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COMPETÊNCIAS ADQUIRIDAS

No documento Relatório Estágio 1ª são FINAL cópia (páginas 62-65)

Segundo a OE (2012, p. 15) “enfermeiro especialista é o enfermeiro habilitado com um curso de especialização em enfermagem ou com um curso de estudos superiores especializados e enfermagem, a quem foi atribuído um título profissional que lhe reconhece competência científica, técnica e humana para prestar, para além de cuidados de enfermagem gerais, cuidados de enfermagem especializados na área da sua especialidade”, “tendo em conta as respostas humanas aos processos de vida e aos problemas de saúde”,o que requer que demonstre “níveis elevados de julgamento clínico e tomada de decisão (…)”(OE, 2010a, p. 2).Neste sentido, o enfermeiro especialista possui um conjunto de conhecimentos, capacidades e habilidades que mobiliza em contexto de prática clínica que lhe permitem ponderar as necessidades de saúde do grupo-alvo e atuar em todos os contextos de vida das pessoas e em todos os níveis de prevenção.

Para Perrenoud (1999, 2000) a competência define-se pela capacidade de mobilizar diversos recursos cognitivos para fazer face a situações singulares. O autor considera-a como um saber em ação, ou sejam a competência manifesta-se na ação, num contexto específico. Isto implica a mobilização, integração e articulação de diferentes recursos (saberes, saber-fazer e atitudes). Segundo Phaneuf (2005), a competência inclui habilidades cognitivas, psicomotoras e sócio-afetivas que permitem desempenhar um papel, função, tarefa ou atividade, a qual se afirma na complexidade de situações reais. Consideramos que neste percurso foram desenvolvidos os três níveis de saberes preconizados pela OE para adquirir competência profissional: saber vertente cognitiva; saber-fazer vertente psicomotora; saber-ser vertente emocional, afectiva e ética.

Este percurso permitiu-nos o desenvolvimento de competências comuns do EE (OE, 2010a), em vários domínios, como na capacidade de gestão e organização dos

cuidados, nomeadamente aos de maior especificidade ao RN, ou de maior complexidade ao RN hospitalizado gravemente doente, portador de deficiência e/ou de doença crónica, assim como no desenvolvimento e suporte de iniciativas de melhoria da

qualidade dentro da equipa de saúde, como por exemplo através da elaboração dos folhetos para o internamento de pediatria e NEO 2, do instrumento de avaliação das necessidades de aprendizagem dos pais em NEO2 e das instruções de trabalho realizadas para os mesmos contextos e urgência pediátrica. O desenvolvimento das

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durante todo o percurso e a constante procura pela sustentação científica das nossas intervenções, partilhando esse conhecimento com as equipas, quer mediante a realização de sessões de educação como através da elaboração de um dossier informatizado. Naturalmente, que foi transversal a responsabilidade profissional, ética e legal acrescida de EE, o que nos obrigou a desenvolver a capacidade de decisão, liderança, proatividade e de ação enquanto modelo de referência.

Qualquer que seja o contexto que a criança/adolescente e a família/pessoa significativa se encontrem, compete ao EESCJ dar resposta nas situações de especial complexidade e vulnerabilidade. Para tal detém conhecimentos e habilidades que lhe permitem antecipar e responder a diversas situações específicas de saúde (OE, 2010b). Neste sentido, e tendo em consideração a concretização de todos os objetivos de estágio consideramos ter desenvolvido na prática clínica, em diversos contextos, as competências de EESCJ, descritas no Regulamento da OE de 20 de Novembro de 2010, publicado no Diário da República, 2ª Série, N.º 35 de 18 de Fevereiro de 2011. Pelo exposto, consideramos que desenvolvemos a competência de assistir a criança/jovem com a família, na

maximização da sua saúde, uma vez que esteve presente a preocupação de negociar, envolver e trabalhar em parceria com os pais/família (E1.1.1.), identificando as suas necessidades e proporcionando-lhes conhecimento e aprendizagem de habilidades (E1.1.4.), através de métodos de educação para a saúde individualizados, que lhes permitissem adotar comportamentos potenciadores de saúde, como através das orientações antecipatórias disponibilizadas e da elaboração de suportes em papel/folhetos que fundamentaram e potencializaram essas intervenções. Foram desenvolvidas competências de parceria com os recursos da comunidade, nomeadamente com os cuidados de saúde primários através da articulação, sinalização e encaminhamento de criança/jovens e famílias para continuidade de cuidados (E1.1.10. e E1.2.2.), ressalvando-se a elaboração da “Instrução de trabalho sobre carta de alta de enfermagem da unidade de neonatologia”. A prestação de cuidados nos diferentes contextos de estágio permitiu-nos igualmente desenvolver competências quanto à aquisição e desenvolvimento de conhecimentos sobre as doenças comuns às várias idades (E1.2.1.), assim como na avaliação dos comportamentos da criança/jovem e família relativos à saúde, através da validação dos ensinos/orientações fornecidas e observação e análise dos seus comportamentos de saúde.

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Relativamente ao cuidar da criança/jovem e família nas situações de especial

complexidade, destacamos a gestão diferenciada da dor e do bem-estar da criança/jovem (E2.2.), otimizando respostas, através das sessões de educação realizadas, elaboração de instrução de trabalho sobre utilização do EMLA, elaboração de poster e dossier informático e implementação de medidas não farmacológicas na prática de cuidados. A prestação de cuidados de acordo com o reconhecimento de situações de instabilidade das funções vitais e risco de morte (E2.1.) foi desenvolvida nomeadamente nos contextos de NEO1 e no serviço de urgência pediátrica.

Por fim, desenvolvemos a prestação de cuidados em resposta às necessidades do ciclo

de vida e de desenvolvimento da criança e do jovem, nomeadamente quanto à promoção do crescimento e desenvolvimento infantil (E3.1.) através da sua avaliação, registo e fornecimentos de orientações antecipatórias aos pais/família, à promoção da vinculação de forma sistemática, particularmente no caso do RN doente ou com necessidades especiais (E3.2.), através da promoção do aleitamento materno, incentivo e implementação do método canguru e envolvimento e negociação dos pais nos cuidados ao RN e à comunicação com a criança e família de forma apropriada ao seu estádio de desenvolvimento e à cultura (E3.3.) que foi transversal a todos os contextos de estágios e exigiu o aperfeiçoamento de habilidades de comunicação.

As áreas de atuação do EESCJ comportam a avaliação e promoção do crescimento e desenvolvimento da criança e do jovem, com a deteção precoce e encaminhamento de situações que podem afetar de forma negativa a qualidade de vida das crianças e dos jovens ou mesmo a sua própria vida (OE, 2010b). Pelo anteriormente exposto, consideramos que as mesmas foram desenvolvidas. Apresentamos de seguida algumas ideias para projetos futuros pois estamos conscientes que muito mais haveria por fazer, sendo nosso intuito dar continuidade ao trabalho realizado.

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No documento Relatório Estágio 1ª são FINAL cópia (páginas 62-65)

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