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COMPORTAMENTO DA REDE DE TRANSPORTE E

No documento RELATÓRIO DE QUALIDADE DE SERVIÇO (páginas 42-44)

DOS SEUS EQUIPAMENTOS

E SISTEMAS

Em 2015, o número de incidentes reduziu-se em 36%, face a 2014, e a maioria dos indicadores de desempenho registou valores melhores do que no ano anterior e, em alguns casos, os melhores valores de sempre. Globalmente, o comportamento da RNT pode considerar-se positivo.

Incidentes

Em 2015, ocorreram 136 incidentes com impacto na Rede Eléctrica Nacional, menos 79 do que em 2014, dos quais 102 tiveram origem na Rede de Muito Alta Tensão (MAT), 21 na Rede de Alta Tensão (AT) da RNT e 13 em outras redes.

Rede MAT

Rede AT Redes externas à REN Com repercussão

MAT Sem repercussão MAT Com repercussão MAT Com repercussão AT-ENF TOTAL

102 6 15 13 0 136

EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE INCIDENTES

REDE MAT REDE AT REDES EXTERNAS À REN

350 300 250 200 150 100 50 0 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2006 Nº DE INCIDENTES

Figura 25 - Evolução do número de incidentes

Do total de incidentes (136), oito, correspondente a 5,9%, tiveram impacto no abastecimento de energia elétrica, tendo, dois deles, provocado duas interrupções de duração superior a 3 minutos. Essas interrupções originaram uma energia não fornecida (ENF) de 19,9 MWh.

Tendo em consideração a potência disponibilizada nos diversos pontos de entrega da RNT, a REN classifica como “incidente grave” todo aquele de que resulte uma energia não fornecida de valor igual ou superior a 10 MWh.

Em 2015, ocorreu 1 incidente com ENF superior a 10 MWh e com interrupção superior a 3 minutos:

1 de Novembro de 2015, devido a precipitação persistente e de valor e intensidade invulgar, a sala de cabos da subestação de Tunes, à

semelhança do que aconteceu por todo o Algarve, ficou inundada levando a que diversos circuitos, por perda de isolamento, desencadeassem ordens de abertura e até de fecho, aos diversos órgãos de manobra da subestação resultando na interrupção total do fornecimento de energia e a consequente energia não fornecida de 19,5 MWh.

Segue-se uma descrição sucinta dos outros 7 incidentes que tiveram impacto no abastecimento de energia elétrica. O primeiro, com interrupção superior a 3 minutos, a que corresponde 0,4 MWh de energia não fornecida e, os restantes 6, com interrupções inferiores ou iguais a 3 minutos, a que corresponde 4,1 MWh de energia não fornecida:

31 de Dezembro de 2015, na Subestação de Alqueva (SAV) o painel 616 a 60 kV foi sede de defeito monofásico (fase 4) com origem na incursão fortuita de um animal sacarrabos (herpestes ichneumon). Como o defeito se situou entre o transformador de intensidade e o barramento, o mesmo tinha de ser eliminado pelo disparo da proteção diferencial de barras 1 de 60 kV, a qual deu ordem de abertura a todos os painéis aí ligados, resultando na energia não fornecida de 0,4 MWh;

28 de Janeiro de 2015, na sequência de trabalhos de preparação para a reparação de uma fuga de SF6 identificada no painel 623 da Subestação de

Setúbal (SSB) e mais concretamente no momento da realização de vácuo no compartimento blindado, ocorreu um defeito monofásico (fase 8) que levou à atuação da proteção diferencial de barras 2 de 60 kV, elaborando ordem de disparo a todos os painéis aí ligados, resultando na energia não fornecida de 0,2 MWh;

10 de Abril de 2015, na Subestação de Valdigem (SVG), o painel 202 a 220 kV da linha Valdigem-Urrô, foi sede de um defeito monofásico (fase 4) devido a deposição e escorrido de excremento de ave. Como o defeito se situou entre o transformador de intensidade e o barramento do mesmo teria que ser eliminado pela atuação da proteção diferencial de barras que, devido a trabalhos de remodelação dos sistemas de comando, controlo e proteção a decorrer nesta instalação, ainda não tinha entrado em serviço. Nestas circunstâncias, o defeito teve que ser eliminado pelo disparo das proteções remotas instaladas nos extremos opostos das linhas ligadas ao barramento de 220 kV de Valdigem. Na sequência destes disparos os sectores de 220 e 60 kV de Valdigem ficaram numa situação de tensão zero pelo que se deixou de alimentar os consumos, tendo daí resultado a anergia não fornecida de 1,2 MWh;

15 de Abril de 2015, para defeito na rede nacional de distribuição, linha Fermil-Azinheira, disparou, na Subestação de Fafe (SFAF) e com falta de seletividade, a função de proteção de terra restrita que retirou de serviço o transformador 1 de 150/60 kV. Este disparo originou tensão zero no barramento de 60 kV com a consequente energia não fornecida de 0,5 MWh; 5 de Setembro de 2015, na sequência da indisponibilidade da linha Porto

Alto-Palmela 1 para lavagem dos isoladores na Subestação de Porto Alto (SPA), quando se pretendia indisponibilizar a linha Porto Alto-Palmela 2, depois de repor a anterior, para executar o mesmo trabalho, um erro de manobras de operação da rede criou uma situação de tensão zero nos pontos de entrega de Porto Alto e Quinta Grande, resultando na energia não fornecida de 0,5 MWh;

4 de Novembro de 2015, na Subestação de Riba d´Ave (SRA), durante manobras de colocação em bypass da linha Riba d´Ave-Ruivães e com origem em avaria nos sistemas de comando e controlo, abriu,

intempestivamente, o painel interbarras norte de 60 kV (IB-N 60kV) que retirou de serviço a linha Riba d´Ave-Ruivães com a consequente energia não fornecida de 1,4 MWh;

23 de Novembro de 2015, na Subestação de Tavira (STVR), o seccionador de barras 2 do painel interbarras de 60 kV foi sede de defeito monofásico (fase 4) com origem na incursão fortuita de um animal sacarrabos (herpestes ichneumon). Por o defeito se situar entre o transformador de intensidade e o barramento 2 o mesmo teve de ser eliminado pela atuação da proteção diferencial de barras 2 que elaborou disparo a todos os painéis aí ligados, resultando na energia não fornecida de 0,3 MWh.

Todos estes incidentes que originaram interrupções, bem como outros, classificados com interesse para acautelar situações futuras, foram objeto de análise por parte do Grupo de Análise de Incidentes da REN. Este Grupo, constituído por especialistas internos em diversos domínios, analisa as causas dos incidentes e, se for o caso, emite recomendações, abrangendo as diversas áreas técnicas da concessionária da RNT, para a elaboração de estudos e/ou implementação de medidas que se têm refletido positivamente na Qualidade de Serviço.

No documento RELATÓRIO DE QUALIDADE DE SERVIÇO (páginas 42-44)

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