• Nenhum resultado encontrado

CO045 (14sPP-283) (*) fIABILIDADE DA AusCuLTAÇÃO NAsAL E suA RELAÇÃO COm A

CONDIÇÃO DO OuVIDO mÉDIO - INTEREssE

CLÍNICO PARA A PEDIATRIA

Rita santos¹; Ana silva Alexandrino¹; David Tomé¹; Cristina melo¹; António mesquita montes¹; Daniel Costa¹

1 - Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto

Introdução e Objectivos: As infeções das vias aéreas superiores têm uma ele- vada prevalência em crianças até aos 5 anos, com um impacto significativo na condição de saúde da criança e na qualidade de vida dos cuidadores Contudo, ainda há uma poucos instrumentos objectivos que sejam especificamente dirigidos para a avaliação das vias aéreas superiores de crianças com esta faixa etária Neste sentido, o objectivo deste estudo foi analisar a fiabilidade intra e inter-observador da auscultação nasal e avaliar a relação entre a classificação dos sons nasais com a pressão e mobilidade do sistema timpano-ossicular (com-

pliance) do ouvido médio metodologia: Foi realizado um estudo observacio-

nal transversal numa amostra de 125 crianças até aos 3 anos, em contexto de infantário, com aprovação da Comissão de Ética da Reitoria da Universidade do Porto Cada criança foi sujeita a timpanometria e auscultação nasal Os sons nasais foram gravados e analisados por um painel de 3 peritos, que classificaram os sons como “obstruídos” e “não-obstruídos”, mediante prova cega A fiabi- lidade intra observador foi calculada reenviando aos peritos os mesmos sons, recodificados, após 72 horas Resultados: A auscultação nasal revelou uma boa fiabilidade, quer inter-observador (K =0,749), quer intra-observador (avaliador A - K= 0,691; avaliador B - K= 0,605 e avaliador C - K= 0,724) A pressão em ambos os ouvidos foi significativamente menor nas crianças com classificação do som nasal “não obstruído” quando comparado com crianças com classifica- ção do som nasal “obstruído” (t=-3,599, p<0,001 no ouvido esquerdo; t=-2,258, p=0,026 no ouvido direito) A compliance foi significativamente menor, em ambos os ouvidos, nas crianças com classificação do som nasal «obstruído» quando comparada com a classificação do som nasal “não obstruído” (t=- 2,728, p=0,007 no ouvido esquerdo; t=-3,830, p<0,001 no ouvido direito) Conclusões: Observou-se uma boa fiabilidade intra e inter-observador para a auscultação nasal, bem como uma relação significativa entre a classificação dos peritos e a condição do ouvido médio

Palavras-chave: Infeções das vias aéreas superiores, Auscultação nasal, Timpanometria, Ouvido médio, fiabilidade

PAs001 - (14sPP-115) - GAsTROENTERITE AGuDA

POR CAmPYLOBACTER sPP.: CAsuÍsTICA DE 30

mEsEs DE umA uRGÊNCIA PEDIÁTRICA

Ana Teresa soares¹; Patrícia Romão²; Catarina Couto¹; Isabel saraiva de melo¹; manuela Braga¹; José Diogo³; Paulo Calhau¹

1 - Serviço de Pediatria, Hospital Garcia de Orta; 2 - Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria, Centro Hospitalar Lisboa Norte; 3 - Serviço de Patologia Clínica, Laboratório de Microbiologia, Hospital Garcia de Orta

Introdução e Objectivos: Campylobacter spp é o principal agente de gastroen- terite aguda (GEA) bacteriana em Pediatria, sendo C. jejuni o mais frequente Tem reservatório animal e transmite-se através da ingestão de carne mal cozi- nhada (aves, porco ou vaca), alimentos contaminados com fezes de animais ou água não tratada Manifesta-se geralmente com um quadro benigno de diar- reia aguda com sangue e/ou muco associada a vómitos e febre Estão descritas complicações como artrite reativa, sepsis, síndrome de Guillain-Barré, anemia hemolítica e convulsões A antibioterapia não está habitualmente indicada sendo, em casos selecionados, os macrólidos a primeira opção Os objetivos do presente estudo foram: conhecer a frequência de isolamento de Campylo-

bacter spp nos doentes com GEA, caracterizar estes casos do ponto de vista

epidemiológico, clínico, microbiológico e atitude terapêutica e averiguar even- tuais complicações associadas metodologia: Estudo retrospetivo por consulta dos processos clínicos dos doentes com o diagnóstico de GEA e isolamento de

Campylobacter spp , admitidos na Urgência Pediátrica de um Hospital Distrital

entre Janeiro de 2011 e Junho de 2013 (30 meses) Resultados: Neste período realizaram-se 216 coproculturas, em 216 doentes; 98 foram positivas (45%) O género mais isolado foi Campylobacter (n=49, 50%), seguido de Salmonella (n=24, 25%) A espécie mais comum foi C. jejuni (n=48, 98%) Verificou- se um aumento do número de casos diagnosticados: 11 em 2011, 24 em 2012 e 14 no primeiro semestre de 2013 Em 2011 e 2012 constatou-se maior número de coproculturas positivas para este género no primeiro semestre comparati- vamente ao segundo (n=21, 68% vs n=10, 32%) A maioria das crianças foi do género feminino (n=30, 61%) Trinta e sete (76%) tinham menos de cinco anos e 14 (29%) idade inferior a um ano A mediana de idade foi de 23 meses As formas de apresentação incluíram: diarreia com sangue (n=44, 90%), diarreia com sangue e com muco (n=14, 29%); febre (n=23, 47%); dor abdominal (n=14, 29%); vómitos (n=11, 22%) e exantema (n=2, 4%) No primeiro ano de vida 29% (n=4) das crianças apresentaram-se com febre; acima desta idade a percentagem foi de 54% (n=19) Verificaram-se as seguintes complicações: um caso de sépsis (1 mês de idade) e um caso de convulsão (16 meses) Foram internados cinco doentes (10%), dos quais três menores de um ano; dois doentes necessitaram de hidratação endovenosa (4%) Foram medicados oito doentes com azitromicina (16%) Conclusões: A infeção por Campylobacter jejuni foi a principal causa de GEA bacteriana, com um aumento do número de casos diagnosticados ao longo do período do estudo Verificou-se com maior frequência nos primeiros meses do ano, ao invés do que consta na literatura Também ao contrário do que está descrito, constatámos uma maior incidência no grupo etário inferior aos 5 anos, especialmente em lactentes, onde registámos quadros clínicos mais graves Pretendemos assim alertar para este diagnóstico, nomeadamente, no grupo etário abaixo dos 5 anos e para a necessidade de uma maior sensibili- zação em sede de cuidados de saúde primários para as adequadas medidas de higiene na manipulação e preparação dos alimentos

Palavras-chave: Gastroenterite aguda, Campylobacter spp., Coprocultura

PAs002 - (14sPP-146) - INfECÇÕEs PARAmENÍNGEAs

Documentos relacionados