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Antes de iniciar o estudo, foi agendada uma reunião com os médicos ortopedistas da instituição para conhecimento do projeto e assinatura do Termo de Consentimento Livre Esclarecido consentindo o acompanhamento pela pesquisadora das suas cirurgias.

Duas acadêmicas de enfermagem foram treinadas pela pesquisadora para ajudar na coleta de dados, sendo orientadas em relação à forma correta do preenchimento do instrumento de coleta.

Para a vigilância do paciente cirúrgico foram elaborados três impressos pela pesquisadora, os instrumentos de coleta: a) ISC em pacientes submetidos à cirurgia ortopédica com implante - que foi utilizado para o registro das informações referentes ao pré, intra e pós-operatório do paciente (APÊNCICE C); b) o instrumento de coleta Ficha de notificação de ISC - que foi usado para a notificação da ISC (APÊNDICE D); c) e o roteiro para entrevista com o paciente por contato telefônico - que foi adotado para padronizar o contato telefônico entre a pesquisadora e o paciente (APÊNDICE E).

Diariamente, antes de se submeterem à cirurgia ortopédica com implante, os pacientes eram visitados pela pesquisadora ou pela acadêmica de enfermagem com o propósito de solicitar sua participação na pesquisa, esclarecer dúvidas, preencher o TCLE concordando em participar do estudo e iniciar o preenchimento do instrumento de coleta do APÊNDICE C, com informações referentes aos dados demográficos e epidemiológicos do paciente, história pregressa, endereço, telefones para contato.

A pesquisadora ou acadêmicas de enfermagem mantiveram-se na sala de cirurgia durante todo o procedimento, registrando no instrumento de coleta do APÊNDICE C as observações referentes ao procedimento cirúrgico.

Além das observações realizadas na sala de cirurgia, foram também registradas informações obtidas de relatos dos cirurgiões, da folha de sala cirúrgica, do prontuário do paciente e de resultados de exames laboratoriais.

No instrumento de coleta do APÊNDICE D foram registradas as informações referentes à identificação do paciente e do cirurgião, ao tipo de ISC, à data da ocorrência, se houve coleta de material para exame microbiológico, data da coleta, o tipo de microrganismo caso tenha sido isolado e o perfil de sensibilidade.

Dois profissionais de Controle de Infecção avaliaram os instrumentos de coleta do APÊNDICE C para validação das informações, garantindo a adequação destas à proposta do estudo.

Entre os 244 pacientes ortopédicos que se submeteram à cirurgia NHSN com implante no período entre maio e setembro de 2011, aplicou-se o instrumento de coleta de dados do APÊNDICE C. Após a análise dos critérios de inclusão e exclusão foram incluídos no estudo 222 pacientes e acompanhados no pré, trans e pós-operatório, durante 12 meses.

Os pacientes que se mantiveram internados por período superior a três dias foram monitorados pela pesquisadora para a presença de eventos infecciosos e não infecciosos na instituição.

Após a alta hospitalar, os seguimentos dos pacientes foram realizados por meio da vigilância por telefone nos períodos de um mês, dois meses, seis meses e um ano de pós- operatório.

O roteiro de entrevista que guiou a vigilância por telefone tinha como propósito padronizar o conteúdo das perguntas realizadas aos pacientes. Esse roteiro continha perguntas relacionadas às definições do critério diagnóstico para ISC do NHSN e incluía: os sinais e sintomas presentes na ferida operatória (calor, vermelhidão, inchaço, dor e desconforto, se as bordas da ferida se separaram ou abriram ou a existência de secreção purulenta), o uso de antibiótico para tratar infecção, a coleta de material para cultura, a reinternação em outro serviço ou no hospital em estudo. Também eram perguntados sobre a necessidade de realizar curativos no sítio operado e de buscar assistência médica mediante problemas com a ferida operatória ou outras intercorrências clínicas.

Essas informações foram analisadas considerando-se os critérios diagnósticos de ISC do NHSN para posterior notificação da presença de infecção.

Todas as ISCs notificadas pela pesquisadora foram avaliadas por uma enfermeira e uma médica infectologista especialistas em controle de infecção para a confirmação de ISC. Os casos de dúvidas foram discutidos com a pesquisadora, sempre se baseando nas definições dos critérios diagnósticos e nas classificações quanto aos tipos de infecções (superficial, profunda ou órgão/espaço).

Os pacientes foram orientados sobre o recebimento da ligação telefônica nos períodos estabelecidos, durante a visita pré-operatória e na ocasião da alta hospitalar. As ligações telefônicas foram feitas somente pela pesquisadora.

Pacientes que estavam sendo acompanhados no pós-alta e que se reinternaram no hospital em estudo foram acompanhados pela pesquisadora durante a reinternação para a verificação de eventos infecciosos ou não infecciosos.

Mesmo após o diagnóstico da ISC (ocorrência do evento), o acompanhamento do paciente foi mantido até o final dos 12 meses ou até a sua saída da pesquisa, seja por óbito ou perda, para a identificação de eventos adversos ocorridos durante esse período.

Os dados coletados foram analisados utilizando-se o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) 15,0 for Windows Evaluation Version. A máscara para a entrada de dados foi inicialmente construída no Programa Epi Info versão 3.5.3.

Após a entrada dos dados o arquivo foi exportado para o programa Excel e a seguir transformado em arquivo SPSS.

A digitação dos dados foi realizada somente pela pesquisadora e a consistência do banco foi feita ao longo do tempo. Para a análise univariada do conjunto de dados, algumas variáveis contínuas e categóricas já existentes foram dicotomizadas usando-se dados da literatura como base de referência ou as medidas de tendência como médias e medianas deste estudo (APÊNDICE F).