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ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO

COEFICIENTE DE REFLEXÃO 42 67,5 10 81 59,

No anexo 03 deste trabalho foram inseridas as 24 tabelas restantes, correspondentes ao levantamento do coeficiente de reflexão das superfícies externas dos edifícios em análise. Grande parte dos edifícios da amostra possuem diferentes acabamentos externos, tendo sido necessário para cada coeficiente de reflexão existente o cálculo da área de fachada correspondente. A média (ponderada em relação à área de fachada) resultou no coeficiente de reflexão médio do edifício. Ao final, o somatório de todos os coeficientes de reflexão levantados divididos pela quantidade de edifícios da amostra resultou no coeficiente médio para o recorte urbano em análise, totalizando em uma reflexão média de 58,65%.

3.2. CENÁRIOS, EDIFÍCIOS DE ENTORNO E EDIFÍCIO DE ANÁLISE

Para alcançar os objetivos propostos neste trabalho foram estabelecidas algumas diferenças entres os edifícios do entorno e o edifício de análise, bem como diferenças, nos

edifício do entorno entre os cenários, destacando-se o seguinte: 1) Todos os edifícios do entorno possuem PAF variável conforme a orientação, respeitando as frequências de ocorrências encontradas no levantamento “in loco”, ao contrário, o edifício de análise possui o mesmo PAF para todas as orientações; 2) Somente nos edifícios do entorno foram inseridos elementos de proteção solar; 3) O cenário de ocupação máxima possui variações no coeficiente de reflexão das superfícies externas, bem como variações nos elementos de proteção solar; 4) No cenário atual (Base), o coeficiente de reflexão das superfícies externas adotado nos edifícios do entorno é constante (correspondente à média obtida no levantamento) e o PAF é variável conforme a orientação, porém, as aberturas não possuem elementos de proteção solar.

Inserido em quadra e lote centrais, o modelo apresentou dimensões de 39m x 30m (1.170m²), resultante do remembramento de três terrenos de 13mx30m. Inserido em Zona Adensável Prioritária (ZAP), o recorte obedece ao Decreto nº5900/2007 que permite a intensificação do uso e a ocupação do solo, cujo com índice de aproveitamento básico poderá ser ultrapassado até o limite de 4,0. Adotando uma altura de 45m, equivalente a 15 pavimentos, aplicou-se a regra do recuo progressivo resultando em afastamentos laterais e de fundos medindo 8,5m e recuo frontal com 5,0m, segundo exigência do Código de Obras da cidade de João Pessoa. A lâmina do edifício ficou em formato retangular, adotando configuração predominante no bairro, cuja área atingiu 363,50m² (16,5m x 22m) (Figura 3.2). Figura 3.2 - Localização do lote onde será inserido o modelo base e planta esquemática do terreno com a

disposição dos ambientes a serem analisados.

FONTE – Elaborado pela autora.

Cada pavimento comporta quatro unidades habitacionais com área em média de 80 m² e com core de 25 m². Todos os ambientes internos do edifício de análise apresentaram área de 35,75m² com dimensões de 5,50m de comprimento e 6,5m de profundidade. As aberturas, por sua vez, foram dispostas em toda extensão da face interna da parede do

ambiente, com comprimento de 5,50m, altura de 1,20m e verga a 2,20m do piso. O planta do pavimento tipo foi dividida em três zonas: a primeira composta pelos ambientes a serem analisados (em amarelo), a área central, definida como o core do edifício (em laranja) e as zonas distribuídas nas extremidades do edifício (em cinza), sendo estas dispensadas da análise.

Quanto aos coeficientes de reflexão interna, foram aplicados 70%, 30% e 80%, correspondente à refletividade de parede, piso e teto, respectivamente. Já para as janelas adotou-se uma transmissão luminosa de 90%, coeficiente de reflexão de 6,7%, valores estes equivalentes ao vidro incolor simples de 6mm (CEBRACE). Atendendo as exigências do RTQ quanto à baixa absortância das superfícies das fachadas, foram aplicados 90% de refletividade para a envoltória, sendo esta uma condição máxima de refletividade.

Por se tratar de uma pesquisa que envolve variáveis externas, o edifício de análise é constante em todos os cenários, não sofrendo influência de mobília, a fim de minimizar o tempo de processamento para a geração de dados.

O cenário Base – Atual (M1) seguiu a mesma configuração dos edifícios existentes, apresentando 17 unidades com mais de cinco pavimentos, acompanhado da mesma localização da tipologia de análise presente na quadra central destacado de amarelo. Os demais lotes representaram as unidades habitacionais unifamiliares com pavimento único. A Figura 3.3 ilustra a construção deste modelo executada no Sketchup v8.0.

Figura 3.3 - Cenário base.

FONTE – Elaborado pela autora.

Definidos pela tipologia de entorno, os cenários hipotéticos representaram duas categorias: Cenário sem ocupação com edifício isolado (M2) e o de máxima ocupação.

Nestes, por sua vez, foram modelados edificações conforme disposição dos lotes, respeitando o regulamento do Código de Obras (Figura 3.4). Como a maioria dos terrenos contem dimensão de testada entre 12 e 15m, os mesmos foram agrupados a partir de um remembramento entre 2 e 3 unidades, partindo do padrão existente nos edifícios do bairro. Neste sentido, as edificações foram desenvolvidas segundo o limite de aproveitamento do solo permitido e do índice de ocupação em sua totalidade. Seguindo exigência da legislação, aplicou-se a regra dos recuos progressivos8 os quais variam em função da altura das edificações.

Figura 3.4 - Cenários hipotéticos sem proteção nas aberturas.

FONTE – Elaborado pela autora.

As dimensões das aberturas (nos edifícios do entorno) seguiram o número de ocorrências do comprimento e da largura das aberturas identificadas no levantamento “in loco”, respeitando o percentual de abertura na fachada (PAF%) por orientação. Estes dados foram ilustradas nas Figuras 3.5, 3.6, 3.7.

Figura 3.5 - Percentual de abertura na fachada (%).

FONTE – Elaborado pela autora.

8 O cálculo do recuo frontal para a ZA3 é 5,00 e o progressivo para laterais e fundos é feito através da fórmula 4+ H/10, sendo H

a altura do edifício – Decreto nº 5900/2007. 0 10 20 30 40 50 0-0,1 0,1-0,2 0,2-0,3 0,3-0,4 0,4-0,5 N Ú M E R O D E FA C H A D A S PAF

Considerando o resultado da amostra, foi detectado que a fachada Nordeste apresentou maior abertura, em virtude da presença de varandas e janelas nesta orientação, destinadas a ventilação e iluminação de ambientes sociais como quartos e salas. A área destas aberturas atingiu entre 20 e 30% da fachada. Já fachada Sudoeste alcançou faixa mínima com PAF de até 10%, orientação com maior predominância de janelas para o setor de serviços e a circulação vertical dos edifícios.

Figura 3.6 - Comprimento das aberturas por fachada.

FONTE – Elaborado pela autora.

Figura 3.7 - Altura das aberturas por fachada.

FONTE – Elaborado pela autora.

As dimensões das aberturas também obedeceram à frequência por faixa de ocorrência em cada orientação. As Figuras 3.5 e 3.6 destacam as seguintes faixas: entre 1,00-1,50 x

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 0-0,5 0,5-1 1-1,5 1,5-2 2-2,5 2,5-3 3-3,5 3,5-4 4-4,5 4,5-5 OC OR R Ê N C IA S

COMPRIMENTO DAS ABERTURAS (m)

NORDESTE SUDESTE SUDOESTE NOROESTE TOTAL

0 50 100 150 200 250 300 350 0-0,5 0,5-1 1-1,5 1,5-2 2-2,5 OC OR R Ê N C IA S