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"... a natureza do todo é sempre diferente da mera soma de suas partes ..." (CAPRA 1982, p.260)

A visão de corporeidade e movimento deve ser unificada, um todo, é pensar em unidade e não na dualidade, que implicaria numa redução do sujeito a regras, a gestos mecânicos inibidores da ação criativa dos movimentos corporais. Certamente, esses gestos mecânicos assemelham-se a máquinas, que são construídas para atividades já determinadas por sua estrutura, e no corpo as atividades são determinadas pelo processo. Esse ponto de vista, segundo CAPRA (1983), é uma visão de mundo holística, que enfatiza o todo em vez das partes. No qual, prefere chamar de visão ecológica de mundo, no sentido mais amplo e profundo do que geralmente empregado.

Pensar no processo, no corpo sujeito, nas palavras de CAPRA (1982), é vê a concepção sistêmica do mundo de forma integrada, onde as propriedades não podem ser dissecadas, porque se assim for, as propriedades sistêmicas são destruídas em elementos isolados. MERLEAU-PONTY (1999, p.135), comunga com esse pensamento, quando relata que: "Quando digo que meu corpo é sempre percebido por mim, essas palavras não devem então ser entendidas em um sentido simplesmente estatístico e deve haver na apresentação do corpo próprio algo que torne impensável sua ausência ou mesmo sua variação".

Com base nas fitas analisadas não se pode ter um conhecimento corporal, quando se trata o corpo como objeto manipulável. A recomendação se dá no sentido de uma aula que reconheça o corpo como sujeito de sua própria vivência cotidiana, com aulas prazerosas. Usando a mídia-fita juntamente com o professor utilizando uma metodologia adequada nas vídeo-aulas, que não seja a de

reproduzir, mas construir o movimento de forma sensível na tentativa de resgatar o humano do homem. É este o desafio!

A sugestão para futuros trabalhos se faz ao analisar as aulas presenciais em ginástica de academias, no sentido de como são realizadas metodologicamente para construir o conhecimento corporal de sua clientela.

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