ou estabelecimento de relações entre as variáveis.

O estudo enquadra-se também na pesquisa exploratória, que para Gil (1999), a principal finalidade da pesquisa exploratória é “desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em vista a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores”.

Além disso, Cervo e Bervian (2002, p. 69) acrescentam que pesquisas exploratórias “têm por objetivo familiarizar-se com o fenômeno ou obter nova percepção do mesmo e descobrir novas ideias”.

3.1.5 Horizonte Temporal

Em relação ao horizonte temporal, este estudo caracteriza-se por ser um estudo transversal. Segundo Saunders et al (2012), é o estudo de determinado fenômeno num determinado tempo. É projetada para obter informações simultaneamente sobre as variáveis, sendo um instantâneo de uma situação em andamento.

Esta pesquisa visa coletar e analisar dados dentro de um período de tempo de pelo menos cinco anos. Serão feitas análises de 2010 à 2015, sendo este último através de números previstos pelos órgãos responsáveis, com o intuito de analisar a correlação entre a variação dos indicadores econômicos brasileiro estudados e a variação do coeficiente beta do modelo CAPM de custo de capital próprio das empresas do setor industrial listadas na BM&FBOVESPA.

3.1.6 Métodos de coleta de dados

Os métodos de coleta de dados serão através de pesquisa bibliográfica para levantamento de referencial teórico e uso de dados secundários através do uso de análise documental. Dados contidos em seus respectivos órgãos. Os dados coletados são séries históricas da cotação do dólar americano, do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, da taxa de juros simples (SELIC), da Inflação e da Produção Industrial. Além desses dados, também serão coletados os valores históricos do IBOVESPA e das ações das empresas do setor industrial listadas na BM&FBOVESPA.

Segundo Cervo, Bevian e Da Silva (2012) “a coleta de dados secundários se dá através de dados que já foram publicados”, ou seja, já foram coletados, tabulados, ordenados e às vezes até já foram analisados, como é o caso dos indicadores econômicos que foram divulgados pelos seus respectivos órgãos através de seus relatórios periódicos.

A pesquisa possuí caráter documental, pois depende de informações já existentes dos índices estudados, sendo a documentação uma fonte estável de coleta de dados.

Segundo Vergara (2000, p. 48), a pesquisa documental é aquela realizada em documentos “conservados no interior de órgãos públicos e privados de qualquer natureza, ou com pessoas: registros, anais, regulamentos, circulares, ofícios, memorandos, balancetes, comunicações informais, filmes, microfilmes, fotografias, [...]. ”