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Competências Pessoais, Sociais e Profissionais

No documento Manual (páginas 48-55)

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tranquilamente, em vez disso afasta-se ou submete-se, não toma a atitude nas situações, e como não se afirma torna-se normalmente uma pessoa bastante ansiosa. O/a comunicador/a passivo/a sente-se inferior aos outros e sente que as outras pessoas sabem mais do que ele. Nunca fala e concorda sempre com os outros, executando o que os outros lhe exigem. Este tipo de pessoa procura evitar o conflito a todos os custos, muitas vezes concordando com ambas as partes de uma discussão. Procuram a autorização dos/as outros/as antes de fazer seja o que for e preferem ser supervisionados de perto. Raramente conseguem aquilo que querem e caem no silêncio, tornando-se ressentidos quando sentem tratamento desigual. Os/as comunicadores/as passivos tendem a perder a auto-estima e ficam confusos quanto à sua posição no esquema das coisas. Estão constantemente a reclamar, em vez de fazer o que é necessário. São os/as seguidores ideais, pois promovem as causas do/as outros/as, mas geralmente não são tidos em muita consideração pelos seus/suas colegas. Na prática, esse estilo de comunicação pode ser adequado numa situação onde não está muito em jogo. Quando lidamos com uma pessoa agressiva, provocar um conflito que só produzirá perda de tempo não produzirá resultados que valham a pena.

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Estilo agressivo, pessoa que expressa as suas necessidades ou

preferências, emoções e opiniões, por vezes de uma forma hostil, exigente, ameaçadora ou punitiva para com o interlocutor. A pessoa que tem este tipo de comportamento defende os seus direitos, mas fá-lo à custa da violação dos diretos dos outros. O/a comunicador/a agressivo/a vê-se como sendo superior aos/às outros/as e quer que os/as outros/as façam aquilo que quer. Este tipo de comunicador/a não ouve os outros e tende a monopolizar a comunicação. Com uma atitude dominadora, estes/as comunicadores/as conseguem, muitas vezes, o que querem, muitas vezes em detrimento dos/as outros/as. Pensam que sabem tudo e que os outros têm nada para lhes ensinar. Apontam dedos, arregalam os olhos, fitam as pessoas e falam em voz alta. Em situações de crise, os comunicadores agressivos podem ser eficazes. Em situações normais, no entanto, os comunicadores agressivos tendem a alienar as pessoas e a provocar, muitas vezes, contra-agressões. Em vez de alcançar objetivos, poderão pensar que os seus objetivos estão a ser sabotados por seguidores ressentidos.

Estilo manipulador, pessoa que expressa as suas necessidades ou

preferências, emoções e opiniões de uma forma tendencialmente implícita ou indireta, frequentemente com “mensagens mistas”. A pessoa encontra a satisfação das suas necessidades violando os direitos dos outros de forma indireta. A pessoa manipuladora não gosta de se envolver nas relações interpessoais, interage através da

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manipulação ou distração dos sentimentos dos/as outros/as. Estas pessoas não falam claramente dos seus objetivos, são pessoas muito "teatrais", adaptam o seu discurso mediante os/as interlocutores/as a quem se dirigem. Normalmente apresentam-se como sendo úteis intermediários/as e mesmo indispensáveis, e raramente se assumem responsáveis pelas situações em que se encontram. Os seus comportamentos característicos são a desvalorização do/a outro/a exagerando a caricatura de alguma informação que o outro emite, repetindo a informação e manipulando-a à maneira dele/a. Fala sempre por meias palavra e é perito no "diz que disse", criando conflitos em vez de reduzir as tensões existentes no momento. Apesar de se apresentar sempre cheio de boas intenções faz

regularmente chantagem moral.

Ao agir desta forma, o manipulador perde frequentemente a sua credibilidade à medida que as suas "artimanhas" forem descobertas, e quando descoberto tende a vingar-se dos outros e quando está em posição hierárquica superior usa esse poder, quase nunca recupera a confiança dos/as outros/as.

Estilo assertivo, pessoa que defende os próprios direitos sem violar

os direitos dos outros. É importante ter em conta que ninguém é

100% assertivo com todas as pessoas e em todas as situações. A

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pessoas; o que acontece é que, se duas pessoas em desacordo comunicam de forma assertiva, é mais provável que reconheçam que existe um desacordo e que tentem chegar a um consenso. O/a comunicador/a assertivo/a é caracterizado principalmente por respeitar ambas as partes envolvidas. Esta pessoa sente que, embora tenha direitos, a outra pessoa também tem direitos semelhantes. Não há nenhum sentimento de superioridade ou inferioridade. Confiante, decidido e realista, o/a comunicador/a assertivo "negoceia", em vez de ditar ou adiar, com os/as outros/as. Evoca o respeito dos outros, bem como respeita os/as outros/as e os seus pontos de vista. Este tipo de comunicador/a ouve a outra pessoa, expressa os pontos de vista de forma honesta e faz declarações como observações e expectativas. A pessoa é também sensível aos sentimentos dos outros. "Que alternativas temos?" é a abordagem típica que este tipo de comunicadores/as adota quando discute caminhos possíveis. Na maioria das situações, o estilo assertivo de comunicação, com contacto visual directo, gestos naturais e expressões honestas, pode produzir resultados muito melhores do que os outros estilos mencionados anteriormente.

A assertividade é uma aprendizagem do respeito:

 Por si próprio e pelos pontos de vista dos outros

Permite que cada um tenha direito a:

 Exprimir opiniões, pontos de vista ou ideias próprias; ter necessidades e desejos; pedir (e não exigir) que as outras pessoas respondam às suas necessidades e desejos; recusar um pedido sem por isso se sentir culpado ou egoísta; ter sentimentos e a exprimi-los assertivamente se for essa a sua intenção; Etc.

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Algumas técnicas de uma comunicação assertiva, passam por:

 Aceitar críticas

 Pedir explicações

 Distinguir os pontos de acordo e os pontos de desacordo

 Ultrapassar a censura

No mundo real, poucas pessoas usam o mesmo estilo de comunicação em todas as ocasiões. Por exemplo, podem comunicar de uma forma com os/as seus/suas superiores/as e de outra forma com os/as seus/suas subordinados/as. As pessoas poderão também adotar uma abordagem manipuladora, tentando alcançar o que pretendem ao usar diferentes estilos de comunicação. A consciencialização sobre os diferentes estilos e os seus resultados típicos pode melhorar a nossa comunicação.

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Pretende-se com este Manual contribuir para "formar profissionais que realizem, de forma autónoma, ou sob a orientação de um técnico especializado, tarefas básicas de cuidados humanos necessárias a clientes no domicílio e/ou em situação de internamento, ou semi- internamento", em instituições específicas tais como Lares de Terceira Idade, Centros de Dia, Centros Educativos, Centros Acompanhamento de ATL, Instituições de Apoio à Infância, Centros de Cuidados Humanos e similares.

No final da formação o/a formando/a deverá estar apto a prestar os cuidados humanos e de saúde básicos, de acordo com as necessidades do utente e dos fins da instituição e saber executar as tarefas de higienização, tratamento de roupa, confeção, preparação e serviço de refeições. Os/as formandos/as serão profissionais qualificados, com competências múltiplas e diversas e capazes de promover o desenvolvimento sociocultural de grupos e comunidades, organizando, e/ou desenvolvendo atividades de animação, de caráter cultural, educativo, social, lúdico e recreativo, mediante objetivos e missão da Instituição.

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Antunes, C. (1988). Manual de técnicas de dinâmica de grupo. Rio de Janeiro: Editora Vozes.

Cardim, Luís et all. (1990). A Comunicação. O Formador e o Grupo. Colecção Aprender, Lisboa, IEFP/ Centro Nacional de Formação e Formadores.

• Estanquiero, A. (1999). Saber lidar com as pessoas. Lisboa: Editorial Presença.

Fachada, O. (2003). Psicologia das relações interpessoais (vol.1). Lisboa: Edições Rumo.

Fachada, O. (2003). Psicologia das relações interpessoais (vol.2). Lisboa: Edições Rumo.

• FREIRE, Paulo (1999). Pedagogia da Autonomia. Saberes Necessários à Prática Educativa. São Paulo: Paz e Terra.

Fritzen, S. J. (1981). Exercícios práticos de dinâmica de grupo. Petropólis: Editora Vozes.

• Fritzen, S. J. (2000). Janela de Johari. Petrópolis: Editora Vozes. • Gestoso, Carlos Guillén (2007). Estratégias de Negociação.

Mangualde. Edições Pedago.

Heller, Robert (1999). Como Comunicar com Clareza. Barcelos: Civilização Editora.

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