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4. MATERIAL E MÉTODOS

4.6 Coleta de Dados

4.6.1. Entrevistas

Os dados socioeconômicos, demográficos e antropométricos foram obtidos por um único entrevistador, no período de julho de 2006 e agosto de 2008, e foram registrados em formulário próprio desenvolvido para a pesquisa (Anexo C).

4.6.2. Consulta aos Prontuários

Após a entrevista inicial, foi realizada a consulta aos prontuários médicos dos indivíduos para obter informações sobre história clínica (data da confirmação virológica da infecção, uso de antirretrovirais, data de início dos antirretrovirais, uso atual e tipos de antirretrovirais, data de início de uso do esquema atual antirretrovirais, diagnóstico de diabetes e de hipertensão) e resultados de exames laboratoriais (contagem de linfócitos T-CD4+, carga viral, proteínas totais e fracionadas, colesterol total, HDL colesterol, LDL colesterol e glicose sérica). Os resultados dos exames foram coletados entre aqueles realizados na data mais próxima de ingresso do paciente no estudo. Essas informações foram obtidas por único pesquisador, no período entre outubro de 2007 e dezembro de 2008, e registradas em formulário desenvolvido para a pesquisa (Anexo D).

4.6.3 Dados Antropométricos

Os dados antropométricos foram aferidos no momento da entrevista de acordo com os procedimentos padronizados pela Organização Mundial de Saúde (WHO, 1995).

Para a aferição da altura utilizou-se o estadiômetro da balança antropométrica

da marca “Filizzolla®”. Os indivíduos foram orientados a ficar descalços, com os pés

alinhados e calcanhares encostados na barra da escala de medida, eretos, olhando para frente. A barra horizontal foi abaixada até repousar no topo da cabeça e a leitura feita o mais próximo de 0,5 cm (WHO, 1995).

O peso corporal foi determinado em balança antropométrica da marca

“Filizzolla®” com capacidade pra 150 kg. Antes da aferição do peso, o indivíduo, sem

os sapatos e com o mínimo de roupa possível, foi orientado a se posicionar no centro da balança, com os braços na lateral do corpo, sem tocar na balança (WHO, 1995).

O Índice de Massa Corporal (IMC) foi calculado utilizando-se a equação: peso atual (kg)/altura2 (m). De acordo com o IMC, os indivíduos foram classificados em baixo peso (IMC <18,5 kg/m2), peso normal (IMC entre 18,5 e 24,99 kg/m2) e sobrepeso (IMC ≥25 kg/m2) (WHO, 1995).

As circunferências corporais foram obtidas utilizando fita métrica inextensível com o paciente em posição ereta com a planta do pé apoiada no solo.

A medida da circunferência da cintura foi aferida no ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca. Em indivíduos obesos, realizou-se a medida no menor diâmetro ou na cintura verdadeira (WHO, 1995).

A circunferência do braço foi medida no ponto médio do braço, localizado entre o processo acromial e o olécrano, com o braço estendido, sem comprimir os

tecidos (WHO, 1995).

A medida da circunferência da panturrilha foi aferida na maior circunferência da panturrilha. A fita foi utilizada para contornar a panturrilha, movendo-a de baixo para cima até localizar a maior circunferência, sem comprimir os tecidos (WHO, 1995).

A aferição das dobras cutâneas foi realizada com adipômetro da marca Cescorf® (sensibilidade de 0,1 mm, amplitude de leitura 88 mm, pressão 10g/mm²), seguindo os procedimentos da Organização Mundial de Saúde (WHO, 1995). Foram feitas três leituras de cada dobra cutânea, obtendo-se em seguida sua média aritmética. A aferição da dobra cutânea subescapular foi aferida obliquamente em relação ao eixo longitudinal, seguindo a orientação dos arcos costais, sendo localizada a dois centímetros abaixo do ângulo inferior da escápula. Em situações nas quais houve dificuldade em identificar o local, como nos indivíduos obesos, esta foi feita com o braço dobrado nas costas, na linha da cintura para que o local ficasse mais bem definido, (WHO, 1995).

A medida da dobra cutânea tricipital foi aferida na face posterior do braço, paralelamente ao eixo longitudinal, no ponto que compreende a metade da distância entre a borda súpero-lateral do acrômio e o olécrano (WHO, 1995).

A dobra cutânea bicipital foi aferida no sentido do eixo longitudinal do braço, na sua face anterior, no ponto de maior circunferência aparente do ventre muscular do bíceps (WHO, 1995).

A medida da dobra cutânea supra-ilíaca foi aferida obliquamente em relação ao eixo longitudinal, na metade da distância entre o último arco costal e a crista ilíaca, sobre a linha axilar medial (WHO, 1995).

cutâneas (tricipital, bicipital, subescapular e supra-ilíaca), utilizando-se as equações de Durnin & Womersley (1973).

4.6.5 Dados Laboratoriais

Os resultados dos exames de laboratórios foram obtidos nos prontuários médicos e referem-se aos exames de rotina realizados pelos pacientes. Os exames de contagem de linfócitos T-CD4+ e de carga viral foram realizados na Fundação Ezequiel Dias, laboratório oficial da rede de laboratórios do SUS, Belo Horizonte, Minas Gerais.

A contagem de linfócitos T-CD4+ foi realizada pelo método de citometria de fluxo. A carga viral foi determinada usando o teste Versant ® HIV 1 RNA 3.0 (bDNA) (Bayer®, Tarrytown, NY, USA), com limite de detecção de 50 copias/ml de plasma.

Os exames de glicose sérica, colesterol total e frações, proteínas totais, albumina, globulina e triglicerídeos séricos foram feitos no Laboratório de Análises Clínicas do Hospital Eduardo de Menezes. Todos os exames foram realizados após orientação para jejum de 12 horas.

Glicose plasmática, proteínas totais, albumina, colesterol total, HDL colesterol e triglicerídeos foram analisados enzimaticamente por método colorimétrico (Vitros Chemistry Products, Johnson & Johnson Clinical Diagnostics ®, Rochester, USA). A globulina foi obtida pela diferença entre proteínas totais e albumina. O LDL- colesterol foi estimado pela equação de Friedewald, quando os triglicerídeos foram menores do que 400 mg/dl: colesterol total = LDL-colesterol + (triglicerídeos/5 + HDL-colesterol).

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