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4.6 Ensaios Sistematica MCT

4.6.3 Classificação Geotécnica MCT (M9)

Os resultados obtidos a partir da perda de massa por imersão do solo, conforme apresentado acima, em conjunto com o valor do coeficiente d’, permitem a determinação do segundo coeficiente classificatório necessário para enquadramento de um solo no ábaco da Classificação MCT, o coeficiente “e’” - índice de laterização, obtidos da Equação 6 apresentada no item 4.6.1. Os resultados de “e’” para todas as amostras estão descritas na Tabela 12.

Tabela 12: Valores de e' AMOSTRA e' Solo Natural 0,78 ALARC 20% 0,84 ALARC 30% 1,07 ALARC 40% 0,89

Com os resultados do índice “e’” e o coeficiente “c’” é possível classificar as amostras através dos gráficos da Classificação MCT, apresentados nas Figuras 32, 33 e 34.

Figura

Figura

Com os resultados do índice “e’” e o coeficiente “c’” é possível classificar as amostras através dos gráficos da Classificação MCT, apresentados nas Figuras 32, 33 e 34.

Figura 32: Gráfico de Classificação MCT da ALARC 20%

Fonte: Autoria Própria (2015)

Figura 33: Gráfico de Classificação MCT da ALARC 30%

Fonte: Autoria Própria (2015)

Com os resultados do índice “e’” e o coeficiente “c’” é possível classificar as amostras através dos gráficos da Classificação MCT, apresentados nas Figuras 32, 33 e 34.

: Gráfico de Classificação MCT da ALARC 20%

Figura 34: Gráfico de Classificação MCT da ALARC 40%

Fonte: Autoria Própria (2015)

Analisando os gráficos das Figuras 32, 33 e 34 da Classificação MCT, é possível perceber que as amostras ALARC 20 e 30% foram classificadas como LG’ e a ALARC 40% como LA’, ou seja, solos lateríticos argilosos e solo laterítico arenoso respectivamente.

O solo natural não se enquadrou nas regiões recomendadas de Nogami e Villibor (2009) para uso em pavimentos, diferente das misturas ALARC 20%, ALARC 30% e todas as misturas que ficaram na região satisfatória. Já a mistura ALARC 40% situou-se na região recomendada.

Dessa forma, a amostra ALARC 40%, é a mistura na qual poderia ser utilizada em campo, tendo em vista a complementação dos ensaios da Sistemática MCT.

5 CONCLUSÃO

Considerando o objetivo geral deste trabalho que é o de avaliar o uso de solo laterítico argiloso proveniente de Ijuí, em bases e sub-bases de pavimentos econômicos, misturados ao resíduo de construção civil (RCC), e os objetivos específicos que são de avaliar as misturas apresentam-se as seguintes conclusões.

De acordo com os ensaios da análise granulométrica, limites de Atterberg e ensaios da classificação MCT pode-se afirmar que:

• Pelo Sistema Unificado de Classificação dos Solos (SUCS) o solo natural é um solo MH – silte de alta plasticidade e as misturas ALARC como CL – Argila inorgânica de baixa e média plasticidade: argilas pedregulhosas, arenosas e siltosas;

• Pela classificação da ASHTO-HRB (classificação rodoviária) o solo natural foi classificado como um solo A-7-5. Já as misturas ALARC 20%, 30% e 40% foram classificadas como A-7-6 (solos argilosos). Os solos do grupo A-7-5 encerram materiais com índice de plasticidade moderado em relação ao limite de liquidez. O grupo A-7-6 inclui materiais com elevados índices de plasticidade em relação aos limites de liquidez. Ambos estando sujeitos a elevadas mudanças de volume, e com comportamento para subleito considerado sofrível a mau.

• Pelos resultados apresentados nos ensaios da classificação MCT, o solo natural e as misturas ALARC 20% e 30% são considerados solos LG’ – solos lateríticos argilosos; A mistura ALARC 40% foi classificada como LA’.

• A variação do índice e’ do solo natural para as misturas foi muito pequena, podendo-se afirmar que os solos das misturas mantêm o caráter laterítico mesmo com a variação da granulometria.

• Analisando os resultados dos ensaios de compactação pode-se concluir que: com os aumentos do teor de agregado miúdo e da energia de compactação houve um aumento do peso específico aparente seco máximo, mas não houve uma diminuição da umidade ótima, como era esperado, já que foi adicionado ao solo um material com maior textura e rigidez.

• Para os ensaios de ISC, foi concluído que: houve um pequeno aumento na resistência das misturas ensaiadas, porém não houve aumento da resistência comparado ao solo natural. Os resultados assim apresentaram certa variabilidade, constatando que o ensaio de ISC não caracteriza bem os solos finos tropicais lateríticos visando o uso em bases e sub- bases, reforçando o exposto por Bernucci et al.(2008);

• Pelas especificações do DNIT, antigo DNER, nenhuma das amostras de solo de misturas ALARC atendem as recomendações quanto ao uso em bases e sub-bases;

• Analisando os ensaios da sistemática MCT e a metodologia proposta por Villibor e Nogami (2009), conclui-se que: o solo natural encontra-se fora da região satisfatória do Gráfico de Classificação MCT proposta pelos pesquisadores da metodologia. Já as misturas ALARC 20 % e 30% encontram-se na região satisfatória e a mistura ALARC 40% encontra-se na região recomendável;

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