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prática clínica

13. Comissões Técnicas

As Comissões Técnicas são órgãos consultivos responsáveis pela implementação de regras e procedimentos na utilização de medicamentos e produtos farmacêuticos. Emitem pareceres elaboram protocolos a ser seguidos pelas instituições. O farmacêutico, além das funções desempenhadas diariamente nos Serviços Farmacêuticos, pode integrar Comissões Técnicas hospitalares como a Comissão de Farmácia e Terapêutica, a Comissão de Controlo de Infeção Hospitalar e a Comissão de Ética.

A Comissão de Farmácia e Terapêutica tem a seu cargo toda a política de dispensa de medicamentos. Compete-lhe o dever de promover a educação e atualização de todos os profissionais de saúde em relação ao uso racional do medicamento. Cabe-lhe, ainda, a

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aprovação de protocolos de tratamento elaborados pelos diferentes serviços clínicos e o estabelecimento de critérios de obtenção de medicamentos que não constem nos padrões da instituição. A composição e o modo de funcionamento da Comissão de Farmácia e Terapêutica estão regulamentados no Decreto Regulamentar nº3/88, de 22 de Janeiro.20

A Comissão de Controlo de Infeção Hospitalar tem como objetivo a definição das linhas orientadoras da utilização de antimicrobianos. Deve proceder à monitorização das prescrições destes fármacos, evitando o desenvolvimento de resistências e controlando os custos, elaborar relatórios de consumo de anti-infeciosos e fomentar a educação contínua de todos os recursos humanos acerca da problemática das infeções hospitalares.21

O Decreto de Lei nº 97/95, de 10 de Maio regulamenta as Comissões de Ética para a saúde, sendo sua responsabilidade a emissão de pareceres sobre os projetos de investigação a decorrer na instituição.22

Na ULS da Guarda, existem as três comissões técnicas atrás referidas e encontra-se já nomeada uma Comissão de Antibióticos.

14. Conclusão

O estágio decorreu entre os dias 6 de maio e 21 de junho nos Serviços Farmacêuticos do Hospital Sousa Martins na Guarda. Durante este período foi possível, não só constatar a importância do farmacêutico hospitalar enquanto promotor do uso racional e seguro dos medicamentos e produtos farmacêuticos, como também contactar de perto com todos os profissionais de saúde dos diferentes serviços.

O estágio foi muito bem planificado tendo-se organizado em sete semanas nas quais houve uma primeira semana de adaptação ao serviço, em que se tomou conhecimento da medicação hospitalar. Seguiram-se, depois, seis semanas de acompanhamento da rotina diária das várias farmacêuticas. Foi possível passar por áreas como os processos administrativos e compras, cuidados primários, preparação de manipulados e controlo e aquisição de gases medicinais. Além disso, acompanhou-se a construção de cassetes e carros e a elaboração dos perfis farmacoterapêuticos de diferentes serviços clínicos (Pneumologia, UCI, Cirurgia Homens e Mulheres, Medicina A e B, Ortopedia Homens e Mulheres e Cardiologia). Por fim tomou-se contacto com todo o circuito de distribuição dos hemoderivados, estupefacientes e psicotrópicos e com o regime de ambulatório em geral.

Todos os funcionários da farmácia, especialmente as seis farmacêuticas e o Diretor do Serviço, contribuíram para que este estágio se tornasse numa experiência muito positiva devido à sua amizade, inúmeros conhecimentos transmitidos e ao ambiente de trabalho salutar que proporcionaram.

Como aspeto menos positivo deste estágio, o qual é totalmente alheio aos Serviços Farmacêuticos, destaca-se a ausência de meios e equipamentos para a preparação de citotóxicos e para aditivar bolsas para alimentação parentérica na farmácia, pelo menos até à

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conclusão do presente estágio, aspetos que tornariam a excelente formação adquirida ainda mais completa.

O saldo foi bastante positivo e este período permitiu, não só, o crescimento enquanto futuro profissional de saúde, mas também como pessoa, pois um bom profissional tem de pautar o seu trabalho, não só pelo conhecimento científico, mas também pelos princípios éticos.

15. Referências Bibliográficas

1. Manual da Farmácia Hospitalar. Conselho Executivo da Farmácia Hospitalar, Ministério de Saúde de Portugal; 2005.

2. Boas Práticas de Farmácia Hospitalar. Conselho do Cole gio da Especialidade em Farma cia Hospitalar, Ordem dos Farmacêuticos; 1999.

3. Diário da República, 1a série - No 37 - 21 de Fevereiro de 2012. 2012.

4. Despacho no 1083/2004, de 1 de Dezembro de 2003 - Regulamenta as comissões de

farmácia e de terapêutica dos hospitais do setor público administrativo (SPA) integrados na rede de prestação de cuidados de saúde referidos na alínea a) do no 1 do

artigo 2.o d. INFARMED - abinete Juri dico e Contencioso; 2003.

5. Decreto de Lei no 6/2006, de 0 de Agosto - Estatuto do Medicamento. INFARMED -

abinete Juri dico e Contencioso; 2006.

6. Deliberação no 105/CA/2007. Lisboa: Conselho Diretivo do INFARMED; 2007.

7. Portaria no 981/98, de 8 de Junho - Execução das medidas de controlo de

estupefacientes e psicotrópicos. INFARMED - abinete Juri dico e Contencioso; 1998. 8. Santos, A., Ferreira, S., Galvão, C., Gomes Carvalho, A., & Carinha, P. H. (2012).

Procedimento De Validação De Distribuição Clássica No Centro Hospitalar De São João, EPE.

9. Dispensa exclusiva em Farmácia Hospitalar. Disponível em: http://www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/MEDICAMENTOS_USO_HUMAN O/AVALIACAO_ECONOMICA_E_COMPARTICIPACAO/MEDICAMENTOS_USO_AMBULATORIO/ MEDICAMENTOS_COMPARTICIPADOS/Dispensa_exclusiva_em_Farmacia_Hospitalar (consultado a 10 de maio de 2013).

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10. Circular Informativa no118/CA - Dispensa pelos serviços farmacêuticos hospitalares de

medicamentos com Autorização de Introdução no Mercado (AIM) em Portugal. INFARMED - Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento, Ministério da Saúde de Portugal; 2004.

11. Circular Normativa no 01/CD/2012 - Procedimentos de cedência de medicamentos no

ambulatório hospitalar. INFARMED - Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento, Ministério da Saúde de Portugal; 2012.

12. Diário da República, 2a série - No 150 - 5 de Agosto de 2008. 2008.

13. Decreto de Lei no 15/93, de 22 de Janeiro. Regime jurídico do tráfico e consumo de

estupefacientes e psicotrópicos. INFARMED - Gabinete Juri dico e Contencioso;

14. Despacho conjunto no 05 /2000, de 4 de Setembro. Registo de medicamentos

derivados de plasma. INFARMED - abinete Juri dico e Contencioso; 2000.

15. Decreto de Lei no 301/2000, de 18 de Novembro. Diário da República, 1a série, No 267;

2000.

16. INFARMED, G.J.e.C.D., Portaria n.º 594/2004 de 2 de Junho, in Legislação Farmacêutica Compilada, 2004.

17. Lei no 46/2004, de 19 de Agosto - Aprova o regime jurídico aplicável à realização de

ensaios clínicos com medicamentos de uso humano. INFARMED - abinete Juri dico e Contencioso; 2004.

18. Comissão do Formulário Hospitalar Nacional de Medicamentos. Formulário Hospitalar Nacional de Medicamentos. 9a ed. INFARMED - Instituto Nacional da Farmácia e do

Medicamento, Ministério da Saúde de Portugal; 2006.

19. Calvo M.V., Garcia M.J., Martínez J., Fernandéz M.M., cap.2.12, Farmacocinética Clínica, FARMACIA HOSPITALARIA;

20. Decreto Regulamentar no3/88, de 22 de Janeiro;

21. Circular Normativa no 18/DSQC/DSC - Comissões de Controlo de Infeção. Direção-Geral

da Saúde, Ministério da Saúde; 2007;

22. Decreto de Lei no 97/95, de 10 de Maio - Regulamenta as Comissões de Ética Para a

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Capítulo III-Perfil de utilização de

antidepressivos, efeitos secundários e