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Como poderá a regulação emitida pelo Banco Central do Brasil (resolução

6. Análise Inter-Casos

6.3. Como poderá a regulação emitida pelo Banco Central do Brasil (resolução

empréstimos no Brasil?

A Biva e a Nexoos contribuíram de forma ativa, como membros da ABFintech e ABCD, para que a regulação do segmento FinTech de crédito acontecesse. Em abril de 2018, quando a resolução 4.656 foi tornada pública, todas as empresas deste estudo iniciaram o processo para se tornarem instituições financeiras.

As empresas estudadas concordam que a regulação será, sem dúvida, benéfica para as FinTechs, que passarão a atuar no formato original de P2P lending sem a necessidade de parcerias com instituições financeiras. O objetivo principal da regulação é o aumento da segurança jurídica e alargar o acesso dos agentes económicos aos serviços financeiros. A Biva, Nexoos e Lendico esperam oferecer melhores serviços, sublinhado que o modelo atual continuará a ser usado até que os trâmites legais sejam cumpridos, e acreditam que o número de P2P de empréstimo irá aumentar consideravelmente.

30 7.DISCUSSÃO

Neste capítulo os resultados são confrontados com a investigação e com a revisão de literatura estudada no Capítulo 2.

A partir dos estudos de caso é possível perceber que as empresas Biva, Lendico e

Nexoos se enquadram na descrição de empresas FinTech porque utilizam tecnologias

digitais para inovar e oferecer serviços financeiros de forma disruptiva (Arner et al., 2015; Gimpel et al., 2017; Lee e Teo, 2015). As FinTechs deste estudo utilizam o modelo de negócio plataforma ao unirem as regras operacionais e de negócio, arquitetura de tecnologia integrada, motores de busca de informação e, fundamentalmente, por ligarem os lados da plataforma para a realização de transações (Dhar e Stein, 2017; Parker e Van Alstyne, 2015).

Relativamente a serem P2P lending, as empresas estudadas consideram-se P2P dentro das possibilidades da regulação, embora não o sendo de fato porque atualmente precisam de um parceiro, que neste caso é a instituição financeira. Enquadram-se na lógica win-win, pois tanto o tomador quanto o investidor reconhecem as vantagens financeiras do negócio através da plataforma. Quanto à remuneração do empréstimo, verificam-se diferenças entre as plataformas, a Lendico é remunerada pelo investidor no momento da concessão do empréstimo e o investidor é remunerado quando o tomador do empréstimo efetua o pagamento do capital acrescido dos juros. A Biva e a Nexoos são remuneradas sempre que o tomador realiza o pagamento do empréstimo, parte do valor é destinado ao investidor (capital e juros) e outra parte é destinada a pagar os serviços da plataforma. (Lee, 2017).

Em relação à captação e retenção de clientes, as empresas referem que o bom atendimento é um fator diferenciador em relação aos bancos tradicionais. A captação e retenção dos clientes é feita por diversos meios, aproveitando os efeitos de rede e utilizando o feedback como fonte de melhoria contínua, normalmente através da atualização das funcionalidades disponíveis como se percebe no caso Nexoos (Chishti e Barberis, 2016; Gomber et al., 2018).

As três empresas estudadas referem que os clientes da plataforma necessitam de conta bancária e, desta forma, as P2P lending não causam impactos como inclusão financeira e social à população sem contas bancárias, que no Brasil, significa por volta de 30% da população adulta do país (BCB, 2016; The World Bank, 2017; WEF, 2016).

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A análise de grandes volumes de dados foi mencionada pelas empresas como uma mais valia na identificação do perfil do cliente de empréstimo e também como uma ferramenta valiosa na obtenção das melhores taxas de juro. O uso de big data foi mencionado pela Biva e Nexoos como determinante na avaliação da concessão de crédito às empresas, na redução do custo e na maior agilidade da análise financeira (Chen et al., 2012, Feng et al., 2015).

Quanto à relação entre as FinTech e os bancos, foi possível verificar que existe uma relação de parceria necessária para o funcionamento das P2P no país. Para além disso, as instituições financeiras são investidores das startups e formam parcerias com aceleradoras e incubadoras de negócios. Estas iniciativas têm apresentado o efeito desejado de descentralizar e levar a inovação para dentro das instituições financeiras tradicionais (BCB, 2016; Chishti e Barberis, 2016; Chen et al., 2017).

A regulação publicada em abril de 2018 pelo BCB pretende disciplinar a realização de operações de empréstimo e de financiamento entre pessoas por meio de plataformas eletrónicas e estabelecer os requisitos e os procedimentos para autorização de funcionamento, transferência de controle societário, reorganização societária e cancelamento da autorização dessas instituições. À luz desta nova legislação, a Biva e a Nexoos posicionam-se ambas como Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP),

como instituição financeira que tem por objeto a realização de operações de empréstimo e de financiamento entre pessoas exclusivamente por meio de plataforma eletrónica. A

Lendico posiciona-se como Sociedade de Crédito Direto (SCD), um tipo de instituição

financeira que tem por objeto a realização de operações de empréstimo, de financiamento e de aquisição de direitos creditórios exclusivamente por meio de plataforma eletrônica, com utilização de recursos financeiros que tenham como única origem capital próprio (BCB, 2018).

32 8.CONCLUSÃO

O presente trabalho tem como objetivo analisar as empresas FinTech plataforma de empréstimos sediadas no Brasil. Para isso foram analisados três casos de empresas, segundo os critérios do estudo, se enquadram no conceito de FinTech plataforma. Conclui-se que as FinTech plataforma de empréstimos no Brasil são uma mudança no

status quo relativamente ao setor de empréstimos, embora não se encaixem de forma

perfeita na definição de empréstimo pessoa a pessoa, pois os recursos financeiros devem transitar pelo banco parceiro. Em relação ao relacionamento entre FinTechs e bancos comprova-se a colaboração e parceria contínua. No que se refere às perspetivas futuras, as empresas demonstraram confiança no crescimento do setor e na democratização do acesso ao crédito no Brasil.

Estes resultados precisam ser interpretados com cuidado, uma vez que estão necessariamente confinados a um momento de transição da regulação e ao local (empresas com sede no Brasil). Pesquisas adicionais de maior escala devem ser conduzidas para gerar maiores esclarecimentos com um número maior de casos. Este trabalho teve uma série de limitações relacionadas com o perfil das empresas e como procedem à divulgação da informação. As empresas estudadas demonstraram um cuidado extremo em divulgar qualquer conteúdo novo, limitando-se a reproduzir o que está disponível nos media e, particularmente, na internet. Nas entrevistas, algumas informações adicionais foram dadas, mas não obtive a permissão para gravar nem divulgar tais informações. Acredito que todo este cuidado se deva ao fato de atuarem num novo mercado, em constante mudança e bastante competitivo.

Outro fator limitador nesta investigação foi a distância, por estarmos em países diferentes as entrevistas foram feitas por videoconferência (remarcadas várias vezes sob a justificativa de mudanças de agenda). Acredito que a principal dificuldade tenha sido causada pela falta de interesse das empresas no estudo pois não vislumbraram ganhos em publicidade.

Independentemente destas limitações, este estudo mostra que ainda há muito por conhecer sobre as Fintechs plataforma de empréstimos, visto que este é o primeiro estudo sobre o fenómeno.

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Futuros estudos poderiam investigar mais profundamente e extensivamente algumas questões abordadas aqui, como, por exemplo, a relação entre bancos e

FinTechs e, principalmente, o impacto da regulação emitida em 2018.

Temas como o aumento do número de FinTechs, a descentralização do crédito e a relação futura entre bancos e FinTechs deverão ser abordados assim que os efeitos da nova regulação se começarem a sentir, para melhor se perceber as lógicas de actuação das FinTechs plataformas de empréstimos.

Ao desenvolver este estudo observou-se que o ecossistema FinTech brasileiro é amplo e merece uma análise mais profunda, sugerindo estudos futuros sobre esse ecossistema para obter melhores dados que permitam comparações com outros ecossistemas.

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40 ANEXOS

A1. Questionário

O questionário a seguir tem o intuito de clarificar algumas questões sobre as empresas

FinTech Plataforma de empréstimos.

1) Informações básicas.

a) Como surgiu a ideia para criação da empresa?

b) Qual tem sido o crescimento da empresa em receita e em número de funcionários desde o início? (Você pode compartilhar estatísticas?)

c) O número de pessoas sem contas em bancos tradicionais influenciou a criação da empresa?

d) Na sua opinião, os altos juros e taxas cobradas sobre os empréstimos no Brasil influenciam na hora dos clientes optarem pelo uso de uma FinTech Plataforma? e) Na sua opinião, a insatisfação dos clientes dos bancos tradicionais contribuiu para o crescimento das Fintech Plataformas?

f) Quais são as principais competências da empresa em tecnologia, marketing e gestão financeira?

2) As questões a seguir referem-se à relação com os clientes. a) Qual a importância da preferência e confiança do cliente? b) Quais as estratégias para manter e captar novos clientes?

c) Existe interesse por parte da empresa em receber feedback dos seus clientes? d) Como a informação recebida dos clientes é utilizada para melhorar os processos? 3) A resolução número 4.656 do BCB, de abril de 2018, dispõe sobre as SCD e SEP, tal regulação é vista como uma conquista na regulação das empresas FinTech Plataforma de empréstimos?

a) Você acredita que após a regulação o número de SCD e SEP irá crescer no país? 4) Existe algum material que descreva a história da empresa que você possa

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A2. Protocolo de estudo de caso

Protocolo de estudo de caso incluindo os instrumentos, regras e procedimentos que foram empregados durante a investigação (Yin, 2009), descrito no capítulo 4.

Quadro 3 - Protocolo de estudo de caso

Fonte: Adaptado de Yin (2009)

Tarefa Ação a fazer Atividades realizadas

Empresas Fintech com modelo de negócio plataforma de empréstimos Localizadas no Brasil Mínimo de 3 anos de atividade Contato por mensagens em redes sociais e e-mails com pedido de colaboração Envio de questionário e permissão de divulgação das informações Entrevistas marcadas com Lendico e Nexoos Solicitação de informações adicionais Documentação pública encontrada através da internet, formato escrito e audiovisual, artigos de jornais e revistas. Pesquisa no site de empresas selecionadas Desenvolvimento de questionário com as questões necessárias para a criação dos estudos de caso e confirmação do material encontrado em documentos Coleta de informação começou em agosto de 2018 Entrevistas foram realizadas em outubro de 2018 Construção do primeiro estudo de caso baseado em fontes secundárias e primárias E-mail enviado para a primeira empresa para esclarecer dúvidas do questionário Construção do segundo e terceiro estudos de caso seguindo a mesma lógica do primeiro em conjunto com a entrevista Mensagem de e-mail enviada para a segunda e terceira empresas entrevistada para esclarecer certos pontos do questionário Busca de padrões comuns entre os casos Análise de padrões comuns baseados em revisão de literatura análise de diferenças entre os casos Discussão A discussão dos casos baseou-se nos dados adquiridos nos questionários, construídos a partir da revisão da literatura realizada

Outros Retorno às empresas Envio dos estudos de caso finalizados para aprovação dos respondentes Preparação de dados Análise de dados Construção do estudo de caso Critério na seleção das empresas Contato com as empresas Seleção dos casos Coleta de informações Fontes de informação Prazo

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A3. E-mail enviado às empresas

Assunto: Pedido de colaboração em investigação sobre FinTech Plataforma de Empréstimos [Dissertação de Mestrado - ISEG]

Cara (nome do contato na empresa),

Atualmente estou a desenvolver uma dissertação sobre o crescimento das empresas

FinTech Plataforma de Empréstimos no Brasil, para o mestrado em Economia Gestão

de Ciência, Tecnologia e Inovação na Escola de Economia e Gestão de Lisboa (ISEG). Após intensa revisão de literatura, definimos as empresas FinTech Plataforma como

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