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5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.2. Caracterização Geotécnica do Solo Melhorado com Cal

5.3.5. Comparação entre os Trechos de Estrada 1 a

Tanto o comprimento quanto a profundidade de todas as bacias de acumulação foram determinadas com os dados de entrada do modelo, correspondendo a 5 m e 1 m, respectivamente, variando somente a largura das bacias de acumulação. O espaçamento entre as bacias de acumulação proposto pelo modelo leva em conta o limite tolerável para a perda de solo devido ao escoamento superficial no canal da estrada. Desta forma, o dimensionamento das bacias de acumulação torna-se, em alguns casos, impraticável em função das grandes dimensões das bacias, determinadas com base no volume de água escoado, como no caso do Trecho 2 – A (solo exposto). Neste caso, para o espaçamento inicialmente sugerido pelo ESTRADAS, ou seja, 879 m, a largura das bacias de acumulação seria de 139,61 m (Tabela 19).

No caso dos trechos de estrada com 12% de declividade estes espaçamentos, estabelecidos como limites, passam a ser bem menores. No Trecho 4 – C (reflorestamento), por exemplo, como o espaçamento máximo é de 26 m, haverá uma redução da largura das bacias de acumulação, que passam a ter 2,55 m.

Tabela 19 – Dimensionamento obtido por meio do modelo ESTRADAS Trechos Analisados Espaçamento máximo recomendado entre as Bacias de Acumulação (m)

Largura das Bacias de Acumulação (m) Trecho 1 A (2%) 979,00 136,53 B (6%) 97,00 13,44 C (12%) 22,00 2,98 Trecho 2 A (2%) 879,00 139,61 B (6%) 86,00 13,58 C (12%) 19,00 2,91 Trecho 3 A (2%) 1.181,00 118,49 B (6%) 114,00 11,4 C (12%) 26,00 2,55 Trecho 4 A (2%) 1.180,00 118,53 B (6%) 114,00 11,41 C (12%) 26,00 2,55

Pode-se verificar que nos trechos com declividade de 2% o espaçamento máximo entre as bacias de acumulação é muito maior quando comparado com as outras declividades analisadas. Isto confirma o aumento das perdas de solo em função do aumento da declividade (Figura 79).

Figura 79 – Espaçamento entre as bacias de acumulação recomendado pelo modelo ESTRADAS

Foram analisados os quatro trechos de estradas na declividade de 2% e espaçamento entre as bacias de acumulação de 30 m,

dimensionamento das bacias de acumulação é mais próximo à realidade encontrada em campo. Nota-se que o Trecho 2, ou seja, o trecho em que a área de contribuição caracteriza-se por ter solo exposto, foi o trecho em que o modelo ESTRADAS sugeriu o maior dimensionamento das bacias de acumulação (Tabela 20).Neste trecho, as bacias de acumulação passam a ter 4,76 m de largura.

Entretanto, no Trecho 3, caracterizado pela ausência de área de contribuição externa, e no Trecho 4, com área de contrib

com reflorestamento de pinus com idade adulta

acumulação devem ter 3,01 m de largura. O modelo ESTRADAS fornece o mesmo dimensionamento das bacias de acumulação nestes dois trechos em função da alta taxa de infiltração estável e

reflorestamento com idades superiores, o que minimiza o escoamento superficial. 0 200 400 600 800 1000 1200 A B C A B C A B C

Trecho 1 Trecho 2 Trecho 3 979 97 22 879 86 19 1.181 114 26

Espaçamento entre as bacias de acumulação recomendado pelo estradas na declividade de 2% e espaçamento entre as bacias de acumulação de 30 m, no qual o dimensionamento das bacias de acumulação é mais próximo à realidade o Trecho 2, ou seja, o trecho em que se por ter solo exposto, foi o trecho em que o modelo ESTRADAS sugeriu o maior dimensionamento das .Neste trecho, as bacias de ausência de área de contribuição externa, e no Trecho 4, com área de contribuição externa idade adulta, as bacias de O modelo ESTRADAS fornece o mesmo dimensionamento das bacias de acumulação nestes estável em áreas de nimiza o escoamento A B C Trecho 4 26 1.180 114 26

Tabela 20 – Dimensionamento das bacias de acumulação nos quatro trechos de estrada na declividade de 2%

Trechos

Analisados Espaçamento entre as Bacias de Acumulação (m) Largura das Bacias de Acumulação (m)

Trecho 1 30,00 4,18 Trecho 2 30,00 4,76 Trecho 3 30,00 3,01 40,00 4,01 Trecho 4 30,00 3,01 40,00 4,02

Em relação aos trechos de estrada com 6% de declividade, o modelo ESTRADAS fornece o mesmo dimensionamento das bacias de acumulação quando simulado o espaçamento entre elas de 30 m. Isto se deve ao fato do volume escoado por unidade de comprimento do canal (m3.m-1) ser o mesmo em cada trecho analisado (Tabela 21).

Tabela 21 – Dimensionamento das bacias de acumulação nos quatro trechos de estrada na declividade de 6%

Trechos

Analisados Espaçamento entre as Bacias de Acumulação (m) Largura das Bacias de Acumulação (m)

Trecho 1 30,00 4,16 Trecho 2 30,00 4,74 Trecho 3 30,00 3,00 40,00 4,00 Trecho 4 30,00 3,00 40,00 4,00

Nos trechos de estrada com declividades de 12% o espaçamento máximo entre as bacias de acumulação proposto pela modelo ESTRADAS foi próximo ao espaçamento verificado em campo. Apesar disso, o dimensionamento das bacias de acumulação em campo é bem inferior ao recomendado pelo modelo ESTRADAS (Tabela 22).

Tabela 22 – Dimensionamento das bacias de acumulação nos quatro trechos de estrada na declividade de 12%

Trechos

Analisados Espaçamento entre as Bacias de Acumulação (m) de Acumulação (m) Largura das Bacias

Trecho 1 22,00 2,98

Trecho 2 19,00 2,91

Trecho 3 26,00 2,55

Trecho 4 26,00 2,55

Foram comparados os resultados dos espaçamentos entre as bacias de acumulação, obtidos por meio do modelo ESTRADAS, com os valores citados na literatura. Os espaçamentos simulados nos quatro trechos da estrada, em função da adequação ao dimensionamento das bacias de acumulação, estão mais próximos aos sugeridos por Bublitz e Campos (1992). Estes autores citam que em estradas com declividades entre 0 e 5% o espaçamento entre as bacias de acumulação deve ser de 35 m, entre 5 e 10% deve ser de 30 m e entre 10 a 15% com 25 m.

Porém, este dimensionamento citado baseia-se somente nas declividades da estrada. Como se pode observar nos resultados obtidos, além da declividade, o fator determinante do espaçamento entre as bacias de acumulação foram as características das áreas de contribuição externas à estrada. O trecho de estrada 2, com solo exposto na área de contribuição externa à estrada, foi o trecho com o menor espaçamento entre as bacias de acumulação. Desta forma, o Trecho 2 é o trecho de estrada onde a perda de solo foi maior. Na sequência, com menor espaçamento entre as bacias de acumulação vêm o Trecho 1, caracterizado por vegetação rasteira na área de contribuição externa e os Trechos 3 e 4, sem área de contribuição externa e com área de reflorestamento de pinus em idade adulta, respectivamente. Analisando estes últimos trechos de estrada, nota-se que o modelo ESTRADAS fornece o mesmo espaçamento e dimensionamento das bacias de acumulação. Isto ocorre em função da alta taxa de infiltração estável em áreas de reflorestamento com idades superiores, o que minimiza o escoamento superficial e, consequentemente, as perdas de solo nessas áreas.

5.4. Comparação entre o espaçamento e dimensionamento das