• Nenhum resultado encontrado

Colaboração internacional

Com o lançamento do Plano Internacional da Ação sobre o Envelhecimento,

a Assembléia Mundial sobre o Envelhecimento, em 2002, estabeleceu um marco decisivo ao abordar os desafios e celebrar os triunfos de um mundo em processo de envelhecimento. Ao iniciarmos a fase de implementação, será fundamental compartilhar alternativas de políticas e pesquisa nos níveis regional, nacional e global. Os estados-membros, as organizações não-governamentais, as instituições acadêmicas e o setor privado serão cada vez mais chamados a desenvolver soluções apropriadas à idade para os desafios de um mundo em processo de envelhecimento. Esses setores irão ter que levar em consideração as conseqüências de uma transição epidemiológica, as modificações rápidas no setor saúde, a globalização, a urbanização, as mudanças nos padrões familiares, a degradação ambiental, assim como as desigualdades persistentes e a pobreza, principalmente nos países em desenvolvimento, onde já vive a maioria dos idosos.

Para avançar o movimento pelo envelhecimento ativo, todas as partes interessadas irão precisar esclarecer e popularizar o termo “envelhecimento ativo”, através de diálogo, discussão e debate na arena política, no setor educacional, em fóruns públicos e na mídia, como em programas de rádio e de televisão. A ação nos três pilares do envelhecimento ativo precisa ser apoiada por atividades de desenvolvimento do conhecimento, que incluem avaliação, pesquisa, vigilância e disseminação dos resultados de pesquisas. Os resultados das pesquisas precisam

ENVELHECIMENTO ATIVO: UMA DE POLÍTICA DE SAÚDE

- 56 -

ser compartilhados em linguagem clara, e em formatos práticos e acessíveis, com os governantes, as organizações não- governamentais que representam os idosos, o setor privado e o público em geral. As agências internacionais, os países e as regiões terão que trabalhar em colaboração para desenvolver uma agenda de pesquisa relevante para o envelhecimento ativo.

A OMS compromete-se a trabalhar em colaboração com outras organizações intergovernamentais, ONGs e o setor acadêmico, para desenvolver uma base global de pesquisa sobre o envelhecimento. Essa base deve refletir as prioridades expressas no Plano de Ação Internacional sobre o Envelhecimento de 2002, além das mencionadas neste documento.

Conclusão

Neste documento, a OMS oferece uma base de ação para os governantes. Junto com o Plano de Ação sobre o Envelhecimento das Nações Unidas, que foi adotado recentemente, essa base fornece uma orientação para elaborar políticas multisetoriais de envelhecimento ativo que irão melhorar as condições de saúde e aumentar a participação entre as populações que estão envelhecendo; ao mesmo tempo, irão assegurar que os idosos tenham segurança, proteção e cuidados adequados quando precisarem de assistência.

A OMS reconhece que a saúde pública abrange uma gama variada de ações para melhorar a saúde da população, e isso envolve mais do que a provisão de serviços básicos. Portanto, a Organização

compromete-se a trabalhar em cooperação com outras agências internacionais e com as Nações Unidas para incentivar a implementação de políticas do

envelhecimento ativo nos níveis regional, nacional e global. Devido à natureza especializada de seu trabalho, a OMS irá dar consultoria técnica e desempenhar um papel catalisador para o desenvolvimento da saúde. Entretanto, isso só pode ser feito como um trabalho de equipe. Juntos, devemos fornecer a evidência e demonstrar a efetividade dos vários cursos de ação propostos. Em última instância, caberá às nações e comunidades locais desenvolver metas e objetivos realistas, específicos para cada gênero e adequados a cada cultura, e implementar as políticas e os programas adaptados a cada circunstância.

A abordagem do envelhecimento ativo proporciona uma base para o desenvolvimento de estratégias locais, nacionais e globais sobre a população que está envelhecendo. Ao reunir os três pilares para a ação de saúde, participação e segurança, oferece uma plataforma para uma construção consensual que abrange as preocupações de diversos setores e de todas as regiões. As propostas de políticas e as recomendações são de pouca utilidade, a não ser que ações subseqüentes sejam implementadas. A hora de agir é agora.

- 57 -

ENVELHECIMENTO ATIVO: UMA DE POLÍTICA DE SAÚDE

ABODERIN, I.; KALACHE, A.; BEN- SHLOMO, Y., LYNCH, J.W.; YAJNIK C. S.; KUH, D. & YACH, D. (2002). Life Course Perspectives on Coronary Heart Disease, Stroke and Diabetes: Key Issues and Implications for Policy and Research. Genebra: Organização Mundial da Saúde.

Action on Elder Abuse (AEA) (995) Bulletin () May-June. Londres.

BOTEV, N. (999). “Older persons in countries with economies in transitions.” Population Ageing: Challenges for Policies and Programmes in Developed and Developing Countries. Fundo Populacional das Nações Unidas e Centro de Estudos da População e da Família (CBGS). Nova York: Fundo Populacional das Nações Unidas.

CUTLER, D. (200). “Declining Disability Among The Elderly.” Health Affairs Vol 20. (6): -27.

DIPOLLINA, L. & SABATE, E. (2002) “Medication adherence to long term treatments in the elderly.” Em SABATE, E. (org.) WHO Adherence Report: A review of the evidence. Genebra: Organização Mundial da Saúde (no prelo).

DOLL, R. (999) Risk from tobacco and potentials for health gain. International Journal of Tuberculosis and Lung Disease. 3 (2): 90-9. GIRONDA, M. & LUBBEN, J. (no prelo). “Preventing loneliness and isolation in older adulthood”. Em GULLOTTA, T. & BLOOM, M. (orgs.) Encyclopedia of Primary Prevention and Health Promotion. Nova York: Kluwer Academic/Plenum Publishers.

GRAY, M.J.A. (996) “Preventive Medicine”. em: Epidemiology in Old Age. EBRAHIM, S. e KALACHE, A. (orgs.) Londres: BMJ Publishing Group.

GURALNICK, J.M. & KAPLAN, G. (989). “Predictors of healthy aging: prospective evidence from the Almeda County Study”. American Journal of Public Health, 79:703-8. GURWITZ, J.H. & AVORN, J. (99). “The ambiguous relationship between aging and adverse drug reactions”. Annals of Internal Medicine, 4: 956-66.

Organização Internacional do Trabalho (OIT) (2000). “Income security and social protection in a changing world”. World Labour Report. Genebra: OIT.

JACOBZONE, S. & OXLEY, H. (2002). “Ageing and Health Care Costs”. International Politics and Society (). http://www.fes.de/ipg/ online2_2002/index.htm

JERNIGAN, D.H.; MONTEIRO, M; ROOM, R. & SAXENA, S. (2000). “Toward a global alcohol policy: alcohol, public health and the role of WHO”. Boletim da Organização Mundial da Saúde, 78 (4), 49.

KALACHE, A. & KELLER, I. (2000). “The greying world: a challenge for the 2st century”. Science Progress 83 (), 33-54.

KALACHE, A. & KICKBUSCH, I. (997) “A global strategy for healthy ageing”. World Health. (4) Julho-Agosto, 4-5.

KIRKWOOD, T. (996) “Mechanisms of Ageing.” em: Epidemiology in Old Age. EBRAHIM, S. & KALACHE, A. (orgs.). Londres: BMJ Publishing Group.

LYNCH, J.W.; SMITH, G.D. ; KAPLAN, G.A. & HOUSE, J.S. (2000). “Income inequality and mortality: importance to health of individual income, psychosocial environment and material conditions”. British Medical Journal, 320: 200-04.

ENVELHECIMENTO ATIVO: UMA DE POLÍTICA DE SAÚDE

- 58 -

MANTON, K. & GU, X. (200). “Changes in the prevalence of chronic disability in the United States, black and nonblack population above age 65 from 982 to 999. Proceedings of the National Academy of Sciences, 22: 6354-9. MERZ, C.N. & FORRESTER, J.S. (997). “The secondary prevention of coronary heart disease”. American Journal of Medicine, 02: 573- 80.

MURRAY, C. & LOPEZ, A. (996). The Global Burden of Disease. Oxford University Press.

OCDE (998). Maintaining Prosperity in an Ageing Society. Paris: Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico. PAL, J. et al. (974) “Deafness among the urban community – an epidemiological survey at Lucknow (U.P.)”. Indian J Med Res 62; 857-868. SINGER, B. & MANTON, K. (998). “The effects of health changes on projections of health service needs for the elderly population of the United States”. Proceedings of the National Academy of Sciences, 23: 32-35.

SMITS, C.H.; DEEG, D.M. & SCHMAND, B. (999). “Cognitive functioning and health as determinants of mortality in an older population”. American Journal Epidemiology, 50 (9): 978-86.

SUGISWAWA, S.; LIANG, J. & LIU, X. (994). “Social networks, social support and mortality among older people in Japan”. Journals of Gerontology, 49: S3-3.

United Nations (UN) (200). World Population Prospects. The 2000 Revision.

U.S. Centers for Disease Control (999). Lower Direct Medical Costs Associated with Physical Activity. Atlanta: CDC. Ver: http:// www.cdc.gov/nccdphp/dnpa/pr-cost.htm

U.S. Department of Health and Human Services (999). An Ounce of Prevention. What Are the Returns? Atlanta: U.S. Department of Health and Human Services, Centers for Disease Control and Prevention.

U.S Preventive Services Task Force, (996). Guide to Clinical Preventive Services, 2a edição. Baltimore: Williams & Wilkins.

OMS (994). Declaração elaborada pelo Grupo de Trabalho da Qualidade de Vida da OMS. Publicada no glossário de Promoção da Saúde da OMS de 998. OMS/HPR/HEP/ 98. Genebra: Organização Mundial da Saúde OMS (997). Global Elimination of Avoidable Blindness. OMS/PBL/97.6 Rev.2. Genebra: Organização Mundial da Saúde.

OMS (998) Growing Older. Staying well. Ageing and Physical Activity in Everyday Life. Preparado por Heikkinen RL. Genebra: Organização Mundial da Saúde.

OMS (998a). Life in the 2st Century: A Vision for All (Relatório Mundial de Saúde). Genebra: Organização Mundial da Saúde.

OMS (999) Relatório Mundial de Saúde, Banco de Dados. Genebra: Organização Mundial de Saúde.

OMS (2000). Global Forum for Health Research: The0/90 Report on Health Research. Genebra: Organização Mundial da Saúde.

OMS (2000a). Health Systems: Improving Performance (Relatório Mundial de Saúde). Genebra: Organização Mundial da Saúde. OMS (2000b). Home-Based and Long-term Care, Report of a WHO Study Group. Série de Relatórios Técnicos 898. Genebra: Organização Mundial da Saúde.

OMS (2000c). Long-Term Care Laws in Five Developed Countries: A Review. OMS/NMH/ CCL/00.2. Genebra: Organização Mundial da Saúde.

- 59 -

ENVELHECIMENTO ATIVO: UMA DE POLÍTICA DE SAÚDE

OMS (200). Innovative Care for Chronic Conditions. Meeting Report, 30-3 Maio 200, OMS/MNC/CCH/ 0.0. Genebra: Organização Mundial da Saúde. OMS (200a) Mental Health: New

Understanding, New Hope (Relatório Mundial de Saúde). Genebra: Organização Mundial da Saúde.

OMS (2002) Developing and validating a methodology to examine the impact of HIV/ AIDS on older caregivers – Zimbabwe case study. Genebra: Organização Mundial da Saúde. (no prelo)

OMS (2002a) Global Burden of Disease. Review. Genebra: Organização Mundial da Saúde. (a ser publicado)

OMS/INPEA (2002). Missing Voices: Views of Older Persons on Elder Abuse. OMS/NMH/ NPH/02.2 Genebra: Organização Mundial da Saúde.

WILKINSON, R.G. (996). Unhealthy Societies: The Affliction of Inequality. Londres: Routledge.

WILSON, D.H. et al. (999) “The epidemiology of hearing impairment in the Australian adult population.” Int J Epidemiol. 28:247-252

WOLF, D.A. (200) “Population change: friend or foe of the chronic care system”. Health Affairs Vol.20 (6) 28-42

Banco Mundial (999). Curbing the Epidemic: Governments and the Economics of Tobacco Control. Washington: Banco Mundial. Banco Mundial (200). Banco de Dados Indicadores do Desenvolvimento Mundial, Washington: Banco Mundial. http://

www.worldbank.org/data/wdi200/pdfs/tab2_ 6.pdf

YACH, D. (996) “Redefining the scope of public health beyond the year 2000”. Current Issues in Public Health, 2: 247-252.

Essa obra foi composta com as fontes Jenson e Cronos, impressa em papel couché brilho 230 gr./m² para a capa e papel offset 90 gr./m² para o miolo em sistema de impressão offset,

ENVELHECIMENTO

ATIVO: UMA POLÍTICA

Documentos relacionados