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Segundo Calil, T.A.C., da Pas Reform, conceitos de Ventilação ou Climatização vem sendo largamente aplicados nos incubatórios brasileiros, sobretudo nas condições em que os rendimentos de incubação não são alcançados de forma satisfatória e as perdas são representadas principalmente por mortalidade em fase final de desenvolvimento, por volta de 19 a 21 dias de incubação.

O fornecimento de O2 e remoção de CO2 deve ser controlado. Nesse

período, entretanto, as incubadoras de grande porte têm capacidade de fornecimento de até quatro vezes a necessidade embrionária, uma vez que tal necessidade é variável em função dos constantes avanços genéticos do embrião de frango de corte. Em muitos casos a importância do O2 é superestimada, levando a

diagnósticos imprecisos dos problemas comuns nos incubatórios brasileiros já que o consumo de oxigênio pelos embriões é extremamente baixo. A utilização de um

medidor de O2 é até mais indicada, entretanto é um instrumento caro e pouco

comum. Por isso o nível de CO2 é utilizado mais frequentemente, como uma

inferência da taxa metabólica, visto que em condições normais de incubação CO2 e

O2 apresentam níveis inversamente proporcionais.

Segundo a Aviagen, a manutenção da temperatura dentro de faixas ideais, é um fator crítico em todo o processo de incubação de ovos. A temperatura de superfície da casca do ovo é próxima à temperatura interna do ovo, como mostra a Figura 21. O controle da temperatura da casca do ovo é uma ferramenta útil para determinar se a temperatura da incubadora está correta ou não. A temperatura ideal da casca do ovo para uma máxima eclosão e qualidade do pintainho é 37,8 ºC a 38,3 °C (100 ºF a 101°F) durante todo o período dentro da incubadora. O conhecimento da temperatura da casca do ovo permite que as temperaturas das incubadoras sejam ajustadas para maximizar o desempenho, levando-se em conta as diferentes fases do desenvolvimento embrionário (produção de calor pelo embrião) e diferentes desenhos das incubadoras. A medida da temperatura da casca do ovo deve ser usada para estabelecer a temperatura correta das máquinas que se ajustam para cada tipo de ovo incubado.

A temperatura determina o grau de velocidade do metabolismo do embrião e, consequentemente, seu grau de desenvolvimento.

FIGURA 21 - EVOLUÇÃO DA TEMPERATURA NO PERÍODO DE INCUBAÇÃO

FONTE: AVIAGEN (2017).

Outro fator a ser controlado é a umidade relativa do ar no interior das incubadoras. Este controle é feito para garantir que a perda de peso do ovo no

intervalo ideal maximizará a qualidade da incubação e consequentemente do pintainho.

O monitoramento rotineiro da perda de água do ovo é a melhor maneira de verificar se a umidade relativa do ar no interior da incubadora está correta. As mudanças no peso dos ovos durante o processo de incubação devem-se inteiramente à perda de água desde o ovo. Portanto, a perda de peso de ovos pode ser facilmente monitorada por pesagem.

Durante a incubação ocorrida de maneira correta, ovos perdem em média de 11 a 12% do seu peso. Controlando a umidade da incubadora, maximizará a qualidade da incubação e consequentemente do pintainho. O monitoramento rotineiro da perda de água do ovo é a melhor maneira de verificar se a umidade da incubadora está correta, conforme a Figura 22.

A perda de umidade do ovo durante o período de incubação é maior em altitudes elevadas. Isto se deve a uma maior difusão do vapor de água através da casca. A casca se torna um meio de condução muito importante em altitudes elevadas. As máquinas incubadoras devem ser ajustadas para assegurar que a perda de peso do ovo aos 18 dias de incubação seja de 12%. A umidade relativa do ar no interior de incubadoras também afeta a taxa de eclodiblidade uma vez que ela interfere na dureza e maleabilidade da casca do ovo durante a eclosão.

FIGURA 22 - EVOLUÇÃO DA UMIDADE DO OVO NO PERÍODO DE INCUBAÇÃO

Durante o processo de incubação, o ovo perde umidade através dos poros da casca. A rapidez com que o ovo perde umidade depende do número e tamanho dos poros da casca, e da porcentagem de umidade no ambiente ao redor do ovo. Para obter melhores taxas de nascimento, um ovo deve ter perdido 12% do seu peso no 18º dia de incubação. Devido às diferenças na estrutura da casca e, consequentemente, na condução de gases, quando o ovo é incubado sob uma mesma condição de umidade, ocorrerá uma variação na perda de umidade. Em ovos de matrizes, essa variação normalmente não altera de forma significativa o nascimento. Porém, quando fatores como idade, nutrição ou doenças reduzem a qualidade do ovo, será eventualmente necessário ajustar, na máquina, a umidade relativa para manter ótimas condições de nascimento e qualidade do pintainho.

O conhecimento amealhado e as inovações tecnológicas aplicadas na indústria de larga escala, podem ser utilizados como base para aplicações em incubadoras de pequeno e médio porte, promovendo o desenvolvimento de produtos mais produtivos e eficazes. A indústria de larga escala controla outros parâmetros de grande importância para o bom desenvolvimento dos embriões durante o período de incubação. Dentre eles pode-se citar o controle da pressão ambiente e da percentagem de O2 e CO2 existente no ar dentro do incubatório.

Conceitos de ventilação ou climatização vem sendo largamente aplicados nos incubatórios brasileiros, sobretudo nas condições em que os rendimentos de incubação não são alcançados de forma satisfatória e as perdas são representadas principalmente por mortalidade em fase final de desenvolvimento, por volta de 19 a 21 dias de incubação.

3 REVISÃO DE LITERATURA E TECNOLÓGICA

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