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Equação 4 – Determinação da absorção por capilaridade

4.8 COMPARATIVO DE CUSTO DOS TRAÇOS

Afim de comparar os valores monetários dos concretos, o presente estudo buscou os dados de três empresas da região de Ijuí, sendo eles classificados como loja A, B e C. Os respectivos valores representam 1 saco de cimento de 50kg, 1m³ de areia média, 1m³ brita 0, 1m³ de brita 1. Devido a água ser da mesma concessionária, foi desconsiderada na composição dos custos.

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Conforme a tabela 7 é possível observar os resultados obtidos com o levantamento nas lojas de materiais de construção próximas a localidade da empresa estudada. Verificou-se que mesmo o concreto dosado em laboratório apresentar resultados melhores que o estudado da empresa, ainda assim fica mais barato sua produção.

Tabela 7 - Comparativo do custo de produção dos traços

Traços Cimento Areia Brita 0 Brita 1 Valor Empresa 1 1,2 0,6 0,6 R$ 251,80 Laboratório 1 1,0226 0,4024 0,82 R$ 236,65

* Para ambos foi considerado saco de cimento de 50kg. Fonte: Autoria própria (2019).

Sabendo-se que para cada m³ de concreto produzido são utilizados aproximadamente 325 kg de cimento, ou seja, 6,5 sacos de cimento de 50kg, o concreto dosado em laboratório apresentara uma economia de R$ 98,46 o que representa uma economia de 6% comparado ao traço do concreto da empresa.

5 CONCLUSÃO

Esta pesquisa objetivou analisar a diferença das características do concreto no estado fresco e endurecido do concreto usado em uma empresa de pré-moldados da região de Ijuí, e do concreto dosado de forma racional com os materiais coletados da empresa. O trabalho foi elaborado em dois momentos, sendo a primeira etapa a moldagem dos CPs, ensaios do estado fresco e coleta dos materiais na empresa, e o segundo momento a caracterização dos agregados, estudo do traço e ensaios no laboratório. Para a caracterização do material foram realizados ensaios para determinação da granulometria, massa especifica, massa unitária solta e compacta e absorção, na sequência foram obtidos os resultados de tempo de pega e perda de abatimento no estado fresco, e no endurecido a resistência à compressão simples, tração na flexão, absorção por capilaridade, e carbonatação.

Em função do questionamento proposto durante a realização da pesquisa, e a realização dos ensaios, foi possível chegar as seguintes conclusões:

▪ Traços dos concretos:

O concreto da empresa apresenta um padrão de dosagem que não leva em conta a maior densidade possível do concreto, sendo realizada com um carrinho de mão de 60L. Os ensaios realizados em laboratório apresentaram uma proporção diferente entre as britas, o que tornou o concreto mais denso, e consequentemente mais resistente. Além disso notou-se uma diminuição da quantidade de areia e um fator a/c relativamente baixo.

▪ Tempo de pega da pasta de concreto:

Notou-se que com a dosagem racional do concreto houve uma diminuição do tempo de pega do concreto, aproximadamente 1h e 4min o que é significativamente bastante, porém não há grande impacto devido a atividade que é utilizado. Sabendo que o concreto dosado em laboratório tem um intervalo de 2h e 30min do início ao fim de pega, ainda sim torna-se possível o trabalho com ele nas formas de concreto, porém é necessário um cuidado com o final de pega somando um período de mais 2h para o início da cura das peças.

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▪ Perda de abatimento:

O concreto da empresa, segundo o ensaio realizado conforme a NBR 10342 (ABNT, 2012) mostrou-se sem trabalhabilidade, uma vez que, a primeira leitura foi de 2cm que segundo a norma é o valor admitido quando a mistura perdeu sua trabalhabilidade. Já o concreto dosado no laboratório apresentou uma trabalhabilidade de cerca de 1 hora, o que é considerado satisfatório para a finalidade especificada.

A trabalhabilidade do concreto é justificada pelo fator a/c, sendo o da empresa menor que o dosado racionalmente, o que tornou o concreto da empresa menos trabalhável.

▪ Resistência à compressão simples:

Verificou-se que com o traço obtido após a dosagem racional, os resultados das resistências à compressão foram satisfatórios e superiores em todas idades ao concreto da empresa. Com o ensaio foi possível observar que o concreto da empresa não atingiu a resistência desejada pela empresa.

A resistência do concreto elaborado com base na metodologia ABCP apresentou uma resistência bem acima da pensada durante a dosagem, que pode ser explicada pelo fator a/c que poderia ser menor para atingir uma resistência mais próxima aos 26,60 MPa aos 28 dias. Todavia, optou-se em seguir o fator a/c limite segundo a NBR 6118 (ABNT, 2014), sendo ele de 0,6 para CLASSE II – Agressividade moderada.

▪ Resistência à tração na flexão:

Com a realização do ensaio foi possível observar que o concreto dosado em laboratório apresentou melhores resultados se comparado ao concreto da empresa. A resistência a tração da flexão é uma característica fundamental sabendo que a aplicação do concreto será em peças estruturais, principalmente em vigotas que têm uma exigência maior da tração na flexão. Sendo assim, o resultado para o concreto dosado foi satisfatório.

▪ Absorção por capilaridade:

Conforme o resultado apresentado no trabalho, foi possível observar uma absorção maior de água nos CPs do concreto da empresa, o que pode ser explicado pelos resultados de compressão, tração, que mostraram o concreto da empresa sendo menos resistente se comparado ao concreto dosado racionalmente. Com o ensaio de capilaridade é possível comprovar que a porosidade do concreto da empresa é maior, o que confere uma menor resistência se comparado ao traço dosado a partir da caracterização dos materiais.

▪ Carbonatação

Os resultados da carbonatação foram bastante expressivos entre os traços, sendo possível observar que o concreto da empresa aos 28d de câmara, apresentou uma profundidade de mais da metade do raio da pastilha, diferentemente do concreto dosado após a caracterização dos materiais, que apresentou uma profundidade de carbonatação menor.

▪ Comparativo de custos dos traços

Além dos resultados dos ensaios mecânicos obtidos, foi realizado um levantamento dos valores dos materiais que compões cada traço, mesmo o concreto da empresa apresentando resultados não satisfatórios e inferiores ao concreto dosado em laboratório, ainda sim é mais caro sua produção se comparado ao concreto que atendeu a todos requisitos mecânicos.

Sendo assim, com base em todos resultados mecânicos realizados neste trabalho de conclusão de curso é possível concluir que o concreto dosado empiricamente utilizado atualmente na empresa não atende os requisitos mínimos de resistência e qualidade. Já o concreto dosado racionalmente apresentou resultados satisfatórios para usabilidade na empresa.

Sugestões para trabalhos futuros:

▪ Analisar o comportamento do concreto dosado racionalmente in loco;

▪ Estudo de incorporação de material sustentável e/ou alternativo na dosagem de concreto para estruturas pré-fabricadas.

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ANEXO E – DENSIDADE DA COMPOSIÇÃO DAS BRITAS 0 E 1

VOLUME 1,99 dm³ TARA 2,10 Kg

PROPORÇÃO BRUTO LIQUIDO PROPORÇÃO BRUTO LIQUIDO

5,104 3,004 5,176 3,076 5,078 2,978 5,186 3,086 5,084 2,984 5,178 3,078 5,089 2,989 5,180 3,080 5,190 3,090 5,256 3,156 5,206 3,106 5,268 3,168 5,222 3,122 5,274 3,174 5,184 3,084 5,284 3,184 5,240 3,140 5,254 3,154 5,208 3,108 5,267 3,167 5,212 3,112 5,302 3,202 5,200 3,100 5,308 3,208 5,182 3,082 5,322 3,222 5,286 3,186 5,272 3,172 5,290 3,190 5,318 3,218 5,234 3,134 5,304 3,204 5,166 3,066 5,168 3,068 5,308 3,208 5,170 3,070 5,322 3,222 5,174 3,074 5,272 3,172 5,162 3,062 5,318 3,218 5,173 3,073 5,277 3,177 5,169 3,069

PESOS OBTIDOS COM AS RESPECTIVAS PROPORÇÕES DAS BRITAS

100% BRITA 0 50% B0 - 50% B1 100% BRITA 1 40% B0 - 60% B1 30% B0 - 70% B1 20% B0 - 80% B1 70% B0 - 30% B1 60% B0 - 40% B1

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