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COMBATE AO TRÁFICO DE SERES HUMANOS EM PORTUGAL

9. APLICAÇÕES WEBGIS PARA O COMBATE AO FENÓMENO CRIMINAL

9.2. COMBATE AO TRÁFICO DE SERES HUMANOS EM PORTUGAL

O Observatório de Tráfico de Seres Humanos (OTSH), sediado na Direcção-Geral de Administração Interna (DGAI), Ministério da Administração Interna (MAI), tem vindo a desenvolver um conjunto de actividades que focam o combate ao tráfico de seres humanos. Esta é uma realidade com um impacte económico comparável ao do tráfico de armas e de droga. Portugal, efectivamente, não está isento desta realidade que acarreta um

conjunto de causas e consequências problemáticas, como por exemplo, o crime organizado, a exploração sexual e laboral, questões de género e de direitos humanos, entre outros.

Para a DGAI tentar combater ou, pelo menos, minimizar os efeitos latentes deste fenómeno tão expansivo na nossa sociedade, é prescindível ter-se um maior e melhor conhecimento sobre o mesmo. Mais conhecimento representa uma maior adequabilidade e coerência na adopção de medidas preventivas. Alguns exemplos de mecanismos de diagnóstico e apoio importantes são o sistema de sinalização, identificação e integração das vítimas e o sistema de monitorização, sem esquecer a importância do trabalho em rede. É devido a todos estes factores que o MAI-DGAI-OTSH desenvolveu uma aplicação de mapas na Internet para o combate ao tráfico de seres humanos em Portugal. Esta aplicação tem como objectivo servir de complemento ao observatório como uma ferramenta de apoio ao estudo do fenómeno. A aplicação permite detectar padrões espaciais desta realidade em Portugal, assim como melhor gerir as estatísticas territoriais. Dá a possibilidade também de registar e actualizar informação de carácter alfanumérica e espacial, tanto pelos Órgãos de Polícia Criminal (OPC), como por outros organismos / instituições que estejam relacionadas com o fenómeno do tráfico de seres humanos em Portugal.

Todas as aplicações desenvolvidas na DGAI permitem aceder a ficheiros de metainformação de todos os temas geográficos e alfanuméricos presentes em cada aplicação.

Os dados da presente aplicação encontram-se no sistema de referência WGS 1984, sendo os conteúdos de base é semelhantes aos da aplicação demonstrada anteriormente. Em termos funcionais, apresenta ferramentas de pesquisa e consulta por critério, impressão de resultados e registo diversificado.

IMAGEM 4: METAINFORMAÇÃO DAS APLICAÇÕES (OTSH)

Fonte:http://www.gis4security.info/otsh_opc/default.aspx (2010)

A presente aplicação disponibiliza ainda informação referente às rotas de tráfico de seres humanos, segundo o país de proveniência.

IMAGEM 5: ROTAS DE TRÁFICO DE SERES HUMANOS (OTSH)

Fonte:http://www.gis4security.info/otsh_opc/default.aspx (2010)

Relativamente à ferramenta de registo, esta possibilita, em tempo real, o preenchimento de ocorrências denunciadas aos OPC, acções desencadeadas, equipamentos susceptíveis de albergar vítimas de tráfico e recursos de apoio a vítimas. Assume-se como um meio que permite uma maior interacção e interoperabilidade entre as várias entidades de segurança e organizações no combate ao fenómeno. O registo deve ser efectuado a uma

escala micro, de forma a ter-se uma melhor percepção do território e permitir a análise numa escala micro.

IMAGEM 6: REGISTO DE RECURSOS (OTSH)

Fonte:http://www.gis4security.info/otsh_opc/default.aspx (2010)

Ao nível estatístico é possível consultar casos de tráfico de seres humanos por OPC, por género, por local de ocorrência, por idade, por motivo de contacto, por nacionalidade da vítima, entre outras variáveis. Esta ferramenta de estatística identificar os casos de vítimas sinalizadas, confirmadas, ou ambas, por unidade territorial, segundo a variável seleccionada. Permite ainda a detecção de padrões espaciais das variáveis referidas anteriormente.

IMAGEM 7: CONSULTA ESTATISTICA (ALC)

Fonte:http://www.gis4security.info/otsh_opc/default.aspx (2010)

Como já foi mencionado anteriormente, uma aplicação desta natureza não é mais do que uma plataforma de trabalho que se pretende colaborativa entre as Forças de Segurança e Instituições / Organizações de apoio à vítima de tráfico de seres humanos, com o intuito de minimizar e, se possível, combater de vez este fenómeno. É então uma aplicação de acesso via Internet alimentada de informação geográfica.

As funcionalidades da aplicação do OTSH dividem-se em três categorias distintas: visualização consulta e registo. Desta forma, a temática do tráfico de seres humanos está dividida em três plataformas de mapas na Internet, segundo o perfil de utilizador:

 OTSH – Público em Geral (plataforma aberta);

 OTSH_OPC – Órgão de Polícia Criminal (plataforma com segurança);

 OTSH_ONG – Organizações Não Governamentais e Instituições parceiras (plataforma com segurança).

O acesso é realizado através de um nome de utilizador e respectiva palavra-chave segundo o nível de acesso atribuído a cada utilizador.

IMAGEM 8: SEGURANÇA DE ACESSO A APLICAÇÕES DA DGAI

Fonte:http://www.gis4security.info/ (2010)

Em resumo, a presente aplicação permite efectuar pesquisas de localização de equipamentos e áreas por temática especificada, segundo as diferentes unidades territoriais: área administrativa, estatística, policial, judicial, saúde e ensino, bem como as rotas das vítimas até a sua chegada a Portugal. Permite ainda realizar consultas estatísticas de casos de vítimas segundo a área geográfica e uma variável independente (nacionalidade, motivo de contacto, idade, OPC, entre outras) e, detecção de padrões espaciais por variável independente. Está capacitada para gerar representações cartográficas de qualquer pesquisa ou resultado solicitado. Por fim, permite o registo de novos casos de vítimas de tráfico de seres humanos; registo de equipamentos de apoio, equipamentos de diversão nocturna e acções de sensibilização do fenómeno, sendo esta uma das grandes novidades no que concerne a aplicações de mapas na Internet dedicadas ao fenómeno criminal.

9.3COMBATEÀVIOLÊNCIADOMÉSTICANAREGIÃOAUTÓNOMADOS