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Comparação entre os tratamentos realizados

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.4. Comparação tratamento físico-químico versus tratamento fotocatalítico

5.4.2. Comparação entre os tratamentos realizados

Tabela 16. Comparação entre os dois tratamentos realizados. Eficiência (%) Físico-químico Eficiência (%) Fotocatalítico Efluente puro 79,59 28,6 Efluente diluído (1:4) 86,56 81,8

Com base nos resultados demonstrados na Tabela 16, pode-se observar que o tratamento físico-químico apresentou melhor eficiência em ambos os efluentes (diluído e puro) quando comparado ao tratamento fotocatalítico. Sabe-se, ainda, que os valores das eficiências encontradas para o tratamento fotocatalítico apresentados para comparação foram os de maior eficiência para os dois tipos de efluentes considerados.

Porém, é importante lembrar que há a geração de lodo decorrente do processo físico-químico, o que trona o processo mais complexo já que deve haver um destino final para esse resíduo, enquanto que no processo fotocatalítico há apenas a geração de espécies inócuas (H2O e CO2), as quais são facilmente absorvidas pelo meio ambiente.

6. CONCLUSÕES

Através do presente trabalho, foi possível concluir que, apesar da eficiência de descoloração apresentar maior valor para o tratamento físico-químico, quando comparado ao fotoquímico, o último se torna mais viável quando se sabe que, para o efluente estudado, não há geração de subprodutos e o mesmo pode ser reutilizado em todos os itens relacionados à estamparia digital (alvejamento, preparação e lavagem). Como já foi dito, o tratamento físico- químico leva à geração de um lodo que deve ser prensado, seco e enviado para a incineração, o que acarreta em uma série de cuidados que devem ser levados em conta na escolha dessa técnica.

Além disso, através dos experimentos realizados, pode-se perceber também que, não houve diferença significativa no grau de brancura do alvejamento, tampouco na intensidade colorística do tratamento posterior à estampagem, quando se compara o tecido tratado com água de reabastecimento e com o efluente tratado.

Concluiu-se também, através da análise estatística, que a maior eficiência foi obtida com a maior concentração de peróxido de hidrogênio estudada (2,63·10-2 mol∙L-1), a maior potência alcançada pelo reator utilizado (24 W) e a maior diluição proposta (1:4). Isso se deve, possivelmente, à dificuldade encontrada pelo peróxido de hidrogênio em decompor altas concentrações de compostos orgânicos, fazendo com que a diluição se torne uma alternativa a esse inconveniente. Além disso, é importante salientar que, no projeto proposto pelo presente trabalho, a diluição do efluente é realizada com água de reabastecimento somente da primeira vez, sendo utilizada a água tratada por fotocatálise para diluir os seguintes efluentes.

7. SUGESTÃO PARA TRABALHOS FUTUROS

- Estudar a influência da potência irradiada por m²

- Analisar o tempo de residência de radicais livres

- Determinar a quantidade otimizada de peróxido de hidrogênio na formação de radicais livres.

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