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CAPÍTULO 5: Caracterização da palinoflora melitófila e catálogo polínico de espécies

2.2 Coleta do material botânico

2.2.1Amostragem das espécies de plantas para herborização

Foram amostradas espécies em quatro de cerrado sentido restrito, segundo a classificação proposta por Ribeiro & Walter (2008),

localizado na Fazenda Experimental Água Limpa da Universidade Federal de Uberlândia, no município de Uberlândia, MG, 19º05'48''S e 48º21'05''W.

Fazenda CampoAlegre, no município deAraguari, MG, 18º41'59''S e 48º06'22''W.

Reserva Vegetal do Clube Caça e Pesca Itororó (CCPIU), (18°60'S e 48°18'W), no município de Uberlândia-MG.

Estação Ecológica do Panga, na região sul do município de Uberlândia, MG, 19º11'10''S e 48º24'30”W.

Acoleta do material botânico foi feita mensalmente, no período de janeiro de 2006 a dezembro de 2007 em todas as áreas, por meio de caminhadas em transectos de 1000 x 10 m de cada lado, totalizando 2 ha para cada uma das áreas estudadas. Nesses transectos, foram amostradas, mensalmente, todas as espécies de plantas em floração durante os dois anos de estudo.

Foram coletadas espécies em floração ao longo de toda a estratificação vertical. Os estratos foram classificados segundo o hábito mais freqüente apresentado pelos indivíduos das populações, arbóreo, arbustivo, herbáceo ou liana. Para isso foram utilizados os parâmetros adotados por Bernacci & Leitão Filho (1996) e Rizzini & Rizzini (1983), com algumas modificações (Capítulo 2).

As espécies vegetais foram identificadas quando possível, ou coletadas e encaminhadas para especialistas. O material testemunho encontra-se depositado no do Instituto de Biologia da Universidade Federal de Uberlândia (HUFU). A nomenclatura botânica seguida foi a proposta peloAngiosperm Phylogeny Group (APG 2003). Para a identificação do material botânico amostrado foram consultados banco de dados sobre nomenclatura disponibilizada pela Flora Brasiliensis Cria (2008).

A determinação dos sistemas de polinização das plantas foi feita segundo informações obtidas através de dados disponíveis na literatura, mais geral, sobre as características florais (Faegri & Pijl 1979) ou mais específica sobre polinização, biologia floral, ecologia da polinização e/ou biologia reprodutiva das espécies de plantas encontradas (ve ).

de plantas fragmentos no Triângulo Mineiro. localizado na localizado na localizado na r Tabela 1 do Capítulo 2 Fragmento Fragmento in loco, Herbarium Uberlandense

Catálogo polín

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2.2.2Amostragem dos grãos de pólen e elaboração da Palinoteca

Foram coletadas anteras de flores de 169 espécies de plantas das 178 spp. amostradas nos transectos (Ver Capítulo 1). Para cada área, foram coletadas amostras de anteras de botões em pré-antese (n= 4) de pelo menos quatro indivíduos por população (área). Todas as anteras de todos os indivíduos amostrados foram homogeneizadas e fixadas em álcool 70%, por 24 horas, para posterior análise em laboratório (Salgado-Labouriau 1973, 2007). Após esse período, as anteras foram maceradas, centrifugadas e o material polínico acetolisado seguindo o método proposto por Erdtman (1960). Para cada espécie incluída neste estudo foram elaboradas três réplicas. As lâminas com o material polínico foram montadas utilizando gelatina glicerinada de Kisser (Salgado-Labouriau 1973), lutadas com parafina, etiquetadas e acondicionadas na Palinoteca do Laboratório de Morfologia Vegetal, Microscopia e Imagens (LAMOVI) do Instituto de Biologia da Universidade Federal de Uberlândia (Silva 2009).

As análises polínicas foram realizadas em microscópio Zeiss® Axiophot com aumento de até 2500x. Foram capturadas imagens dos grãos de pólen utilizando câmara digital acoplada ao microscópio. Estas imagens foram transferidas automaticamente para um computador para a mensuração dos grãos de pólen e anotadas as suas características morfológicas. As fotomicrografias estão dispostas no texto seguindo a ordem de vista polar (P), equatorial (E), detalhes da espessura e ornamentação da exina. Para cada espécie foram realizadas, pelo menos 20 medidas para os valores dos distintos diâmetros dos grãos (polar e equatorial) e no mínimo 10 para as demais medidas dos caracteres dos grãos de pólen avaliadas. Todas as medidas dos grãos e das estruturas associadas foram tomadas utilizando o programa software analySIS® 3.1 (Soft Imaging System GmbH, Münster, Germany) e são dadas em micrômetros (µm). As medidas estão apresentadas sempre em ordem de média (em negrito), desvio padrão e entre parênteses a amplitude do tamanho do grão de pólen.

As capturas de imagens para a mensuração dos grãos de pólen e as descrições polínicas foram feitas no departamento de Biología Vegetal y Ecología de la Universidad de Sevilla, España, com a colaboração do Dr. Pedro Luis Ortiz Ballesteros e Dra. MontserratArista Palmero.

Para a elaboração deste Catálogo Polínico as terminologías foram adapatadas à nomenclatura já publicada em português (Barth 1965, Salgado-Labouriau 1973, Melhem 1978, Barth & Melhem 1988, Melhem 2003) e em outros idiomas (Erdtman 1952, Moore & Weeb 1978, Valdés 1987, Punt

. 2007) com a colaboração da Dra. Soraia Girardi Bauermann do Laboratório de Palinologia da ULBRA - Canoas, RS, Brasil.

Amostras do material polínico apresentados neste estudo encontram-se depositadas também nas Palinotecas da Universidad de Sevilla, España e do Laboratório de Palinologia da ULBRA - Canoas, RS, Brasil. et al. et al. et al

Catálogo polín

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Todas as espécies que tiveram grãos de pólen incorporados na Palinoteca possuem exsicatas no HUFU onde consta na respectiva etiqueta o código da lâmina da palinoteca a qual pertence a referida espécie. Da mesma forma, em cada uma das lâminas é apresentado o número de registro da referida espécie no HUFU. Essa é uma forma segura de consultar as amostras de plantas, caso seja necessário em estudos futuros.

Nesse mesmo catálogo são apresentados dados sobre: família, espécie, nome vulgar, código da palinoteca, número de registro da espécie no HUFU, período de floração, hábito, características da flor como: sexualidade, unidade de atração, tamanho, forma/simetria, cor da flor, antese, tipo de deiscência da antera, ocorrência de odor e tipo de recursos florais disponibilizados.

Para cada item foram levadas em consideração as informações apresentadas abaixo:

refere-se aos meses de ocorrência de indivíduos em floração nas áreas estudadas.

arbóreo, arbustivo, herbáceo ou liana, os parâmetros adotados por Bernacci & Leitão Filho (1996) e Rizzini & Rizzini (1983), com algumas modificações (Ver Capítulo 1).

monóclina (andrógina ou hermafrodita) ou díclina (unisexuada; pistilada ou estaminada), segundo Souza (2003).

individual (quando a flor é a unidade de atração) ou agrupada (coletiva: quando muitas flores de uma mesma inflorescência são visitadas ao mesmo tempo, como por exemplo, ou mista: quando há várias flores em uma mesma inflorescência, mas não necessariamente o visitante explora todas durante o seu forrageio), segundo Barbosa 1997

para a caracterização do tamanho da flor, foram estabelecidas categorias segundo o diâmetro da corola da flor individual, como proposto por Dafni (2005). Neste estudo foram consideradas as seguintes categorias: < 0,5 cm = muito pequena, entre 0,6 a 2 cm = pequena, entre 2,1 a 4 cm = média, entre 4,1 a 6 cm = grande, > 6,1 cm = muito grande. Essas categorias foram dadas dentro da escala de tamanho das flores amostradas.

actinomorfa ou zigomorfa, segundo Souza (2003).

as cores são referentes às corolas e foram estabelecidas baseando-se na tabela utilizada por Barbosa & Sazima (2008).

diurna ou noturna.

longitudinal, poricida ou valvar segundo Souza (2003). odorífera ou não-odorífera.

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