• Nenhum resultado encontrado

Compatibilização entre projeto arquitetônico e estrutural

3.2 Planejamento

3.2.2 Analise de compatibilização de projetos

3.2.2.1 Compatibilização entre projeto arquitetônico e estrutural

Após modelagem do projeto arquitetônico e estrutural no Revit Achitecture foi executado a compatibilização entre os mesmos, essa primeira compatibilização se faz necessária, pois a partir destes dois projetos compatibilizados serão feitos os lançamentos dos projetos hidrossanitário e elétrico, modelados no Revit MEP.

A compatibilização ocorreu através do Revit Architecture pelo comando verificação de interferências, que funciona como um relatório de verificação de interferência, identificando elementos que fazem intersecção um com o outro em um projeto.

Primeiramente ativou-se o comando de verificação de interferências e selecionou-se as categorias a serem comparadas no projeto, conforme figura 22.

As categorias selecionadas foram escolhidas para serem analisadas, pois cada categoria possui um conjunto de famílias distintas e por meio destas o software faz uma analise de interferências para posteriormente identificar suas interseções.

Com todos os elementos desejados selecionados clicou-se em “OK” para dar inicio ao processamento de verificação das interferências e em seguida obtivemos os resultados. Foi detectado na primeira compatibilização 2907 (figura 23) incompatibilizações, ou seja, elementos que entre as categorias selecionadas sofrem alguma interferência.

Para identificar as interferências definiu-se uma delas para ser analisada através do cursor mouse, clicou-se sobre a mensagem (2) onde o erro foi acusado e logo após em exibir (1), como mostra figura 24.

Conforme figura 25 os corrimãos interferiram com pilares estruturais, envolvendo um pilar, para sanar essa interferência os corrimãos devem contornar a seção transversal do pilar.

Figura 21 – Primeiro relatório de interferências

Logo, com o comando de edição do corrimão acionado foi possível alterar a trajetória do mesmo, conforme figura 26.

Figura 23 – Interferência corrimão/escada

Após esse processo de identificação de correção chegou-se ao resultado final, conforme figura 27 esse resultado nos mostra que a modelagem foi feita de forma equivocada e esse processo de analise de compatibilização evita que o projeto vá para a execução, pois iria causar retrabalho e consequentemente perda de tempo.

Com a correção das interferências feitas, gerou-se um novo relatório (figura 28) para uma analise de redução das mesmas e concluiu-se que house redução de uma interferência. Essa alteração serviu apenas para um pavimento, pois os demais pavimentos ainda não tinham recebido corrimão, portanto após essa analise executou-se uma cópia para os demais pavimentos tendo como beneficio um elemento já compatibilizado.

O método de compatibilização quando executado em apenas um pavimento pode tornar a solução mais rápida, contudo essa condição só é valida quando edita-se um elemento que não altera características de sua família como foi visto no exemplo anterior.

3.2.2.2 Compatibilização do projeto Hidrossanitário com Projetos arquitetônico e estrutural

A compatibilização a ser esplanada apresenta analise de interferências entre projeto hidrossanitário, projeto arquitetônico e estrutural. Como observou-se anteriormente o comando verificação de interferências permite selecionar as categorias do projeto que serão analisados e verificados, conforme figura 29.

Os elementos estruturais que fazem parte de uma edificação não poderão ser alterados, pois cada modificação de sua forma poderá gerar perda de resistência causando possíveis futuras patologias. Esse foi um dos aspectos que abrange essa analise, pois é comum ter em uma edificação de médio e grande porte com interferências entre estruturas e instalações hidrossanitárias.

Após a seleção das categorias a serem verificadas, foi colocado o programa para rodar. O software necessitou de um tempo para fazer essa analise e esse tempo é possível observar na parte inferior da pagina da vista atual do software, como mostra na figura 30.

A primeira compatibilização nos gerou um relatório com 2085 categorias (figura 31) que tiveram alguma interferência. Analisaram-se todas as interferências e com relatório visível selecionou uma determinada interferência e identificou-se a possível causa.

Para demonstrar o processo de identificação de interferência e a correção da mesma adotamos uma categoria para ser analisada. Essa interferência foi entre conexões de tubo: Joelho 45_90 – água fria soldável e Quadro estrutural: Concreto-viga Retangular: 15x50 ID 600698.

Na figura 32 pode-se observar que ao selecionar a categoria que apresenta interferência a mesma é destacada no desenho com uma cor alaranjada para melhorar a identificação do elemento.

O Revit MEP permite fazer alterações no desenho sem ter que fechar o relatório de interferências, essa característica se fez necessária, pois ao alterar o desenho com intenção de inibir a interferências foi possível em tempo real atualizar a análise, gerando um novo relatório para novas conclusões.

Figura 28 – Tempo de verificação

Conforme figura 33, observou-se que a conexão e tubulação (2) esta situada a uma altura com relação ao piso de 2,85m (1), portanto optou-se como alternativa para evitar essa interferência alterar o nível da tubulação.

Na figura 34 alterou-se a altura da tubulação (2) referida para 2,75 e analisou-se o resultado obtido após essa alteração. Essa modificação foi feita com base na perspectiva do desenho e até mesmo antes da próxima analise já se observou que não haveria mais interferências com essa conexão e viga (2).

Nesse momento gerou-se um novo relatório (figura 35) e então se analisou a redução das interferências. Obteve um resultado positivo, pois com apenas alteração na altura da tubulação chegou-se a 2066 interferências, ou seja, foi solucionado 19 incompatibilizações.

Figura 32 – Tubulações sem interferências

3.2.2.3 Compatibilização do projeto Elétrico com Projetos arquitetônico e estrutural

Do mesmo modo que as outras analises, primeiramente selecionou-se as categorias a serem analisadas conforme figura 36.

Gerou-se então o relatório de interferências e observou-se que foi detectado 375 incompatibilizações entre projeto elétrico com projetos arquitetônico e estrutural conforme figura 37.

Analisando o relatório de incompatibilizações pode-se notar que houve uma interferência entre conexões de conduítes (2) e pilares estruturais (1), conforme figura 38.

Figura 35 – Primeiro relatório de interferências

A solução para essa incompatibilização foi mover esse conjunto de conexões de conduítes e conduítes para fora do pilar de tal forma que não houvesse interferência entre os mesmos. Por meio do software Revit MEP, através do comando mover, foi possível mover esses elementos e resolver esse problema de interferências como mostra na figura 39. Foi possível observar também que como no exemplo anterior, antes mesmos de gerar um próximo relatório, essas interferências já foram solucionadas.

A situação apresentada mostrou uma grande redução de interferências, pois após as alterações ocorreu uma segunda geração de relatório e apresentou 32 interferências a menos que no primeiro relatório, conforme figura 40.

3.2.3 Comparativo de orçamentos

Com os projetos modelados e com informações de execução foi possível elaborar um orçamento com uma precisão detalhada, esse orçamento foi elaborado com auxilio do Software PLEO (planilha eletrônica de orçamento) tendo como valores de insumos e composições atualizadas no mês de setembro de 2015.

O orçamento sumário (tabela 3) foi realizado pela empresa executora da obra, para fins de parâmetros iniciais, e teve como base os valores do CUB (Custo Unitário Básico de Construção). Por fim do orçamento adicionou-se custos de projeto e uma margem de administração de 8% no valor global.

Figura 38 – Segundo relatório de interferências

Foi elaborado orçamento tendo em vista duas opções de projeto, sendo elas uma edificação composta por sete pavimentos e outra opção com oito pavimentos ambos, com mesmas características portando com numero de pavimentos distintos.

Com base no gráfico 1 pode-se analisar que teve uma diferença de R$198.163,80 comparando orçamento sumário entre 7 e 8 pavimentos.

Visto que os valores adotados com base no CUB, mesmo sendo uma forma rápida de orçamento, não nos gera algo preciso, portanto para isso se fez necessário um orçamento detalhado de toda a edificação, partindo da concepção de projeto até os acabamentos finais da execução.

Para a elaboração do orçamento detalhado (tabela 4) adotou-se as características de modelagem e de execução onde se optou por oito pavimentos. No anexo B segue orçamento discriminado da edificação.

Através do gráfico 2 foi possível observar que o orçamento detalhado é superior ao orçamento sumário, isso demonstra que a obra seria inviável em termos econômicos. Com essas observações também conclui-se que um orçamento com base no CUB não leva em consideração muitos detalhes construtivos que uma edificação de porte maior pode necessitar.

De posse dos resultados dos orçamentos observou-se que no orçamento detalhado houve um acréscimo de 4,20% no valor final da edificação, isso representou um resultado negativo, pois observou-se que essa margem corresponde a um valor muito alto, tendo em vista o tamanho do empreendimento.

Também observou que um orçamento detalhado requer um tempo maior para sua elaboração, mas que em determinados momentos esse detalhamento evita erros imprevisíveis no futuro, por exemplo, aspectos geográficos ou terrenos rochosos como foi o caso da edificação analisada.

Gráfico 2 – Orçamento sumário/detalhado

R$1.940.000,00 R$1.960.000,00 R$1.980.000,00 R$2.000.000,00 R$2.020.000,00 R$2.040.000,00 R$2.060.000,00 R$2.080.000,00 R$2.100.000,00 Edificios Orçamento Sumário R$2.001.049,92 Orçamento detalhado R$ 2.088.755,38 val o re s

Comparativo orçamentos

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Documentos relacionados