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Fonte: Elaborado pela autora a partir de Magalhães (2000

O autor discrimina a forma de Estado Estado unitário simples, o Estado u descentralizado. O Estado u

Legislativo, Executivo e J contemporaneamente, superado

diferentes esferas de poder, há uma divisão territorial que atua por delegação de competência em nome do poder central (competências meramente administrativas). No modelo descentralizado de Estado unitário,

da existência de entes autônomos, com capacidade de decisão em determinadas questões e com personalidade jurídica própria, sem a interferência do poder Para Magalhães (2000), a tradicional classificação de Estado unitário

já está superada por não comportar as diferentes formas de Estados existentes. Para esse autor, além dos Estados simples e federados

, existem ainda os Estados autonômicos e regionais, resumidos no

: CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS DE ESTADO

a partir de Magalhães (2000)

a forma de Estado unitário em três configurações diferentes: O ado unitário simples, o Estado unitário desconcentrado e o Estado Unitário Estado unitário simples possui apenas uma esfera de poder Legislativo, Executivo e Judiciário, o que torna esse modelo de Estado,

superado. No modelo desconcentrado, embora n

diferentes esferas de poder, há uma divisão territorial que atua por delegação de competência em nome do poder central (competências meramente administrativas). No modelo descentralizado de Estado unitário, há o

autônomos, com capacidade de decisão em determinadas questões e com personalidade jurídica própria, sem a interferência do poder unitário e Estado s formas de Estados existentes. Para esse autor, além dos Estados simples e federados, com suas , resumidos no

em três configurações diferentes: O nitário desconcentrado e o Estado Unitário sui apenas uma esfera de poder udiciário, o que torna esse modelo de Estado, , embora não possua diferentes esferas de poder, há uma divisão territorial que atua por delegação de competência em nome do poder central (competências meramente há o pressuposto autônomos, com capacidade de decisão em determinadas questões e com personalidade jurídica própria, sem a interferência do poder

central. Justifica a existência dos modelos autonômico e regional pela autonomia legislativa, ou seja, enquanto nos Estados unitários inexiste essa autonomia, ela se faz presente nos modelos regionais, autonômicos (que detêm competência legislativa ordinária, podendo criar seus estatutos), e federais (que detêm poder Legislativo decorrente, podendo criar sua própria Constituição).

Magalhães (2000) subdivide o Estado Federal em centrípeto/centrífugo, de dois níveis e de três níveis, bem como simétrico/assimétrico. Sua classificação, quanto ao federalismo centrípeto/centrífugo, leva em consideração o tipo de organização originária da federação. Assim, o federalismo centrípeto é aquele que se dirige para o centro, ou seja, há uma agregação de poderes à União, como é o caso dos Estados Unidos, que se iniciou por uma confederação (1777), transformando-se em uma federação (1787) que, gradualmente, centraliza competências dos estados à União.

No federalismo centrífugo ocorre o contrário, ou seja, decorre de um Estado unitário que distribui poderes às unidades subnacionais. O autor aponta o Brasil como uma federação centrífuga, e ainda, inovador ao estabelecer um modelo federalismo de três níveis. Os níveis de uma federação consideram o conjunto dos entes que a compõe. O Brasil, ao incluir os municípios como ente federado na Constituição de 1988, iniciou esse novo modelo de federação de três níveis.

Magalhães (2000) ainda faz a distinção entre federalismo simétrico e assimétrico. O federalismo simétrico busca um equilíbrio do Estado de fato assimétrico, por meio de uma distribuição igual de competências. Já no federalismo assimétrico, existe um tratamento constitucional diferenciado em relação aos entes de mesmo nível, procurando acomodar as diversidades culturais.

Nesta pesquisa, adotamos uma classificação diferenciada considerando tanto a arranjo apresentado por Azambuja (2008) quanto por Magalhães (2000). Ou seja, consideramos válida a divisão tradicional de Estados simples (Estado unitário) e

composto (Estado federal), que pode apresentar variações como as estudadas por Magalhães. Mas antes de apresentarmos nossa concepção acerca da forma de Estado, é preciso, primeiramente, termos uma noção clara da diferença entre Estado unitário e Estado federal.

Em síntese, por mais descentralizado que seja um Estado unitário, ele nunca se confunde com Estado Federal, pois decorre sempre de uma centralização, ou seja, os entes carecem de autonomia na sua organização (carecem de Poder Legislativo decorrente).

Quanto ao federalismo (modelo composto) seu termo tem origem no latim. Seu significado vem de foedus remontando à sua raiz bheid, que exprime tratado de aliança, pacto, convenção” (ROCHA, 1997, p. 196), No mesmo sentido, Cury complementa esse significado com os termos "se fiar, confiar-se, acreditar" (2007, p. 114).

Gilda Cardoso de Araujo (2005), em sua tese de doutoramento, explica que o federalismo pode ser caracterizado como o pacto de um determinado número de unidades territoriais autônomas para finalidades comuns. Expõe uma questão importante no tocante à responsabilidade de cada esfera: as unidades subnacionais têm autonomia de gerir questões políticas e econômicas locais, enquanto o Poder Central tem a finalidade de fazer valer interesses de cunho nacional.

Assim como no Estado Unitário, o Estado Federal também se apresenta de formas variadas, pois segundo Celina Souza (2001, p.10)

Cada federalismo, e também cada Federação, incorpora um número variado de atributos econômicos, políticos e socioculturais que se inter- relacionam para produzirem padrões complexos de interesses e identidades. Assim, cada federalismo é guiado por um leitmotiv, que também pode expressar-se de diferentes formas de acordo com as peculiaridades de cada tempo histórico.

Apesar da variação e complexidade da forma composta de Estado (Estado federal), este se apresenta em duas matrizes clássicas: a cooperativa e a dual, não considerada nos estudos de Magalhães (2000). O modelo dual é o berço do federalismo, criação dos liberais racionalistas dos Estados Unidos no período do Estado Moderno (BAGGIO, 2006). Segundo Almeida (1995, p. 40) “O federalismo dual é aquele em que o Governo Geral e o Estado constituem soberanias distintas e separadas.” Compreende o modelo norte-americano de federação, no qual tanto o governo federal quanto o estadual têm estrita autoridade demarcada. Esse dualismo é marcado por apresentar rivalidades entre os entes da federação e marcado, também, por evidenciar grande competitividade, não havendo colaboração entre os entes envolvidos (SHWARTZ, 1984).

O federalismo cooperativo é uma forma de organização do Estado e se contrapõe ao federalismo dual, uma vez que os entes são dotados de competências horizontais que os vinculam a atuar em conjunto, na finalidade de atingirem objetivos comuns. No dizer de Perdomo (1997, p.65):

La directriz en el federalismo cooperativo es que a la vieja visión de entes estatales separados se superpone una nueva de estrecha colaboración entre ellos para realizar objetivos comunes. De este modo, se contraponeel federalismo dual al cooperativo.

Logo, o federalismo dual caracteriza-se não pela colaboração, mas pela competitividade entre os entes. Abrúcio (2000, p. 63), em sua tese de doutorado, afirma que a competição é típica de qualquer modelo federalista. O autor alega que “o conflito não pode ser visto como um estágio patológico do federalismo. Além disso, [...] a presença da cooperação não significa a ausência da competição, e vice-versa”. Também, diferente do que considera Magalhães (2000) e analisando a classificação que considera a relação de poder entre os entes federados, estudadas pelo professor Carlos Roberto Jamil Cury (2007), o federalismo se distingue em três tipos gerais: centrípeto, centrífugo e de cooperação.

No federalismo centrípeto os entes da federação são Central, e isso supõe uma maio

Para Magalhães (2000), o federalismo centrípeto se dirige para o centro

contrário do que se imagina, supõe maior descentralização, pois as competências dos estados-membros são gradualmente incorpora

essa análise um equívoco, pois o processo de transferência de responsabilidades para um poder central não supõe descentralização.

centrípeto se dirige para o centro, ou seja, há uma predominância de para União, o federalismo centrífugo procura se afastar do centro (M

2000), isto é, permite que os entes subnacionais tenham maior autonomia financeira, administrativa, política e jurídica.

caracteriza por uma “busca de equilíbrio de poderes entre a União e os Estados membros, estabelecendo laços de colaboração na distribuição das múltiplas competências por meio de atividades planejadas e articuladas entre si, objetivando fins comuns.” (CURY, 2007, p.115)

explanação acerca das variações