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COMPETÊNCIAS DIGITAIS DOS PROFISSIONAIS DE COMUNICAÇÃO: CONFRONTANDO DEMANDAS

COMPETÊNCIAS JORNALISMO

(Competências gerais)

"Texto Final". Agilidade na produção de textos.

Capacidade de edição final.

TV Capacidade de edição não linear de imagens. Técnica de entrevista jornalística apurada.

RÁDIO Conhecimento básico de programas de áudio.

Capacidade de locução.

JORNALISMO ON-LINE Alta capacidade de apuração de informação através da

rede.

Texto ágil, capacidade de síntese.

PORTAL Conhecimento de dinâmica de um site complex.

Narratividade hipertextual apurada.

PUBLICIDADE Conhecimento avançado de programas de tratamento de

imagem e design.

Conhecimentos básicos de HTML, Dreamweaver, Flash e outros programas de produção de sites.

Conhecimento da especificidade da publicidade em ambientes telemáticos.

Atendimento, Criação/Design, Redação, permanecem como setores separados, demandando capacitações específicas.

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nas diversas modalidades de trabalho, prevalece uma visão naturalizada das competências digitais necessárias aos comunicadores sociais, faltan- do uma capacidade de compreensão do verdadeiro significado das mudanças estruturais porque passa a sociedade neste começo de milênio e as conseqüências deste processo para as práticas comunicacionais.

Uma segunda conclusão envolve diferenças de opiniões na estruturação dos novos programas de ensino, tendo em vista as percep- ções das novas demandas do mercado. A controvérsia em si nada tem de novo e tampouco reflete uma situação local, como se pode ver em traba- lhos como os de Skeener & Gasher, (2001), Reese & Cohen, (2000), Frölich & Holtz-Bacha, (2003), Burgh, (2003). É essencial que se perceba que, a reestruturação dos planos de ensino, deve levar em conta a necessidade de uma integração das atividades em todas as disciplinas, para que o futuro profissional possa, ao longo do curso, ter a possibilidade de um aprendizado orientado das diversas competências digitais essenciais para o exercício da profissão no novo contexto.

Uma terceira conclusão, que encontra respaldo na bibliografia espe- cializada (Pavilk, 2001; Machado, 2003; Quinn, 2002; 2005; Singer, 2004), sugere que em lugar de uma super especialização, o futuro profis- sional do campo da comunicação deverá ser capaz de adaptar-se a uma variedade de funções decorrentes do processo de convergência nos sis- temas de produção das empresas. Se este tipo de inferência estiver correto, tudo indica que o profissional mais adequado para o novo mercado terá que ter condições de compreender processos, planejar ações, interpretar cenários e, mais importante, ser suficientemente flexível para, por um lado, se adaptar e, por outro, reagir de forma criativa aos constantes ajustes dos processos produtivos porque passam as empresas de comu- nicação. A formação continuada do profissional de comunicação é o elemento recorrente, em todos os cenários futuros imagináveis.

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LA FORMACIÓN DE POSTGRADO EN CARRERAS DE