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Segundo Gerhardt; Silveira (2009, p. 31), quanto à abordagem existem dois tipos de pesquisa: a qualitativa e a quantitativa.

A pesquisa qualitativa não se preocupa com representatividade numérica, mas, sim, com o aprofundamento da compreensão de um grupo social, de uma organização, etc. Os pesquisadores que adotam a abordagem qualitativa opõem-se ao pressuposto que defende um modelo único de pesquisa para todas as ciências, já que as ciências sociais têm sua especificidade, o que pressupõe uma metodologia própria (GERHARDT; SILVEIRA, 2009, p. 31).

Sobre a pesquisa qualitativa, Minayo (2001, p.14) destaca que esse tipo de pesquisa leva em consideração significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à simples operacionalização de variáveis. Além do mais, esse tipo de pesquisa, utilizada inicialmente em estudos de Antropologia e Sociologia, como contraponto à pesquisa quantitativa dominante, cada vez mais tem alargado seu campo de atuação em áreas como a Psicologia e a Educação. A pesquisa qualitativa é criticada por seu empirismo, pela subjetividade e pelo envolvimento emocional do pesquisador.

Segundo Gerhardt; Silveira (2009, p. 32), As características da pesquisa qualitativa são: objetivação do fenômeno; hierarquização das ações de descrever, compreender, explicar, precisão das relações entre o global e o local em determinado fenômeno; observância das diferenças entre o mundo social e o mundo natural; respeito ao caráter interativo entre os objetivos buscados pelos investigadores, suas orientações teóricas e seus dados empíricos; busca de resultados os mais fidedignos possíveis; oposição ao pressuposto que defende um modelo único de pesquisa para todas as ciências.

Em relação à pesquisa quantitativa Fonseca (2002, p. 20) destaca que esse tipo de pesquisa se centra na objetividade. Influenciada pelo positivismo, considera que a realidade só pode ser compreendida com base na análise de dados brutos, recolhidos com o auxílio de instrumentos padronizados e neutros. A pesquisa quantitativa recorre à linguagem matemática para descrever as causas de um fenômeno, as relações entre variáveis, etc. A utilização conjunta da pesquisa qualitativa e quantitativa permite recolher mais informações do que se poderia conseguir isoladamente.

Sendo assim, a pesquisa em tela classifica-se como quantitativa. 3.1.2 Quanto à natureza

Quanto à natureza, Gerhardt; Silveira (2009, p. 35) argumentam que as pesquisas podem ser classificadas como sendo básicas ou aplicadas.

A pesquisa básica é aquela que objetiva gerar conhecimentos novos, úteis para o avanço da Ciência, sem aplicação. Já a pesquisa aplicada objetiva gerar conhecimentos para a aplicação prática, dirigidos à solução de problemas específicos e envolve verdades e interesses locais (GERHARDT; SILVEIRA, 2009, p. 35).

Sendo assim, com base nos argumentos apresentados, a pesquisa em tela classifica-se como aplicada.

3.1.3 Quanto aos objetivos

Em relação aos objetivos, segundo Gil (2007), as pesquisas podem ser classificadas como sendo exploratórias, descritivas ou explicativas.

A pesquisa exploratória tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. A grande maioria dessas pesquisas envolve: (i) levantamento bibliográfico; (ii) entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; e (iii) análise de exemplos que estimulem a compreensão (GIL, 2007, p. 27).

Sobre a pesquisa descritiva, Triviños (1987) informa que este tipo de estudo exige do investigador uma série de informações sobre o que deseja pesquisar. Esse tipo de estudo pretende descrever os fatos e fenômenos de determinada realidade e, geralmente, são classificados como: estudos de caso, análise documental, pesquisa ex-post-facto.

Os estudos descritivos podem ser criticados porque pode existir uma descrição exata dos fenômenos e dos fatos. Estes fogem da possibilidade de verificação através da observação. Ainda para o autor, às vezes não existe por parte do investigador um exame crítico das informações, e os resultados podem ser equivocados; e as técnicas de coleta de dados, como questionários, escalas e entrevistas, podem ser subjetivas, apenas quantificáveis, gerando imprecisão (TRIVIÑOS, 1987)

Já a pesquisa explicativa preocupa-se em identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Ou seja, esse tipo de pesquisa explica o porquê das coisas, através dos resultados oferecidos e explicativa pode ser a continuação de outra descritiva, posto que a identificação de fatores que determinam um fenômeno exige que este esteja suficientemente descrito e detalhado (GIL, 2007, p. 28).

Uma pesquisa explicativa pode ser a continuação de outra descritiva, posto que a identificação dos fatores que determinam um fenômeno exige que este esteja suficientemente descrito e detalhado. As pesquisas explicativas nas ciências naturais valem-se quase que exclusivamente do método experimental. Nas ciências sociais, em virtude das dificuldades já comentadas, recorre-se a outros métodos, sobretudo ao observacional. Nem sempre se torna possível a realização de pesquisas rigidamente explicativas em ciências sociais, mas em algumas áreas, sobretudo da Psicologia, as pesquisas revestem-se de elevado grau de controle, chegando mesmo a ser designadas "quase-experimentais" (GIL, 2007, p. 28 e 29). Diante do exposto, a pesquisa em tela classifica-se como sendo do tipo exploratória.

3.1.4 Quanto aos procedimentos

Segundo Gerhardt; Silveira (2009), quanto aos procedimentos as pesquisas podem ser classificadas como sendo: experimental;

bibliográfica; documental; de campo; ex-post-facto; levantamento; com survey; estudo de caso; participante; pesquisa-ação; etnográfica; etnometodológica.

Para se desenvolver uma pesquisa, é indispensável selecionar o método de pesquisa a utilizar. De acordo com as características da pesquisa, poderão ser escolhidas diferentes modalidades de pesquisa, sendo possível aliar o qualitativo ao quantitativo (GERHARDT; SILVEIRA, 2009, p. 36).

No caso da pesquisa em tela, esta classifica-se como sendo pesquisa de campo, a qual, segundo Fonseca (2002) caracteriza-se pelas investigações em que, além da pesquisa bibliográfica e/ou documental, se realiza-se coleta de dados junto a pessoas, com o recurso de diferentes tipos de pesquisa (pesquisa ex-post-facto, pesquisa-ação, pesquisa participante, etc.).