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4.5 COMPETÊNCIA EM INFORMAÇÃO, GESTÃO DA INFORMAÇÃO E

4.5.2 Competência para adquirir informação e conhecimento

Essa segunda dimensão foi baseada nos indicadores do questionário referentes ao tema „aquisição‟. O item 2.1 é referente à competência em informação; o 2.2, à GI; e o 2.3, à GC, como ilustrado no Gráfico 19.

Gráfico 19 – Competência para adquirir informação e conhecimento

Fonte: Dados da pesquisa (2017)

0 2 4 6 8 10 12

2.3 Defino e seleciono estratégias de aquisição de conhecimento.

2.2 Utilizo um plano sistemático para adquirir a informação na fonte de origem.

2.1 Estou familiarizado com as várias mídias de informação, incluindo revistas, televisão, internet, além das pessoas.

Escala de concordância Indicadores:

No que tange ao indicador 2.1, a maioria dos gestores (12) estão familiarizados com as várias mídias de informação, incluindo revistas, televisão, internet, além das pessoas. Na contemporaneidade, os gestores precisam dominar essas várias mídias, pois essa é uma exigência na Sociedade da Informação. Todavia, essa ação pode ser aprimorada com a prática da competência em informação, porquanto, através dela, o gestor pode ser capacitado para examinar e comparar informações de variadas fontes, considerando a confiabilidade delas, para distinguir fatos de opiniões e adquirir a informação de credibilidade para a organização. (DUDZIAK, 2003).

A Biblioteca Central disponibiliza seus conteúdos para toda a comunidade em vários tipos de mídia, como: bases digitais, livros impressos e digitais, periódicos eletrônicos etc. Isso é possível por meio da internet, um espaço onde se tem o acesso a textos, vídeos, áudios etc., em um mesmo lugar, desde que se esteja conectado à rede de computadores. Nesse cenário, identificaram-se ações que são realizadas com o suporte de recursos e meios tecnológicos e contribuem para aprimorar as práticas de competência em informação, GI e GC dos gestores e colaboradores da biblioteca. Por exemplo, os canais de comunicação que disponibilizam informações e serviços para seus usuários, por meio de vídeos, tutoriais e páginas do Facebook® e do Twitter®, com conteúdos sobre a BC/UFPB, que podem ser acessados por meio do site da própria biblioteca, conforme podem ser visualizados na Figura 14.

Figura 14 – Informações e serviços disponíveis no site da Biblioteca Central da UFPB

São canais de comunicação e de informações que se adequam às exigências tecnológicas da sociedade contemporânea, cujos conteúdos podem ser acessados por qualquer indivíduo, a qualquer hora e de qualquer lugar, como por exemplo, o tutorial, que ensina como acessar o acervo da biblioteca (Figura 14). Antes de utilizar o serviço da BC presencialmente, o usuário pode aprender como funciona o serviço, seguindo o passo a passo do tutorial. Caso tenha alguma dúvida, pode fazer seu comentário no próprio vídeo ou na página no Facebook®, que será esclarecida para todos os usuários, pois a explicação ficará disponível nos canais de comunicação.

Esse material disponibilizado nessas novas plataformas pode ser útil não apenas aos usuários externos, mas também para os próprios funcionários e gestores da BC para o aprimoramento de conhecimentos e envio de contribuições que possam melhorar o material produzido. Por exemplo, um funcionário da biblioteca que participa de um treinamento específico pode elaborar um vídeo tutorial em que externaliza o seu conhecimento para todos da unidade. Isso possibilita o acesso quantas vezes for necessário para o aprendizado dos funcionários. Nesse sentido, os gestores devem “exercer o domínio sobre o sempre crescente universo informacional, incorporando habilidades, conhecimentos e valores relacionados à busca, ao acesso, à avaliação, à organização e à difusão da informação e do conhecimento” (DUDZIAK, 2003, p.23).

Quanto ao indicador 2.2, a maioria dos gestores (9) concordou que utilizam um plano sistemático para adquirir a informação na fonte de origem. Porém é necessário reforçar essa prática com os demais gestores que não reconhecem seu emprego na captura de informação. Utilizar um plano sistemático é importante para que o gestor possa tomar a decisão com confiança, porquanto buscar a informação na fonte de origem dá credibilidade ao seu uso. McGee e Prusak (1994) alertam que esse plano só deve ser seguido com o consenso dos gestores sobre a necessidade dessas informações que, como são adquiridas de fontes externas e internas e em vários formatos, os gestores devem desenvolver atividades para criá-las, recebê-las e capturá-las. Dessa forma, poderão obtê-la independentemente da fonte ou do formato que esteja disponível e se adquire informação relevante para o desenvolvimento da organização (BEAL, 2004). Davenport (1998) e Choo (2003) entendem que, para ser eficaz, essa prática da aquisição deve ser contínua. Para tanto, o gestor deve planejar, monitorar, selecionar e avaliar o uso das fontes de

informações, porque esse recurso é essencial para a organização.

No que se refere ao item 2.3, a maior parte dos gestores (10) concordou que define e seleciona estratégias de aquisição de conhecimentos, três não concordaram nem discordaram, e um discordou dessa prática. A realização desse procedimento é importante, porque, depois de identificar os conhecimentos, precisam adquiri-los. Assim, considerando as várias fontes de conhecimento, é necessário definir e selecionar estratégias adequadas para se adquirir um conhecimento que seja útil à organização. Isso se inicia com a definição dos conhecimentos necessários para os funcionários exercerem suas funções (TERRA, 2005).

Bukowitz e Williams (2002) dizem que essa definição permitirá que o gestor possa mapear os conhecimentos essenciais para cumprir a missão da organização. Esse mapeamento poderá ser realizado por meio dos relacionamentos com funcionários, usuários, fornecedores e toda a comunidade da biblioteca. Nessa perspectiva, a definição das estratégias possibilitará a aquisição de conhecimentos tanto de fonte interna quanto externa compatíveis com a necessidade da organização (CASTRO, 2005). Além disso, os gestores precisam identificar e selecionar colaboradores com habilidades e competências multidisciplinares que promovam a inovação e o aprendizado contínuo, a fim de gerar novos conhecimentos na organização (TERRA, 2005). Observou-se que a BC usa o Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA) da UFPB, um recurso tecnológico que possibilita a integração dos serviços entre os setores de forma sistêmica, o que contribui para o desenvolvimento e o aprimoramento das práticas de gestão, apesar de ainda não estar plenamente implementado na organização. A interface desse sistema pode ser vista na Figura 15.

Figura 15 – Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA)/UFPB

Fonte: Disponível em: <https://sigaa.ufpb.br/sigaa/verTelaLogin.do>. Acesso em: 26 fev. 2017.

Visando desenvolver o SIGAA/UFPB no âmbito da BC, foram criadas comissões específicas, por área de interesse do profissional e do setor em que atua, a fim de padronizar e melhorar cada módulo disponível no sistema, com o objetivo de atender às necessidades informacionais do sistema de bibliotecas da UFPB. Os participantes desenvolvem novas formas de realizar as atividades e as divulgam para todo o sistema. Essa é uma forma de produzir novos conhecimentos, que geram novos produtos e serviços que podem ser disponibilizados para os usuários da biblioteca.

Pode-se concluir que a maior parte dos gestores tem competência para adquirir informação e conhecimento na biblioteca. De modo similar à primeira dimensão, é possível concluir que essa competência pode contribuir para o aprimoramento e o desenvolvimento da GI e da GC na unidade.