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4 MATERIAL E MÉTODOS

4.6 Coleta de dados

A coleta de dados ocorreu na própria escola, para facilitar a adesão dos adolescentes escolares, nos seguintes períodos: janeiro/2013, março e abril/2013, e, em junho de 2013. Devido à reposição de aulas nas férias em virtude de uma greve de professores, a escola continuou o semestre até janeiro de 2013, o que facilitou a coleta de dados.

Antes de iniciar a coleta de dados foram adotados os seguintes procedimentos: 1. Esclarecimento sobre o estudo à direção e aos professores da escola, e aos responsáveis legais dos adolescentes, separadamente, para explicar os objetivos e a metodologia do estudo, definição dos dias e horários para a execução da coleta de dados, e, solicitar a identificação dos adolescentes que possuíam algum critério que os excluísse do estudo. Na oportunidade todos foram convidados a participar do estudo diretamente como parceiros na construção da intervenção educativa, oportunizando a discussão sobre a problemática e sugestões, corroborando ao 1º e 2º pressupostos da CBPR, que se constituiu na escuta ativa, observação, registro de falas, partilha da tomada de decisões;

2. Negociação com os diretores da escola do espaço escolar para o desenvolvimento da intervenção educativa. Foi cedida uma sala de aula que poderia manter a estrutura e organização intactas durante os 60 dias de implementação da intervenção. A sala sugerida aos parceiros do estudo para o desenvolvimento da educação em saúde apresentou-se ampla, bem iluminada e ventilada, de fácil acesso e localização a todos os adolescentes participantes do estudo. Após esta apresentação optou-se pela sala sugerida, e, na mesma oportunidade foram definidas as reuniões entre os adolescentes multiplicadores, diretores e a pesquisadora para a estruturação e organização da intervenção;

3. Visita à Secretaria Municipal de Saúde do município de Imperatriz – MA, no setor do Projeto „Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE)‟, onde foram informados sobre a realização do estudo e convidados à parceria para a execução. A coordenação do SPE relatou imensa alegria com a proposta do estudo e se prontificou a apoiar no que fosse necessário; fez sugestões em relação à logística do espaço destinado à intervenção, e, forneceu materiais informativos (panfletos, folders, cartazes), materiais de papelaria (duas resmas de papel A4, oito pincéis atômicos de cores variadas, uma caixa de canetas, uma caixa de lápis com borrachas) e 600 preservativos masculinos 49 mm e 52 mm.

4. Determinação dos participantes elegíveis à pesquisa, alunos do 1º (A, B, C, D) e 2º (A, B, C) anos do ensino médio, de acordo com os critérios de inclusão e o tamanho da amostra. Os adolescentes selecionados foram convidados formalmente pela pesquisadora, pelos professores e adolescentes multiplicadores a participar do estudo. Na ocasião foi agendado o dia, horário e local para a aplicação do questionário pré teste.

A coleta dos dados foi constituída pelas seguintes etapas:

Na primeira etapa foi aplicado um pré-teste junto aos adolescentes elegíveis, para identificar o conhecimento sobre DST/HIV/AIDS, os comportamentos e as atitudes frente às práticas sexuais antes da participação na intervenção educativa, para permitir comparar com as respostas obtidas no pós teste ao término da intervenção.

Antes de aplicar o pré teste foram recolhidos os termos de consentimento livre e esclarecido (TCLE) assinados pelos responsáveis dos adolescentes. A pesquisadora não participou na aplicação do pré teste, a fim de evitar a manipulação dos dados.

O questionário pré teste foi auto-aplicado aos adolescentes, conduzido por cinco adolescentes multiplicadores, devidamente treinados para a coleta dos dados, oriundos da escola do estudo e colaboradores do SPE e do presente estudo. A coleta ocorreu em

dia e horário estipulado pela direção da escola, no auditório, para 250 adolescentes elegíveis, tendo a duração de 39 minutos. Os multiplicadores informaram sobre a necessidade do preenchimento total do questionário, da importância de fornecer informações verídicas e ratificaram sobre o sigilo das informações, não havendo necessidade de identificação do adolescente.

O pré teste foi respondido de forma escrita, a fim de evitar constrangimentos o que poderia inibir o adolescente a participar do estudo.

A segunda etapa foi constituída pela intervenção que aconteceu após a aplicação do pré teste e durou dois meses, em um espaço designado e preparado para educar em saúde, individualmente, os adolescentes, acerca de dúvidas, anseios sobre DST/HIV/AIDS, através de plantão educativo.

Os adolescentes foram informados quanto à necessidade de agendamento para o plantão no contra turno das aulas, a fim de facilitar o controle da sua assiduidade e para não prejudicar as atividades escolares. Para o agendamento os adolescentes forneceram dados para contato, tais como, número de telefone, email e nome na rede social Facebook®. Cerca de três dias antes do agendamento no plantão, o adolescente era contactado para definir qual o melhor dia e horário para a sua participação no plantão. O contato inicial dava-se inicialmente pelo Facebook®, e, quando sem êxito, por telefone.

Cada adolescente participou de pelo menos dois encontros no plantão educativo. No primeiro encontro discutiram-se as dúvidas do adolescente referentes à sua procura pelo plantão. O segundo encontro foi destinado para trabalhar os aspectos relacionados aos objetivos do estudo, com ênfase nos resultados obtidos pelo pré teste. O intervalo entre os dois encontros no plantão foi de um mês.

A terceira etapa foi constituída pela aplicação do pós teste, após o término da intervenção educativa, cuja finalidade foi avaliar a apropriação dos conhecimentos discutidos durante a intervenção e a prontidão para a conscientização e mudança de comportamento frente às DST/HIV/AIDS (PROCHASKA; DICLEMENTE, 1983). Trinta dias após o término da intervenção educativa com os adolescentes, estes foram novamente convidados para responder ao pós teste. Na oportunidade foi verificado se ainda persistia alguma dúvida, anseio ou questionamento quanto à temática de estudo (SILVA et al, 2009).

Os dados qualitativos foram obtidos através dos registros expressos por falas/depoimentos dos adolescentes e dos parceiros envolvidos, durante o processo de

planejamento, execução e avaliação do plantão educativo, os quais são destacados como forma de resultados no estudo.

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