3. Corregedoria Nacional do Ministério Público
4.7 Comissão de Defesa dos Direitos Fundamentais
O Plenário do CNMP instituiu, por meio da Emenda Regimental nº 06, a Comissão de Acompanhamento da Atuação do Ministério Público na Defesa dos Direitos Fundamentais (CDDF), com o objetivo de contribuir para o fortalecimento do Ministério Público brasileiro, estimulando o exercício das atribuições institucionais atinentes à defesa dos direitos fundamentais difusos, coletivos e sociais, em coerência com as diversas previsões constitucionais e legais que conferem ao órgão o poder-dever de atuar como agente de transformação da realidade social.
A Comissão de Defesa dos Direitos Fundamentais possui quatro objetivos gerais: 1) fomentar o aprimoramento da atuação extrajudicial do MP na defesa dos direitos fundamentais e sua interação com os movimentos sociais; 2) estimular e promover a difusão e a inovação do conhecimento transdisciplinar sobre a atuação do MP na defesa dos direitos fundamentais; 3) contribuir para a formação de bancos de dados sobre a atuação do MP na defesa dos direitos fundamentais e sua análise qualitativa permanente; e 4) promover o conhecimento e estimular o exercício dos direitos fundamentais pelos cidadãos.
47/63 Principais realizações:
– Realizou reuniões presenciais com os Grupos de Trabalho (GTs) e Fóruns de Discussão, a saber: Fórum Nacional de Saúde; Fórum Nacional de Combate à Corrupção; Fórum Nacional de Recursos Hídricos; Grupo de Trabalho Enfrentamento ao Racismo e Respeito à Diversidade Ética e Cultural; Grupo de Trabalho Pessoas em Situação de Rua, Desaparecidas e Submetidas ao Tráfico e Catadores de Material Reciclado; Grupo de Trabalho Combate à Violência Doméstica e Defesa dos Direitos Sexuais e Reprodutivos; Grupo de Trabalho Direitos da Pessoa com Deficiência; Grupo de Trabalho de Defesa da Educação e Grupo de Trabalho de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa e Grupo de Trabalho de Defesa do Consumidor;
– Apresentou ao Plenário do CNMP a proposta de resolução que dispõe sobre a atuação dos membros do Ministério Público na defesa dos direitos fundamentais das pessoas idosas residentes em instituições de longa permanência e dá outras providências (Processo nº 1.00184/2016-91);
– Apresentou ao Plenário do CNMP a proposta de resolução que dispõe sobre a obrigatoriedade e uniformização das inspeções em unidades e equipamentos que executam serviços socioassistenciais destinados a pessoas em situação de rua pelos membros do Ministério Público (Processo nº 1.00183/2016-38);
– Encaminhou proposta de nota técnica ao Plenário do CNMP sobre o Projeto de Lei nº 5069/2013, que dificulta o aborto legal nos casos de estupro, uma vez que condiciona a interrupção da gravidez à realização de exame de corpo de delito e comunicação do fato criminoso à autoridade policial; – Publicou, em 13 de maio de 2016, o “Roteiro de Atuação do Ministério Público – Estado Laico e Ensino Religioso nas Escolas Públicas”, com o objetivo de fornecer subsídios para auxiliar os membros do Ministério Público brasileiro a defenderem o Estado Laico, tendo em vista as recorrentes violações à CF/88 praticadas no sistema de ensino público do País;
– Publicou, em 13 de abril de 2016, o guia de atuação ministerial, com o título: “O Ministério Público e a Igualdade Étnico-Racial na Educação”. O Guia trata da implementação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação alterada pela Lei nº 10.639/2003, norma que inclui no currículo oficial a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”;
– Realizou, em 18 de abril de 2016, na sede do CNMP, em Brasília-DF, audiência pública sobre o custeio constitucionalmente adequado da educação e da saúde e o papel do Ministério Público diante da crise fiscal e da necessidade de equilíbrio federativo;
– Realizou, 11 de maio de 2016, na sede do CNMP, em Brasília-DF, seminário sobre o enfrentamento ao racismo. O evento teve por objetivo de sensibilizar Membros e servidores do Ministério Público brasileiro para uma atuação mais proativa, preventiva, efetiva e resolutiva no enfrentamento ao racismo;
– Apresentou ao Plenário do CNMP proposta de recomendação que dispõe sobre atuação do Ministério Público no controle do dever de gasto mínimo em educação (Processo nº 1.00413/2016- 22);
– Apresentou ao Plenário do CNMP proposta de recomendação que dispõe sobre atuação do Ministério Público no controle do dever de gasto mínimo em saúde (Processo nº 1.00415/2016-30); – Apresentou ao Plenário do CNMP proposta de recomendação que dispõe sobre a criação de estruturas especializadas no Ministério Público para a otimização do enfrentamento à corrupção, com
48/63 atribuição cível e criminal (Processo nº 1.00416/2016-93);
– Apresentou ao Plenário do CNMP proposta de recomendação que dispõe sobre a criação de órgãos especializados na promoção da igualdade étnico-racial, a inclusão do tema em editais de concursos e o incentivo à formação inicial e continuada sobre o assunto (Processo nº 1.00417/2016-47);
– Apresentou ao Plenário do CNMP proposta de recomendação que dispõe sobre a necessidade de garantir fiel observância e concretização do princípio constitucional do estado laico no exercício das funções executiva, legislativa e judiciária do estado brasileiro, inclusive com a adoção de políticas públicas que reforcem a neutralidade estatal em sua atuação diante de questões religiosas e filosóficas (Processo nº 1.00487/2016-69);
– Apresentou ao Plenário do CNMP proposta de nota técnica que dispõe sobre as audiências de custódia em caso de violência doméstica;
– Organizou as salas “educação de qualidade para todas e todos” e “saúde de qualidade para todas e todos”, por ocasião do 7º Congresso Brasileiro de Gestão do Ministério Público, em setembro de 2016;
– Realizou, em 17 de novembro de 2016, na sede do CNMP, em Brasília-DF, audiência pública sobre a atuação do Ministério Público na discussão da reforma da política de drogas no Brasil;
– Realizou, nos dias 1 e 2 de dezembro de 2016, na sede do CNMP, em Brasília-DF, Ação Nacional de promoção da igualdade, com o objetivo de discutir a atuação do MP na defesa das minorias e das populações vulneráveis, identificar os aspectos transversais desafiadores relacionados e elaborar um plano de ação;
– Publicou o “Manual de Atuação Funcional: O Ministério Público na Fiscalização das Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs)”. A publicação objetiva sistematizar a atuação do Promotor de Justiça na fiscalização das ILPIs, bem como sugerir modelos de peças processuais; – Publicou a cartilha “Assédio Moral e Sexual: Previna-se”, com o objetivo de oferecer informações que possibilitem a identificação de situações que caracterizam o assédio moral e sexual no ambiente de trabalho, bem como as providências cabíveis para garantir a proteção da vítima e a responsabilização do assediador.
4.7.1 Núcleo de Atuação Especial em Acessibilidade
O Núcleo de Atuação Especial em Acessibilidade (Neace) é vinculado à Comissão de Defesa dos Direitos Fundamentais e tem por objetivo acompanhar o cumprimento pelo Ministério Público brasileiro dos termos da Resolução CNMP nº 81 do CNMP, adotando as providências necessárias para tanto. Essa Resolução orienta e determina a implementação da acessibilidade em todas as unidades do Ministério Público brasileiro de acordo com as normas constitucionais e legais (Leis nº 10.048, de 8 de novembro de 2000, e nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000; Decretos nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999, e nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004), além da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, internalizados com equivalência de emenda constitucional pelo Decreto Legislativo nº 186, de 9 de julho de 2008, e Decreto nº 6.949, de 25 de agosto de 2009.
49/63 Principais realizações:
– Continuou o projeto “Todos juntos por um Brasil mais acessível”. Nesta atividade foram realizados 02 (dois) encontros (MPDFT e MP/PA) e 01 (um) acordo de cooperação com o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU-BR), com a expedição de 143 (cento e quarenta e três) certificados aos multiplicadores;
– Edição, com revisão e atualização, de 02 (duas) cartilhas: 1) Tomada de Decisão Apoiada e Curatela (Fotonovela), versão simplificada para pessoas com deficiência intelectual, com tiragem e distribuição de 1500 (mil e quinhentos) exemplares; e 2) Tomada de Decisão Apoiada e Curatela – Medidas de apoio previstas na Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, com tiragem e distribuição de 5000 (cinco mil) exemplares;
– Realizou termo de adesão de 04 (quatro) unidades ministeriais (MP/AC, MP/CE, MP/PR e MP/PB) ao Acordo de Cooperação realizado entre o CNMP e Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA);
– Editou o “Guia de Atuação do Ministério Público - Pessoa com Deficiência”, em versão digital, que foi disponibilizado no sítio do CNMP na internet;
– Analisou 186 (cento e oitenta e seis) procedimentos, levados a julgamento no Plenário do CNMP pelo Presidente da CDDF, nos quais se aferiu o cumprimento da Resolução n. 81 do CNMP, pelas Unidades do Ministérios Públicos.
4.8 Comissão Temporária de Preservação da Memória Institucional do Ministério Público