• Nenhum resultado encontrado

EFFECT OF REHIDRATATION ON THE POSTHARVEST OF PARSLEY

3.3. EXPERIMENTO 3 Freqüência de hidratação com água a 5 ºC

3.3.2. Clorofila estimada

Os valores SPAD, referentes à clorofila, durante o armazenamento de folhas de salsinha a 5 ºC estão na Tabela 32. Até aos 2 dias de armazenamento não houve diferença significativa entre os tratamentos quanto aos valores SPAD. Após este período o tratamento com acondicionamento em embalagens PET (T4) foi maior que os demais, não havendo diferença significativa deste com o tratamento com hidratações freqüentes (T3) aos 6 e 12 dias de armazenamento e com o tratamento com uma hidratação e uso de embalagem PET (T5) aos 4 e 14 dias de armazenamento. De 18 a 22 dias de armazenamento não houve diferença significativa entre os tratamentos.

121

Tabela 32 – Valores médios do teor de clorofila (unidades SPAD) de folhas de salsinha em função do tempo após a colheita, nos respectivos tratamentos1 no armazenamento a 5 ºC. Viçosa – Minas Gerais, 2006. Tratamentos1 Tempo (dias) T1 T2 T3 T4 T5 0 31,90 a 31,90 a 31,90 a 31,90 a 31,90 a 1 32,34 a 32,57 a 31,76 a 32,30 a 29,93 a 2 32,52 a 33,09 a 32,03 a 32,20 a 29,62 a 4 - - 30,60 b 34,20 a 30,95 ab 6 - - 30,65 ab 33,52 a 29,51 b 8 - - 29,72 b 34,83 a 30,36 b 10 - - 29,70 b 35,40 a 30,25 b 12 - - 31,36 ab 33,13 a 29,96 b 14 - - 30,70 b 34,64 a 31,17 ab 16 - - 30,45 b 33,54 a 30,61 b 18 - - 30,60 a 32,59 a 30,04 a 20 - - - 34,51 a 32,11 a 22 - - - 35,59 a 32,10 a 24 - - - - 31,73 26 - - - - 31,97 1

T1 = controle; T2 = sem embalagem e com uma hidratação; T3 = sem embalagem e com hidratações com freqüência; T4 = com embalagem PET e sem hidratação e T5 = com embalagem PET e com uma hidratação.

As médias seguidas de uma mesma letra na linha não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.

- Espaços com um traço indicam que o tratamento já foi descartado.

Não houve influência do tempo após o tratamento sobre os valores SPAD, referentes à clorofila, durante o armazenamento de folhas de salsinha por até 26 dias a 5 ºC (Tabela 33), com valores médios de 32,25; 32,52; 30,90; 33,72 e 30,82 unidades SPAD nos tratamentos controle, com uma hidratação, com hidratações freqüentes, com embalagem e sem hidratação e com embalagem com uma hidratação, respectivamente.

De acordo com a equação pré-estabelecida no capítulo 1, associando os valores SPAD (X) e os teores de clorofila das folhas pelo método de ARNON (1949) (Ŷ = - 15,195 + 5,2693 X; r2 = 0,92) nos respectivos tratamentos, os valores médios foram estimados entre 147,20 e 162,48 mg 100 g-1 de clorofila total nas folhas. A baixa temperatura impediu a degradação de clorofila mantendo as plantas verdes no final do armazenamento.

122

Tabela 33 – Equações de regressão ajustadas do teor de clorofila em folhas de salsinha armazenadas a 5 ºC por até 26 dias nos respectivos tratamentos1. Viçosa – Minas Gerais, 2006.

Tratamento Clorofila estimada (unidades SPAD)

T1 32,25 T2 32,52 T3 30,90 T4 33,72 T5 30,82 1

T1 = controle; T2 = sem embalagem e com uma hidratação; T3 = sem embalagem e com hidratações com freqüência; T4 = com embalagem PET e sem hidratação e T5 = com embalagem PET e com uma hidratação.

3.3.3. Teor relativo de água

Houve decréscimo linear no teor relativo de água das folhas ao longo do tempo em todos os tratamentos (Figura 21), com exceção do tratamento com hidratações freqüentes (T3) que manteve a turgidez dos tecidos durante o armazenamento a 5 ºC. A taxa diária de perda no teor relativo de água foi 14,23%; 10,87%; 0,47% e 0,55% nos tratamentos controle, com uma hidratação, com embalagem PET, e com uma hidratação com embalagem PET, respectivamente. Houve benefício do acondicionamento em embalagens PET na manutenção da turgidez das folhas durante o armazenamento a 5 ºC com acréscimo na longevidade de 20 e 24 dias nos tratamentos sem e com hidratação, respectivamente, em relação ao controle.

Antes da aplicação dos tratamentos as folhas possuíam 93,56% de teor relativo de água (Tabela 34). Com um dia de armazenamento houve diferença significativa entre os tratamentos com maior redução no teor relativo de água no tratamento controle (T1 = 72,62%) em relação aos tratamentos com hidratação (T2 = 85,94%), hidratações freqüentes (T3 = 89,08%) e sem hidratação com embalagem (T4 = 91,92). No tratamento com embalagem e uma hidratação (T5) houve redução no teor relativo de água em relação ao momento da colheita apenas após 16 dias de armazenamento com 90,54%. Com um dia de armazenamento observa-se a recuperação de 2,68% no teor relativo de água das folhas neste tratamento (T5 = 96,24 – 93,56) em virtude da hidratação com água gelada, sendo considerado como o melhor tratamento onde houve hidratação dos tecidos. Entretanto, como já discutido pela tabela

123

30, a absorção total de água pelas folhas durante a hidratação neste tratamento logo após a colheita foi de 32,93%. Como houve maior absorção de água pelas folhas após a hidratação (32,93%) em relação ao acréscimo no conteúdo de água das folhas (2,68%), provavelmente a água considerada na absorção seja da superfície dos tecidos ou dos espaços intercelulares ou ainda que o tempo de um dia após a colheita tenha sido excessivo na análise do teor relativo de água das folhas.

40 50 60 70 80 90 100 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 Tempo (dias) T eor r el at iv o de água (% )

Figura 21 – Estimativa do teor relativo de água em folhas de salsinha em função do tempo (TE) armazenadas a 5ºC por até 26 dias nos tratamentos controle ( ), com uma hidratação ( ), com hidratações freqüentes (----), com embalagem PET sem hidratação ( ) e com embalagem PET com uma hidratação ( ). Viçosa – Minas Gerais, 2006.

* Significativo ao nível de 5% de probabilidade pelo teste “t”.

( ) Ŷ= 91,3254 – 14,2295* TE r2 = 0,93 ( ) Ŷ= 94,6442 – 10,8699* TE r2 = 0,97 (----) Ŷ= 90,22

( ) Ŷ= 93,4712 – 0,4755* TE r2 = 0,86 ( ) Ŷ= 98,0980 – 0,5581* TE r2 = 0,66

124

Aos dois dias de armazenamento (Tabela 34) não houve diferença significativa entre os tratamentos controle (T1) e com uma hidratação (T2) quanto ao teor relativo de água das folhas, sendo estes valores inferiores aos demais tratamentos. De 12 a 22 dias de armazenamento não houve diferença significativa entre os tratamentos quanto ao teor relativo de água das folhas.

Tabela 34 – Valores médios do teor relativo de água (%) de folhas de salsinha em função do tempo após a colheita, nos respectivos tratamentos1 no armazenamento a 5 ºC. Viçosa – Minas Gerais, 2006. Tratamentos1 Tempo (dias) T1 T2 T3 T4 T5 0 93,56 a 93,56 a 93,56 a 93,56 a 93,56 a 1 72,62 b 85,94 a 89,08 a 91,92 a 96,24 a 2 65,10 c 71,82 c 86,09 b 91,13 ab 94,89 a 4 - - 86,64 b 90,94 ab 94,53 a 6 - - 90,03 a 90,24 a 95,28 a 8 - - 88,09 b 90,83 ab 95,15 a 10 - - 92,57 ab 90,13 b 95,58 a 12 - - 93,58 a 90,27 a 94,94 a 14 - - 92,26 a 89,24 a 94,96 a 16 - - 90,29 a 85,37 a 90,54 a 18 - - 73,28 a 83,10 a 89,10 a 20 - - - 83,09 a 89,75 a 22 - - - 82,05 a 85,45 a 24 - - - - 84,64 26 - - - - 74,72 1

T1 = controle; T2 = sem embalagem e com uma hidratação; T3 = sem embalagem e com hidratações com freqüência; T4 = com embalagem PET e sem hidratação e T5 = com embalagem PET e com uma hidratação.

As médias seguidas de uma mesma letra na linha não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.

125

4. CONCLUSÕES

¾ A hidratação da salsinha em água aumenta a turgidez e longevidade durante o armazenamento.

¾ O armazenamento a 5 ºC após a hidratação das folhas com água a 25 ºC proporciona maior longevidade às folhas do que o armazenamento a 25 ºC.

¾ As folhas com 5% de perda de massa antes da hidratação recuperam mais a turgidez durante a hidratação do que com 10% de perda de massa,

principalmente durante a hidratação com água a 25 ºC e armazenamento a

5ºC.

¾ Nas folhas hidratadas por 3 horas em água a 5 ºC logo após a colheita há maior longevidade, maior taxa de absorção durante a hidratação e menor

taxa de perda de massa das folhas após a hidratação.

¾ A temperatura da água tem grande efeito de ganho de massa durante a hidratação das folhas com água a 5 ºC logo após a colheita.

¾ A hidratação das folhas antes do acondicionamento em embalagens PET sem perfuração proporciona maior qualidade e maior longevidade do produto.

126

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARNON, D. I. Cooper enzymes in isolated chloroplasts. Polyphenoloxidase in Beta vulgaris. Plant Physiology, v. 24, n. 1, p. 1-15, 1949.

BROSNAN, T.; SUN, DA-WEN. Precooling techniques and applications for horticultural products – a review. International Journal of Refrigeration, v. 24, p. 154-170, 2001.

CARPENTER, W. J.; RASMUSSEN, H. P. Water uptake rates by cut roses (Rosa hybrida) in light and dark. Journal of the American Society for

Horticultural Science v. 98, n. 3, p. 309-313, 1973.

CATSKY, J. Water content. In: SLAVIK, B. Methods of studying plant water

relations. Berlim: Springer – Verlag, 1974. p. 121-131.

FINGER, F. L.; VIEIRA, G. Controle da perda pós-colheita de água em

produtos hortícolas. Caderno didático 19. Viçosa: UFV, 29p., 1997.

LIPTON, W. J. Senescence of leafy vegetables. HortScience, v. 22, n. 5, pg. 854-859, 1987.

MESSIAS, U. Resposta pós-colheita à injúria por frio de três cultivares de

manjericão (Ocimum basilicum L.). 2004. 36 f. Dissertação (Mestrado em Fisiologia Vegetal) – Universidade Federal de Viçosa, Viçosa – MG.

SALISBURY, F. B.; ROSS, C. W. Plant physiology. 4. ed. Belmont: California. 681p. 1992.

SHIBAIRO, S. I.; UPADHYAYA, M. K. Replacement of postharvest moisture loss by recharging and its effect on subsequent moisture loss during short-term storage of carrots. Journal of the American Society for Horticultural

127

WEATHERLEY, P.E. Studies in the water relation of cotton plant. In: The field measurement of water deficits in leaves. New Phytology, v.49, n.1, p.81-97, 1950.

128