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Comissões de avaliação externa

3.3 Procedimentos metodológicos da avaliação

3.3.2 Avaliação Externa organizada da Conaes

3.3.2.1 Comissões de avaliação externa

As Comissões de Avaliação Externa serão constituídas pela Conaes para cada instituição/área/curso, variando o formato e o número de membros, conforme os perfis institucionais. Para uma instituição com-plexa, é recomendável a constituição de várias comissões, atendido o critério de áreas de conhecimento. Para instituições de pouca complexi-dade, poderá ser suficiente uma ou duas comissões, a critério da Conaes.

As Comissões devem orientar suas atividades pelos critérios es-tabelecidos pelo Sinaes. Assim, é imprescindível que sigam os lineamen-tos comuns e estejam acordadas com os objetivos gerais desse sistema, levando em conta as funções articuladas de regulação e avaliação educativa.

Os procedimentos metodológicos da avaliação externa de-vem conter uma boa margem de liberdade. Entretanto, para garantir uma certa coerência no desenho global da avaliação, é importante as-segurar alguns pontos, como os seguintes:

a) análise crítica dos relatórios e materiais produzidos na auto-avaliação e demais documentos da instituição que tenham interesse para a avaliação institucional. Esses materiais devem estar disponíveis pelo menos um mês antes da visita dos avaliadores externos;

b) análise das principais instalações da IES, das faculdades e órgãos (laboratórios, bibliotecas, salas de aula, hospitais, departamen-tos, seções administrativas, campos experimentais, áreas de lazer, res-taurantes, etc.);

c) entrevistas com autoridades, conselhos, professores de dis-tintas categorias, diretores, coordenadores, estudantes, técnicos, ex-alu-nos, empregadores, setores da população mais envolvidos e outros, a critério dos avaliadores externos;

d) elaboração de um relatório, contendo as principais ideias que obtiveram acordo entre os membros da comissão externa. A redação final e definitiva do relatório da comissão externa deve ser feita em um tempo máximo de um mês após a visita. Esse relatório deve conter os juízos de valor a respeito das atividades e condições reais de trabalho da IES/faculdade/área/curso e as propostas e sugestões para a superação das dificuldades e fragilidades institucionais. Não deve apresentar somente uma visão descritiva da situação avaliada; deve oferecer também uma pauta de políticas para a transformação da instituição. Ao final da visita, a Comissão externa discutirá com os membros da comunidade interna e externa as linhas gerais de suas observações; e

e) o envio do relatório para a Conaes, contendo análise detalha-da e fundetalha-damentadetalha-da detalha-da instituição/área/curso em todetalha-das as dimensões ava-liadas e indicando explicitamente as recomendações a serem encami-nhadas aos órgãos superiores pertinentes, relativamente a ações de su-pervisão e regulação, quando e conforme couberem. Esse relatório de-sempenha um papel de grande importância: não só fornece as bases para informação da população, como também assessora o MEC e suas diver-sas instâncias (CNE, SESu, Inep, Capes e Semtec) relativamente às fun-ções de supervisão, regulação e demais políticas de Educação Superior.

Os relatórios das comissões externas constituídas pela Conaes, tendo por base a análise do relatório da instituição avaliada e demais documentos disponibilizados e as visitas e entrevistas in loco, devem ser dossiês completos e detalhados, para efetivamente

servirem aos principais interessados: a população, o MEC, a IES e a comunidade acadêmica e científica em geral. Os relatórios devem conter necessariamente uma análise dos pontos fortes, das principais carênci-as e também dcarênci-as possibilidades e potencialidades da instituição. Deve-rão fazer recomendações explícitas às próprias instituições e aos órgãos do MEC, responsáveis pela consolidação do sistema de Educação Supe-rior e por processos de regulação e de avaliação (CNE, SESu, Inep, Capes e Semtec). Os relatórios deverão conter recomendações explícitas para o aperfeiçoamento institucional e também apresentar pareceres precisos a respeito das matérias de regulação, como nos casos de reconhecimento, credenciamento, recredenciamento, transformação, etc. Se detectados aspectos que mereçam uma atenção especial, por exemplo, em um cur-so, seja por questões negativas ou excepcionalmente positivas, deve ser sugerida a constituição de uma outra comissão específica (ou mais de uma) para visita e análise detalhada do curso identificado.

Após a aceitação formal dos relatórios pela Conaes, eles serão encaminhados às instâncias competentes do MEC, conforme o caso, e às instituições concernidas. A Conaes divulgará à sociedade, pelo Ca-dastro das Instituições e por outros meios que julgar apropriados, as sínteses consolidadas do processo global realizado no âmbito do Sinaes.

Os relatórios finais das comissões externas serão encaminha-dos às IES para conhecimento. Estas poderão manifestar-se sobre o pro-cesso e os relatórios dentro do prazo de 30 dias. Esta manifestação será apreciada pela Conaes, que definirá o encaminhamento final para o MEC.

A avaliação externa, coordenada pela Conaes com a participa-ção efetiva da comunidade acadêmica, é também um importante ins-trumento cognitivo, crítico e organizador, juntamente e coerentemente com a autoavaliação. Ela exige a organização, a sistematização e o inter-relacionamento do conjunto de informações, de dados quantitativos, de juízos de valor sobre a qualidade das práticas e da produção teórica de toda a instituição que está sendo avaliada. Por isso, as ações combi-nadas de avaliação interna e externa são processos importantes de dis-cussão e de reflexão sobre os grandes temas de política pedagógica, científica e tecnológica. São igualmente fundamentais para a tomada de decisão com vistas ao fortalecimento e ao redirecionamento de ações relativas à autoregulação e à regulação estatal.

Com efeito, as comissões externas de avaliação, constituídas pela Conaes, têm uma função fundamental para a regulação do sistema.

Elas é que emitirão os pareceres que servirão de base para as decisões sobre autorização, reconhecimento, credenciamento, recredenciamento, transformação, etc., bem como as informações que constituirão fontes importantes dos relatórios e resultados a serem consolidados pela Conaes e divulgados à população em geral. Por isso, as comissões ex-ternas devem avaliar o conjunto de análises, estudos, pesquisas, dis-cussões, informações, instalações, recursos humanos e materiais, ele-mentos quantitativos e qualitativos de cada área, faculdade, departa-mento e curso, conforme o perfil institucional, em seus aspectos parti-culares e específicos, porém sempre relacionados com as estruturas acadêmico-científicas e administrativas mais amplas da IES, para ofe-recer informações e paofe-receres detalhados e bem fundamentados.

A atenção deve voltar-se para cada parte especificamente; po-rém, também, para a relação dessa parte com a totalidade. Nesse sentido, é imprescindível que as comissões externas mantenham um forte senti-do de interdisciplinaridade e de amplo conhecimento senti-dos problemas de Educação Superior. Suas recomendações devem ser consideradas pelas IES e pelo MEC, no que respectivamente couber. Portanto, devem conter uma ampla visão descritiva da situação avaliada e sugerir uma pauta de políticas para a melhoria da instituição e do sistema.

3.3.2.2 Continuidade do processo: novo ciclo de avaliação