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3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

3.3. COLETA DE DADOS

3.3.1. Procedimentos

Inicialmente, formulou-se o projeto de pesquisa, o qual foi apresentado ao Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto de Cardiologia de Santa Catarina, sendo aprovado sob o nº 025/2009(Anexo A).

Após a aprovação, selecionou-se a escola e estabeleceu-se contato com a direção e setor pedagógico, visando, mediante a apresentação da proposta de pesquisa, a autorização para o levantamento de dados entre os alunos.

Todos os procedimentos da pesquisa atenderam às recomendações descritas na literatura e não implicaram em qualquer risco ou prejuízo para os participantes. Casos particulares em que foram detectadas necessidades específicas foram comunicados à direção da escola e encaminhados aos responsáveis. Portanto, o estudo cumpriu as “Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos” (196/96) editadas pela Comissão Nacional de Saúde.

Os responsáveis pelas crianças convidadas a participar da pesquisa foram informados sobre o objetivo do atual estudo. Aqueles que concordaram, assinaram o “Termo de Consentimento Livre e Esclarecido”, necessário para a inclusão do aluno no presente estudo (Anexo B).

Posteriormente solicitou-se ao professor regente dos alunos que as avaliações fossem realizadas durante o período das aulas de Educação Física.

Foi aplicada uma bateria motora por vez para não fadigar as crianças e, desta forma, cada criança foi avaliada três vezes por três diferentes métodos. A primeira bateria aplicada foi a EDM de Rosa Neto (2002), no período de 31 de agosto a 02 de outubro. A segunda utilizada foi a MABC-2 de Henderson & Sugden (2007), no período de 08 de outubro a 11 de novembro. Por fim, no período de 18 de novembro a 04 de dezembro aplicou-se o TGMD-2 de Ulrich (2000).

As coletas foram realizadas três vezes por semana, nos períodos matutino e vespertino. Foram feitas, em média, 10 avaliações por dia, totalizando 516 avaliações motoras em 172 crianças. Cada bateria foi aplicada por inteiro, respeitando, criteriosamente, as normas estipuladas pelos autores.

A aplicação das baterias foi precedida pelo preenchimento das fichas individuais de controle de cada uma, composta pelos dados dos participantes (Anexo A, B, C). Esses dados foram obtidos mediante consulta à coordenação da escola, que forneceu a ficha de matrícula contendo o nome da criança das turmas 31 a 37, correspondentes à 3ª série e 41 a 47, referentes à 4ª série.

As coletas de dados foram iniciadas somente após o recebimento dos termos de consentimento e esclarecimento institucional assinado pelo diretor da escola, assim como de consentimento e participação das crianças, assinados pelos responsáveis. Os procedimentos de coleta foram realizados no espaço da própria

escola, sendo os dias e horários agendados com os alunos, professores e direção da mesma.

Os testes motores EDM e MABC-2 foram realizados em uma sala de aula ampla, arejada, clara, onde apenas o aluno e os avaliadores estavam presentes. O TGMD-2 foi aplicado na quadra da escola, espaço físico plano e aberto, o que possibilitou a filmagem do mesmo.

Para a otimização do processo de aplicação das baterias motoras, foram utilizadas as seguintes orientações:

 Antes dos testes, foram organizados todos os materiais necessários, assim como foi feita a demarcação da área do teste;

 Os dados referentes às informações gerais das fichas de avaliação de cada criança foram preenchidos antecipadamente;

 Além das duas tentativas que as crianças tiveram direito, cada criança teve uma tentativa de prática. Caso a criança demonstrasse não ter entendido corretamente, o avaliador fazia demonstração adicional, procedimento adotado na aplicação das três baterias motoras;

 Solicitou-se às crianças usarem roupas folgadas e tênis, sendo permitido serem avaliadas descalças;

 Houve tempo para que a criança descansasse entre a execução de uma tarefa e outra, quando o pesquisador achou necessário;

 Os horários para a realização dos testes não coincidiram com os horários do recreio ou das aulas de Educação Física das demais turmas, evitando assim possíveis distrações;

 As crianças foram orientadas a sempre esperar o sinal adequado para iniciarem os testes;

 As crianças tiveram um tempo para hidratar-se antes, durante e após a realização dos testes;

 Todas as avaliações motoras foram realizadas com a participação da pesquisadora responsável e três auxiliares, previamente capacitados, para evitar alterações na forma de aplicação das baterias ou diferenças na percepção quanto aos resultados;

 Os materiais utilizados na realização dos testes foram os indicados nos manuais de instrução das três baterias motoras;

 Na aplicação do teste TGMD-2, cada criança foi identificada por um número antes do início das filmagens, o que facilitou as análises das mesmas;

 As tarefas do TGMD-2 a serem realizadas pelas crianças foram demonstradas pelo avaliador de maneira precisa e no padrão correto, conforme consta em seu manual.

Ao final da pesquisa, foram entregues ao coordenador do ensino fundamental relatórios individuais dos alunos constando os resultados obtidos, os quais foram repassados aos professores no último conselho de classe do ano letivo de 2009.

3.3.2. Equipe Técnica

Participaram das coletas os bolsistas Kriscia Germano Fávero, Luiza Sagaz Magalhães e Marcio Asato sob a supervisão da pesquisadora responsável. Os

bolsistas são alunos colaboradores de iniciação à pesquisa do Laboratório de Gênero, Sexualidade e Corporeidade - LAGESC, graduandos de Educação Física do CEFID/UDESC. Os mesmos receberam capacitação específica em cada uma das baterias motoras adotadas no atual estudo ao longo do ano de 2009, pela própria pesquisadora e por assessoria externa da mestre em Ciências do Movimento Humano Samantha Sabbag, dos mestrandos Luciano Portes, Talita Miranda, Carla Simon Bernardi e da bolsista de iniciação à pesquisa Annelise do Vale Pereira de Oliveira.

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