de 2003?
Os créditos da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, regra geral, devem ser determinados mediante a aplicação dos percentuais de 1,65% e 7,6%, respectivamente, sobre os valores: a) das aquisições efetuadas no mês, de pessoas jurídicas domiciliadas no país:
a.1) de bens para revenda, exceto o álcool para fins carburantes, as mercadorias e produtos sujeitos à substituição tributária e à incidência monofásica das referidas contribuições;
produção de bens ou produtos destinados à venda, inclusive combustíveis e lubrificantes, exceto em relação ao pagamento devido pelo fabricante ou importador, ao concessionário, pela intermediação ou entrega dos veículos classificados nas posições 87.03 e 87.04 da Tipi, e o ICMS incidente sobre esses valores, nos termos estabelecidos nos respectivos contratos de concessão. b) das despesas e custos incorridos no mês, pagos ou creditados a pessoas jurídicas domiciliadas no país, relativos a: b.1) energia elétrica consumida nos estabelecimentos da pessoa jurídica;
b.2) aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos à pessoa jurídica, utilizados nas atividades da empresa;
b.3) o valor das contraprestações de operações de arrendamento mercantil de pessoas jurídicas, exceto daquelas optantes pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples);
b.4) armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, nos casos dos itens “a.1” e “a.2” (bens para revenda e produtos destinados à venda), quando o ônus for suportado pelo vendedor;
c) dos encargos de depreciação e amortização, incorridos no mês, relativos a:
c.1) máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado, adquiridos ou fabricados para locação a terceiros, ou para utilização na produção de bens destinados à venda ou na prestação de serviços;
c.2) edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, utilizados nas atividades da empresa; e
d) relativos aos bens recebidos em devolução, no mês, cuja receita de venda tenha integrado o faturamento do mês ou de mês anterior, e tenha sido tributada conforme o disposto na Lei nº 10.637, de 2002, arts. 1º ao 6º, e na Lei nº 10.833, de 2003, art. 1º ao 9º.
Notas:
1) Em relação a aquisição, para revenda, de papel imune a impostos de que trata o art. 150, VI,”d” da Constituição Federal, quando destinado à impressão de periódicos o crédito será determinado mediante à aplicação das alíquotas de 0,8% para a Contribuição para o PIS/Pasep e 3,2% para a Cofins.
2) A pessoa jurídica industrial dos produtos classificados nas posições 22.01, 22.02, 22.03 e no código 2106.90.10 Ex 02, todos da Tipi, optantes pelo regime especial de tributação previsto no art. 52 da Lei nº 10.833, de 2003, pode descontar créditos relativos às embalagens referidas nos incisos I a III do art. 51 da mesma lei, utilizadas como insumo na fabricação destes produtos.
3) Não gera direito ao crédito:
a) o valor da mão‐de‐obra paga a pessoa física; e
b) da aquisição de bens ou serviços não sujeitos ao pagamento das contribuições, inclusive no caso de isenção.
4) O disposto na alínea “b” do item 3 desta nota, não se aplica no caso de bens ou serviços adquiridos com isenção e revendidos ou utilizados como insumo em produtos ou serviços sujeitos à incidência das contribuições.
5) A partir de 1º/05/2004, com início da vigência da Lei nº 10.865, de 2004, que instituiu a incidência da Contribuição para o PIS/Pasep‐Importação e da Cofins‐Importação, o direito ao crédito aplica‐se também em relação aos bens e serviços adquiridos de pessoas físicas ou jurídicas residentes ou domiciliadas no exterior. O direito a esse crédito aplica‐se apenas em relação às contribuições efetivamente pagas na importação.
6) Os créditos não aproveitados em determinado mês podem ser utilizados nos meses subseqüentes.
7) O valor do crédito apurado na forma desta pergunta não constitui receita bruta da pessoa jurídica, servindo somente para a dedução do valor devido das contribuições.
8) O crédito da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins relativo a bens adquiridos para revenda ou utilizados como insumos na prestação de serviços e na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda, que tenham sido furtados ou roubados, inutilizados ou deteriorados, destruídos em sinistro ou, ainda, empregados em outros produtos que tenham tido a mesma destinação, deve ser estornado.
9) Opcionalmente, o contribuinte pode calcular o crédito de que trata o subitem c.1 desta pergunta: relativo à aquisição de máquinas, equipamentos e vasilhames de vidro retornáveis destinados ao ativo imobilizado, conforme disciplinado na IN SRF nº 457, de 2004.
10) O crédito mencionado na letra “d” desta pergunta, na hipótese de devolução dos produtos de que tratam os §§ 1º e 2º do art. 2º da
Lei 10.637, de 2002, e os §§1º e 2º do art. 2º da 10.833, de 2003, e de
biodiesel deve ser determinado mediante a aplicação das alíquotas neles previstas sobre o valor ou unidade de medida, conforme o caso, dos produtos recebidos em devolução no mês.
11) Opcionalmente, as pessoas jurídicas podem calcular o crédito de que trata o item “c.1” desta pergunta, relativo à aquisição de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, relacionados nos Decretos nº 4.955 e nº 5.173, ambos de 2004, conforme Decreto nº 5.222, de 2004, adquiridos após 1º de outubro de 2004, destinados ao ativo imobilizado e empregados em processo industrial do adquirente, no prazo de 2 (dois) anos (Lei nº 11.051, de 2004, art. 2º).
12) O crédito de que trata a letra “c.1”, em relação aos bens adquiridos ou fabricados para locação a terceiros, aplica‐se a partir de 1º de dezembro de 2005.
13) Os custos citados no item 3 acima não integram o valor das máquinas, equipamentos e outros bens fabricados para incorporação ao ativo imobilizado de que trata o item “c.1”. (Lei nº 11.196, de 2005)
14) As vendas efetuadas com suspensão, isenção, alíquota de 0% (zero por cento) ou não‐incidência da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins não impedem a manutenção, pelo vendedor, dos créditos vinculados a essas operações.
15) Os créditos a serem apurados pelas pessoas jurídicas que auferem receita da exportação, estão restritos aos custos, despesas e encargos vinculados às operações de exportação, aos quais, se realizadas no mercado interno, estariam sujeitas à apuração não‐cumulativa.
16) A pessoa jurídica sujeita ao regime de apuração não‐cumulativa das contribuições, por apurar o imposto de renda com base no lucro real, ao
Veja ainda: Crédito decorrente de devolução de mercadorias: Pergunta 051 Créditos na atividade imobiliária: Pergunta 055. Reconhecimento tempestivo dos créditos: Pergunta 054. Veja ainda: Diferimento de crédito: Pergunta 117.
Normativo: Lei nº 10.637, de 2002, art. 3º e alterações; e
Lei nº 10.833, de 2003, art. 3º e alterações.