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crime de frustração de direito assegurado por lei trabalhista, sobre o qual incidirá, ainda, causa especial de aumento de pena.

642. (CESPE / Procurador - PM - Rio Branco / 2007) Caso um fazendeiro dispense aos seus empregados tratamento violento, ofereça-lhes condições precárias de trabalho, retenha-ofereça-lhes salário e documentos pessoais e ainda lhes cerceie a liberdade de locomoção, fica configurado crime de redução de trabalhador à condição análoga à de escravo, o qual se inclui no rol dos crimes contra a organização do trabalho.

643. (CESPE / Procurador - PM - Rio Branco / 2007) Quando realizado sem a cobrança de qualquer quantia, o aliciamento de trabalhadores, com a finalidade de levá-los de uma localidade para outra do território nacional, não configura ilícito penal.

644. (CESPE / Procurador - PM - Rio Branco / 2007) Comete o crime de atentado contra a liberdade de associação o sindicalista que, mediante a ameaça de interferir no contrato de trabalho do empregado, prometa conseguir a sua demissão, caso este não se associe ao sindicato da classe.

Gabaritos – Capítulo 11

637 E 641 C 638 E 642 E 639 C 643 E 640 E 644 C

Comentários – Capítulo 11

637. Errado. O exemplo da questão aponta para o crime de invasão de estabelecimento industrial, comercial ou agrícola, preceituado no art. 202 do Código Penal. O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, funcionário do estabelecimento ou terceiro. É necessário uma finalidade

especial, constituída pela vontade de impedir ou embaraçar o curso normal do trabalho. A consumação do crime acontece com a efetiva ocupação do estabelecimento de trabalho, sendo considerado crime formal.

638. Errado. O titular do direito que foi frustrado, seja ele empregado ou empregador, é realmente o sujeito passivo do referido crime, esculpido no art. 203 do CP. O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, pois se trata de crime comum. No entanto, a consumação se dá com a efetiva frustração do direito assegurado por lei trabalhista. O meio utilizado é a fraude ou violência, não existindo previsão legal de grave ameaça, motivo que invalida a questão.

639. Correto. O crime de paralisação de trabalho de interesse coletivo encontra-se no art. 201 do CP. Tem como sujeito ativo qualquer pessoa e como sujeito passivo a coletividade. É necessário uma finalidade específica, traduzindo-se pelo objetivo de participar de suspensão ou abandono coletivo de trabalho para interromper obra pública ou serviço de interesse coletivo. O tipo penal não admite a modalidade culposa; logo, Rodolfo só responderá se agir dolosamente.

640. Errado. Para que se configure coletivo o abandono do trabalho é indispensável o concurso de, pelo menos, três empregados, de acordo com o parágrafo único do art. 200 do Código Penal. O crime de atentado contra a liberdade do trabalho, art. 197 do CP, é o que acontece no exemplo da questão.

641. Correto. A questão coloca em evidência o art. 203 do CP, frustração de direito assegurado por lei trabalhista. Em seu §2°, o tipo penal traz uma causa especial de aumento de pena, majorada de um sexto a um terço se a vítima for menor de dezoito anos, idosa, gestante, indígena ou portadora de doença física ou mental. É a preocupação do legislador em elevar a pena devido a maior reprovabilidade da conduta. 642. Errado. O crime de redução de trabalhador à condição análoga à de escravo, art. 149, encontra-se no rol dos crimes contra a pessoa e não dos crimes contra a organização do trabalho, conforme afirma a questão. 643. Errado. Está tipificado no art. 207 do CP o crime de aliciamento de trabalhadores, com a finalidade de levá-los de uma localidade para outra do território nacional. Aliciar significa recrutar ou atrair e a conduta deve ser dirigida a um grande número de trabalhadores. É um crime formal, não necessitando do resultado naturalístico. O legislador tenta proteger o

Estado de êxodos internos no intuito de diminuir a desigualdade entre as regiões do território nacional.

644. Correto. Preceitua o art. 199 do CP que é crime constranger alguém a participar ou deixar de participar de determinado sindicato ou associação profissional mediante violência ou grave ameaça. É o que acontece no exemplo mencionado, consumando-se o crime quando a vítima, efetivamente, associa-se ou filia-se a determinado sindicato ou associação contra sua vontade.

Capítulo 12 – Dos Crimes Contra a

Dignidade Sexual

645. (CESPE / Promotor de Justiça - MPE - ES / 2010) No ordenamento jurídico brasileiro, apenas o homem pode ser autor do delito de estupro; a mulher pode apenas ser participe de tal crime, uma vez que, biologicamente, não pode ter conjunção carnal com outra mulher.

646. (CESPE / Promotor de Justiça - MPE - ES / 2010) Túlio praticou ato libidinoso, ao tocar os seios de Cida, e, nesse momento, decidiu estuprá-la. Túlio acabou, então, consumando ambas as condutas contra a mesma vítima e no mesmo contexto. Nessa situação hipotética, Túlio deverá responder pelos crimes de estupro e atentado violento ao pudor em continuidade delitiva.

647. (CESPE / Escrivão - PC - PB / 2009) Uma garota de programa que, além da prostituição, exerce outra profissão em estabelecimento comercial não pode ser vítima do delito de assédio sexual nesse estabelecimento, pois a norma penal não a protege.

648. (CESPE / Defensor – DPE – PI / 2009) Considere a seguinte situação hipotética. Antônio convidou Bruna, 25 anos de idade, para ir a uma festa. De forma dissimulada, Antônio colocou determinada substância na bebida de Bruna, que, após alguns minutos, ficou totalmente alucinada. Aproveitando-se do estado momentâneo de Bruna, que não poderia oferecer resistência, Antônio levou-a para o estacionamento da festa, onde com ela manteve conjunção carnal. Passado o efeito da substância, Bruna de nada se lembrava. Nessa situação, Antônio praticou o delito de estupro comum, e não o de estupro de vulnerável.

649. (CESPE / Delegado - PC - PB / 2009) Tratando-se de crimes de mera conduta, o estupro e o atentado violento ao pudor inadmitem a modalidade tentada.

650. (CESPE / Defensor – DPE – PI / 2009) A mulher pode ser coautora do delito de estupro.

651. (CESPE / Agente - PC - RN / 2009) No crime de estupro, somente o homem pode ser sujeito ativo, enquanto o homem e a mulher podem ser sujeitos passivos.

652. (CESPE / Agente - PC - RN / 2009) No crime de atentado violento ao pudor, tanto o homem quanto a mulher podem ser sujeitos ativo e passivo.

653. (CESPE / Agente - PC - RN / 2009) Nos crimes contra a liberdade sexual, a lei presume a violência se na data do fato, a vítima era maior de 18 anos de idade e não pôde oferecer resistência porque estava anestesiada.

654. (CESPE / Delegado - PC - PB / 2009) Ocorre o assédio sexual quid

pro quo quando, independentemente de superioridade hierárquica, ocorre

o assédio no ambiente de trabalho.

655. (CESPE / Advogado - SGA - AC / 2008) Para a caracterização do crime de assédio sexual, não é necessário que o sujeito ativo tenha a condição de superior hierárquico ou a de ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função, bastando que seja colega de trabalho da vítima.

656. (CESPE / Advogado - SGA - AC / 2008) O crime de posse sexual mediante fraude somente se consuma com uma qualidade especial do sujeito passivo, visto que a vítima deve ser qualificada como mulher honesta.

657. (CESPE / Juiz - TO / 2007) O crime de corrupção de menores, previsto no art. 218 do Código Penal, é delito material, isto é, exige resultado naturalístico para a sua consumação.

658. (CESPE / Juiz - TO / 2007) No crime de assédio sexual, apenas pode ser sujeito ativo pessoa que seja superior hierárquico ou que tenha ascendência, inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função, sobre o sujeito passivo.

659. (CESPE / OAB - PE / 2006) A conduta de constranger alguém com o intuito de obter favorecimento sexual, aproveitando-se o agente da sua

condição de superior hierárquico ou ascendência inerente ao exercício do emprego, corresponde ao delito de constrangimento ilegal.

660. (CESPE / OAB - PE / 2006) No crime de estupro, a pena será aumentada se o agente possuir relação de parentesco ou autoridade com a vítima.

661. (CESPE / Promotor – MPE – TO / 2006) Petrônio ministrou determinada substância entorpecente a Teresa, que contava com dezenove anos de idade, contra a vontade da jovem. Em seguida, aproveitando-se da situação em que a vítima se encontrava, manteve com ela conjunção carnal, sem violência ou grave ameaça. Nessa situação, em relação ao crime contra os costumes, Petrônio praticou crime de estupro com violência presumida.