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Os dados analisados são basicamente todos considerados secundários, e parcela deles, como dados primários. Segundo Prado (2007, p. 61) “dados secundários são aqueles coletados pelo pesquisador em livros, manuais, relatórios, regulamentos, normas e demais documentos organizacionais referentes ao tema” e dados primários “são aqueles coletados através de questionários e entrevistas”. Neste estudo foi realizada a pesquisa documental. Os dados referentes a esta pesquisa foram obtidos através de pesquisa em documentos e atas constantes nos arquivos da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UFV, nas Secretarias dos Programas e nos Relatórios Oficiais da UFV e da CAPES.

Para descrever o mecanismo de funcionamento do PROF, os dados foram extraídos da Ata número 381, da reunião do dia 23 de abril de 2001, do Conselho Técnico de Pós-Graduação, que tinha como um dos objetivos definir parâmetros (Eficiência Acadêmica e a Produtividade Científica), as variáveis utilizadas como base para a distribuição, procedimento de cálculo e o mecanismo de implantação do PROF na UFV. A Ata consta das páginas 37 a 47 do livro de atas número 1, do ano de 2001, que está disponível no arquivo da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação – PPG/UFV.

Para gerenciar estas variáveis no cálculo da distribuição dos recursos do PROF, utilizou-se de uma Planilha – PPROF (anexo 1), elaborada e gerenciada pela Comissão de Planejamento e Gerência do PROF, calculada anualmente, contendo todas as informações referentes às variáveis fornecidas pelas coordenações dos programas. No período de 2005 a 2007, os dados concernentes aos programas atendidos pelo PROEX não constavam das planilhas PPROF, tendo sido levantados junto às coordenações dos quatro programas.

Os dados referentes à variável Produção Científica – PC foram obtidos nas referidas planilhas de cálculo do PROF – PPROF, para todos os anos, de 1998 a 2007. Ressalta-se que de 1998 a 2001 tais dados foram encontrados somente na forma consolidada, não tendo o detalhamento que permitisse analisar com mais

profundidade as variações e evoluções da produção científica, como é o caso dos anos de 2002 a 2007.

A Produção Científica é resultante do somatório das publicações de livros, capítulos de livros e artigos em periódicos. No caso de artigos em periódicos estes são classificados entre Nacional (A, B e C) e Internacional (A, B e C). As publicações em periódicos considerados internacionais geram o Índice de Fator de Impacto, que pode variar dependendo da sua importância.

O índice de Fator de Impacto Acumulado dos programas consta nas planilhas PPROF. São apurados e calculados pelos membros da CPG/PROF, tendo como base o Journal Citation Report – JCR.

Quanto ao Tempo Médio de Titulação – TMT, apesar de constar nas planilhas PPROF, para fins deste trabalho, os dados foram extraídos do Sistema Gestor de Pesquisa e Pós-Graduação – SGPPG, tendo em vista que para o cálculo do rateio na planilha PPROF, são excluídos os alunos com o TMT superior ao considerado ideal, ou seja, 24 meses para o M.Sc. e 48 meses para o D.Sc.

Os dados referentes ao número de alunos matriculados foram obtidos na Tabela 22 do Relatório Oficial da UFV disponível no site da UFV (www.cpd.ufv.br/relatorioufv), referentes aos anos de 1998 a 2007. Estes dados também constam das planilhas PPROF, porém com o expurgo dos alunos com o TMT acima do ideal.

Em relação aos Conceitos dos Programas para os triênios 1995/1997, 1998/2000, 2001/2003 e 2004/2006, os dados foram conseguidos na CAPES.

Os índices relativos foram extraídos das planilhas PPROF. Como existiam quatro programas (Fitotecnia, Fitopatologia, Genética e Melhoramento e Solos e Nutrição de Plantas) não participantes do rateio nos anos de 2005 a 2007, foi necessário recalcular tais índices com os dados fornecidos pelos programas atendidos pelo PROEX.

Visando complementar o trabalho, utilizou-se da aplicação de dois questionários para levantamento de dados primários. O primeiro questionário visou apurar respostas para o estudo de caso, ou seja, o porquê das variações de conceitos inversos dos programas de Entomologia e Fitotecnia nas três últimas avaliações da CAPES. O segundo questionário visou apurar a opinião dos coordenadores dos programas de pós-graduação em relação ao PROF.

O primeiro questionário foi encaminhado por via eletrônica aos coordenadores dos Programas de Entomologia e Fitotecnia. Constou de três perguntas, a fim de apurar justificativas para recebimentos de conceitos inversos por parte dos programas de Fitotecnia e Entomologia. A primeira pergunta vislumbrava apurar os motivos a que poderiam ser atribuídas as alterações dos conceitos dos programas perante a CAPES.

A segunda visou levantar as dificuldades por que passaram os programas nesse período em análise, e a terceira, identificar causas fundamentais que justificassem a variação dos conceitos.

Diante dos dados levantados em documentos e, após analisar as respostas dos questionários, houve por bem fazer a entrevista para perscrutar as respostas, de forma a complementar as informações geradas pelos coordenadores dos Programas de Entomologia e Fitotecnia.

Visando obter informações dos coordenadores de todos os Programas, e apurar a percepção destes em relação ao PROF, elaborou-se o segundo questionário que constou de nove perguntas. A primeira pergunta visou apurar a opinião dos coordenadores em relação ao PROF. A pergunta foi formulada adotando-se a escala

Likert com cinco opções variando entre ótimo, bom, regular, ruim e péssimo. Na segunda pergunta procurou-se comparar o atendimento do PROF com o DS/PROAP, dessa vez, com as opções melhor, igual ou pior, podendo o coordenador também marcar a opção “outra” utilizando-se de um espaço aberto para que pudesse explicitar seus motivos por esta opção. A terceira pergunta visou investigar se houve mudança na gestão financeira dos recursos, com opções de respostas sim ou não e com possibilidades de justificativas. A quarta pergunta, referente à gestão administrativa, era semelhante à terceira. A quinta pergunta objetivou registrar pontos positivos e negativos com relação às normas do PROF definidos pela CAPES. O mesmo visou a sexta questão, porém, referente às normas definidas na UFV. A pergunta de número sete buscou verificar se houve melhoria em termos de eficiência e qualidade dos programas como reflexo da gestão do PROF, podendo responder entre sim e não com espaço para justificativas. Na oitava, indagou-se sobre possíveis sugestões para alteração no modelo de gestão e nos critérios de distribuição de recursos, com opções entre sim e não e espaço para apresentá-las. A nona pergunta objetivou apurar dos coordenadores se a UFV deveria continuar no convênio PROF ou não, com opções entre sim e não e justificativas. E, por último, foi reservado um espaço para os coordenadores manifestarem sobre os pontos que não foram contemplados nas perguntas.

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